quarta-feira, 30 de março de 2011

Para memòria

Lembram-se?

Ainda se lembram de Cavaco Silva, enquanto candidato presidencial, dizer que seria melhor os portugueses escolherem o presidente à primeira volta, de modo a evitar a subida das taxas de juro, no mercado da dívida? Se, segundo o actual presidente da República, a situação financeira pioraria com uma segunda volta das presidenciais, o que acontecerá com a crise política instalada, governo demitido, Assembleia da República dissolvida e eleições legislativas em Junho?

Por Tomás Vasques
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Direito ao contraditòrio

Austeridade: ou há moralidade ou comem todos

Começa a ser tempo de se perceber que a melhor forma de sair da situação em que o país se encontra é repartindo a austeridade de forma a que penalize o menos possível cada português. Mas não é isso que os políticos, os grupos corporativos e algumas “associações cívicas de pressão” defendem. Os políticos avaliam a austridade pelo impacto nos votos e nos interesses que representam, os grupos corporativos exigem ficar acima dos problemas e alguns cidadãos organizam-se para que as suas despesas sejam pagas pelos outros.


Os programas de austeridade não devem ser avaliados apenas pelo seu impacto nas contas públicas, mas também pela forma como o custo social desse impacto é repartido pelos portugueses. Mas não é isso a que estamos a assistir e o resultado é a distribuição desigual do impacto da asuteridade, os banqueiros ficam de fora porque a banca tem de sobreviver, os pobres, incluindo os muitos falsos pobres beneficiam do choradinho político, os profissionais de saúde dos sector privado têm o guarda-chuva dos partidos cujos dirigentes são patrocionados pelo sector.


Não faz sentido que um funcionário público no activo perca mais de 10% do seu rendimento de um dia para o outro, quando outros que se aposentaram com cinquenta anos de idade e que ficaram a ganhar mais de pensão do que de vencimento fiquem de fora. Não é aceitável que se apoie cortes dos vencimentos ao mesmo tempo que se exige a manutenção das SCUT nos concelhos onde governa o PSD. É uma estupidez o ministro das Finanças desorganizar o fisco com uma fusão ao mesmo tempo que mantém os cargos que criou e que se revelaram inúteis, como é o caso dos controladores financeiros. É uma hipocrisia falar da reestruturação da Administração Pública e manter os governos civis ou manter um modelo municipalista absurdo. É um absurdo exigir as universidades gratuitas e pagar quinhentos euros no infantário.


Nesta condições é inevitável que as medidas de austeridade sejam mais injustas do o necessário, porque incidem sobre quem não tem capacidade reivindicativa ou sobre os que são desprezados eleitoralmente pelos partidos. Sócrates decidiu sacrificar os funcionários públicos melhor remunerados porque concluiu que perdia menos votos sacrificando os que muito provavelmente não votarão nele, Pedro Passos Coelho propõe um aumento absurdo do IVA porque assim dilui o impacto e poupa o sector privado da saúde que tem lucros elevados à custa dos benefícios sociais da saúde. Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa continuam a defender que devem ser os ricos que paguem a crise. Os autarcas querem que seja a Administração Central a suportar a crise para que eles possam manter a sua influência continuando a construir rotundas muito floridas e a levar os velhinhos a Fátima ou a passear de avião.


O resultado desta austeridade à la carte é a crescente divisão dos portugueses, o prolongamento da crise e mais recessão. Os empregados do sector privado acusam os funcionários públicos de responsáveis pela crise porque é isso que está implícito em medidas como aumentar os ordenados dos que menos ganham como fez Ferreira Leite ou cortar os vencimentos dos que mais ganham como decidiu Sócrates. Os mais pobres acreditam mesmo que a solução está em cortar nos malandros dos mais ricos, precisamente aqueles de que se espera mais investimento. Os portugueses que moram na província exigem as SCUT porque acham que os da capital são uns malandros. No fim, quando nada resulta, fazemos manifestações a dizer que estamos à rasca por causa dos políticos.


Sócrates é bem capaz de ter razão nos cortes dos vencimentos mas nesse caso deve cortar a todos e não deixar de fora os pensionistas que não foram alvo das suas reformas. Passos Coelho tem razão ao defender um aumento dos impostos mas talvez esse aumento dos impostos deva ser distribuído por todos os impostos. Louçã tem alguma razão ao defender o combate à evasão fiscal mas tal combate não resolve qualquer crise pois os seus resultados só serão visíveis dois, três anos depois.


A solução passa por distribuir os custos pelo maior número de portugueses e pelo maior número possível de medidas, desta forma haverá mais equidade, os sacrifícios suportados por cada um serão menores e o impacto na economia será minimizado. Mas isso implica que os políticos deixem de pensar a austeridade em função dos votos ou da protecção dos seus boys. Se continuarem a fazê-lo poderão ganhar votos, conseguirão manter os lugares para as suas clientelas, cumprirão os compromissos que assumiram com os seus financiadores, mas conduzirão o país ao desastre.

Publicada por Jumento
http://jumento.blogspot.com/

Aves migratòrias (2)

terça-feira, 29 de março de 2011

Hà solução !

Aprender com a Islândia, Irlanda e Grécia para decidir o voto

Eis que a recusa do povo islandês em pagar a dívida privada aqui bem descrita por Jean Tosti começa a romper o bloqueio da imprensa portuguesa. Isto no mesmo fim de semana em que um cidadão irlandês publica um interessante “conselho de amigo” aos portugueses, alertando-nos para o facto de estarmos a seguir exactamente os mesmos passos que a Irlanda. Entretanto, na Grécia, desconfia-se que a tão falada dívida pública seja maioritariamente consequência de negócios ruinosos para o Estado, com lucros astronómicos para os privados – coisa que não será estranho que também tenha sucedido e continue a suceder por cá.

Ora, se há uma coisa que une estes três países são os significativos avanços eleitorais da esquerda anti-capitalista e, quanto mais à esquerda são os seus governos, mais rápida parece ser a sua recuperação económica.

Ao invés, em Portugal, os gabinetes de comunicação e sondagens preparam a eleição de Passos Coelho. Como aqui foi recordado, a mesma Marktest que a dois meses das últimas presidenciais anunciava 78,30% para Cavaco Silva e 0,7% para o candidato comunista aparece agora, a dois meses das eleições legislativas, a anunciar 53% para PSD+CDS e quebras significativas, por comparação com as últimas eleições, para BE e PCP. À luz do que se passa em países como a Islândia, Grécia ou Irlanda, será de prever que os partidos de esquerda avancem eleitoralmente, contudo, a Marktest não hesita em colocar PSD+CDS com uma percentagem histórica que, todos sabemos será extraordinariamente improvável, e a esquerda em perda.

Sejamos claros. A maioria das empresas de sondagens não pretende adivinhar o resultado e muito menos identificar rigorosamente um sentido de voto à data da sua elaboração. A maioria das empresas de sondagens pretende entrar no jogo político desempenhando um papel no cerco da bipolarização e, se é certo que ainda não votam, o seu impacto nas escolhas do cidadão eleitor não deve ser desvalorizado.
Imaginemos que os erros da Marktest eram noutro sentido, será que o resultado das eleições não seria outro?

O que poderia ter sucedido nas eleições presidências se a Marktest em vez de falhar 25 pontos percentuais no resultado de Cavaco Silva se tivesse enganado em 12,5 pontos percentuais no resultado do candidato comunista, dando-o como potencial segundo classificado à frente de Manuel Alegre?

O que sucederia se, nas sondagens para as próximas legislativas, PCP e BE começassem a surgir com valores somados de 25%, o que podia significar que nenhuma alteração constitucional podia passar sem o voto de uma das duas forças políticas ou que juntas somariam mais votos que o PS?

Não tenhamos dúvidas que as sondagens não são importantes pela sua capacidade de previsão, mas pelo ambiente que criam para a eleição. No actual contexto, por mais greves, protestos e manifestação de centenas de milhares de trabalhadores, tudo aponta para que se concentrem no anúncio da mudança de caras, entre PS e PSD, afirmando a manutenção do paradigma político existente.

Compete a cada um decidir se vai atrás das sondagens.

P.S. – Na caixa de comentários acrescenta-se, e bem, à lista de parvoíces que importa desmistificar, o último texto de Krugman sobre os planos de austeridade em Portugal.

27 de Março de 2011 por Tiago Mota Saraiva
http://5dias.net/2011/03/27/aprender-com-a-islandia-a-irlanda-e-a-grecia-para-decidir-o-voto/

Hitler e Futre

Eurovision 2011 France

Se a EuroVisão fosse isto, valia a pena !

Violino

Crucifixos nas escolas



Uma decisão que não decide por nós

É tão pacífico que não haja símbolos religiosos permanentes nas escolas públicas portuguesas que ninguém pede que sejam colocados. Compreende-se: o crucifixo não é um dos símbolos da República que mantém essas escolas. E afirmar a religião compete às igrejas, não à escola do Estado.

Todavia, desde 2005 que a Associação República e Laicidade questiona o Ministério da Educação, pedindo apenas uma circular que efective a não confessionalidade constitucional, retirando os crucifixos e cessando as cerimónias religiosas rituais que por vezes têm lugar nas escolas. E o ministério continua a fazer depender essa laicização, antipática para muitos, de um pedido explícito dos pais, empurrando os cidadãos para a constrangedora manifestação (pública) das suas convicções religiosas (privadas).

Existem portugueses crentes, católicos ou não; outros não têm religião, e são ateus, agnósticos ou indiferentes; o Estado não pode tomar partido por uns contra outros. E uma escola pública que seja veículo de difusão de uma religião, quer exibindo símbolos religiosos, realizando comunhões pascais ou tolerando proselitismos disfarçados de actividades transdisciplinares, toma partido por uma fracção da população e afasta-se da sua função unificadora e de formação dos futuros cidadãos nos valores democráticos. Uma parede nua, pelo contrário, não impõe a anti-religião.

Na sentença em que decidem que os crucifixos em escolas públicas italianas não violam a Convenção Europeia dos Direitos do Homem, os juízes de Estrasburgo assumiram que a sua decisão seria diferente perante provas de que, no caso concreto em julgamento, a presença daquele símbolo religioso fosse pretexto para doutrinação religiosa, proselitismo ou cerimónias religiosas. Remeteram a regulação da questão para o âmbito interno de cada Estado, e frisam na 2.ª sentença que são poucos os Estados que, como a França ou a Polónia, especificamente proíbem ou obrigam à presença desses símbolos.

Em Portugal, a inacção do Governo tornou um enquadramento constitucional mais próximo do francês numa vivência concreta que, localmente, pode ser quase polaca. É esse o caso da Madeira, onde um recente despacho do Governo regional ordenou a manutenção dos crucifixos, desafiando a Constituição e a Lei da Liberdade Religiosa, mas sem reacção do Governo da República, sempre tíbio perante aquela autonomia.

por RICARDO ALVES
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1816778&seccao=Convidados

oposição e fmi, agradecem


Todos no mesmo barco...

A Standard & Poor`s cortou hoje o rating de cinco bancos portugueses e duas subsidiárias, na sequência do corte aplicado à nota de Portugal, e alertam que novo corte ao rating da República pode chegar ainda esta semana.


Este corte significa que os cinco bancos portugueses (BES, CGD, BPI, Totta e BCP) deixaram de poder financiar-se no mercado monetário internacional... "coisa" que, provavelmente, já estaria a acontecer...

A "clarificação política" está a ficar muito cara ao País, às empresas e às famílias...

posted by e-pá!
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Futre Revela o Chinês

segunda-feira, 28 de março de 2011

sábado, 26 de março de 2011

Rogélio

coelho ao desbarato.

Bacalhau a pataco.

O PSD não está pelos ajustes e começou a vender bacalhau a pataco. Hoje, no afã de ganhar votos, apresentou um projecto para suspender o modelo de avaliação dos professores. Nunca o fez antes, fê-lo agora com um governo de gestão.

Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, aplaudiu e os actuais companheiros de viajem do PSD, o Bloco de Esquerda, declararam de imediato o apoio à proposta do PSD. Parecem abutres à volta do voto.

Por Tomás Vasques
http://hojehaconquilhas.blogs.sapo.pt/

sexta-feira, 25 de março de 2011

Aves migratòrias (1)

Dà que pensar...

«O atraso de Portugal é grande. A economia é deficitária. Mesmo que se eliminassem todos os lucros da grande burguesia e se procedesse a uma melhor distribuição da riqueza, o produto nacional não asseguraria, ao nível actual, a acumulação necessária para um desenvolvimento rápido e uma vida desafogada para todos os portugueses.

Para o melhoramento das condições de vida gerais será necessário aumentar a produção em ritmo acelerado. E isso obrigará não só a investir como a trabalhar mais e melhor.»

Álvaro Cunhal, discurso ao VII Congresso do PCP, Outubro de 1974

Isto não são cerejas !


Como vamos construir o caminho para o tempo das cerejas?

Agradeço ao Vitor Dias o espaço que dedicou no seu blog ao meu último post. Com sincero respeito e humildade, deixo aqui a minha resposta.

1. Vitor Dias é há décadas militante de um partido rico, denso e complexo. Teve funções de direcção nesse partido durante muitos anos. Durante a era Carvalhas (perdoe-me a simplificação), enquanto responsável pelas relações com a comunicação social, Vitor Dias revelou uma eficácia rara ao fazer passar as posições de uma organização política fora do mainstream, num ambiente mediático quase sempre hostil. Nos últimos anos mantém um blog que se destaca pela qualidade no debate político em Portugal. Pela minha parte, nunca fui militante de nenhum partido (não que me orgulhe disso), só muito pontualmente fui incumbido de responsabilidades minimamente relevantes em qualquer coisa que tenha a ver com a política nacional, não me dedico regularmente à análise e ao comentário políticos, e tenho neste blog um dos pouco espaços de intervenção cívica que ocupo (aquele que me é possível nas condições de vida que tenho), quase sempre sobre temas ligados à minha profissão (a de economista e de professor). Face a isto, discutir política com Vitor Dias seria para mim como discutir a economia da depressão com Paul Krugman. Não vou fingir que sei mais do que sei - e, até melhor prova, tendo a aceitar como plausíveis muitas das dúvidas que Vitor Dias levanta sobre aquilo que escrevi.


2. Dito isto, creio que Vitor Dias se precipitou ao colar-me a uma leitura simplista das posições do PCP e do BE. Não que me reveja na ideia de que, sendo um mero cidadão atento (como tantos outros), tenho a “obrigação de conhecer extensos documentos e intervenções parlamentares na íntegra”, como escreve Vitor Dias. Mas tive a oportunidade de ler as resoluções do PCP (por sinal, tomei conhecimento dela através d’O Tempo das Cerejas) e do BE que foram hoje votadas. E fiquei bem impressionado com o esforço de ambos os partidos no sentido de explicitarem as suas propostas de caminhos alternativos, nas quais me revejo quase na íntegra. De facto, no meu post não as discuti e, porventura, não terei contribuído para evitar as leituras preguiçosas que Vitor Dias refere. No entanto, parece-me que esta questão passa ao lado do problema.


3. O momento que vivemos assemelha-se cada vez mais aos descritos por Naomi Klein no seu livro “A Doutrina do Choque”. Os problemas financeiros são reais e o espaço de manobra para lhes dar resposta é cada vez mais diminuto. São condições bastantes para quem, tendo os meios para isso, queira navegar a onda do medo e da desorientação para impor as suas agendas. A generalidade dos portugueses já acredita que a perda de poder de compra, o desemprego, a diluição de salários e direitos e a destruição dos serviços públicos vieram para ficar. O PS de Sócrates encontra aqui uma oportunidade para fazer passar medidas que noutras ocasiões não teria coragem para propor. O PSD de Passos Coelho vislumbra uma ocasião única para entregar de vez a quem lhe paga as campanhas diversos serviços públicos que deveriam ser universais, bem como para destruir um conjunto de instituições e de princípios que, apesar de todos os recuos, vinham assegurando a possibilidade de construirmos uma sociedade minimamente decente. Instituições e princípios que muitos – incluindo o PCP, o BE, uma parte relevante do PS e muitos cidadãos com ou sem partido – contribuíram, ao longo de décadas, para construir e defender.

4. Neste contexto, não creio que erre na análise quando escrevo que o PCP e o BE "não têm conseguido fazer muito mais do que anunciar que vem aí o desastre". Para evitar o plano inclinado para uma sociedade indecente não basta ao PCP e ao BE afirmarem que existem alternativas. Em primeiro lugar, seria importante que todos conseguissem perceber que as suas propostas existem e são plausíveis sem terem necessidade de "conhecer extensos documentos e intervenções parlamentares na íntegra". Mais importante, é necessário que PCP e BE consigam deixar claro que não será por sua responsabilidade que a doutrina de choque se imporá. Mais ainda, que consigam demonstrar a quem os ouve que farão os possíveis para encontrar uma solução que evite o desastre. Como eleitor de esquerda e cidadão atento (e não como analista ou comentador, que não sou) não vislumbro sinais da parte dos partidos a quem habitualmente confio o meu voto de que podem fazer algo para que o inevitável não o seja. E garanto que me esforço.

5. Honestamente, não sei como isso se faz. No quadro parlamentar que hoje se dissolveu, parecia-me claro que tal teria de passar por uma intervenção articulada entre PCP e BE. No entanto, não estou inteiramente ciente das vantagens e desvantagens das diferentes opções tácticas. Não sendo militante e muito menos dirigente do PCP ou do BE, não sinto grande necessidade ou utilidade de me inteirar desses cálculos. Mas sinto que não estou sozinho quando afirmo que espero mais destes partidos do que estes têm sido capazes de propor.

Postado por Ricardo Paes Mamede
http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/

“forte turbulência”

A Crise (3)

O secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, afirmou ontem que Portugal enfrentará uma “forte turbulência” nas próximas semanas e até à realização de eleições.
“É uma tragédia o que está a acontecer porque Portugal estava a fazer o que tinha de ser feito”, afirmou Gurria em Washington citado pela agência de informação financeira Bloomberg.
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No próximo dia 15 de Abril, Portugal terá de pagar uma dívida de longo prazo de mais de quatro mil milhões de euros que vence nessa altura - diz o Jornal de Negócios que cita “The Wall Street Journal”, o qual lembra que “ao todo, Portugal precisa de cerca de 20 mil milhões de euros este ano para pagar a dívida nos prazos de maturidade..." - A crise política, com a queda do Governo, eleições lá para fim de maio princípio de junho e um Governo operacional lá para Outubro (depois de conhecer os cantos à casa e os dossiês), vem mesmo a jeito para os predadores financeiros nos caírem em cima como abutres.
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"A agência de notação financeira Standard & Poor’s baixou a notação da dívida portuguesa em dois níveis, para ‘BBB’.
A descida do ‘rating' português é justificada pela incerteza política provocada pela demissão do primeiro-ministro José Sócrates.
...Pelas mesmas razões políticas, a Fitch também baixou ontem em dois níveis o ‘rating' de Portugal e deixou de assumir que o País vai continuar a ter acesso aos mercados.


# posted by Raimundo Narciso
http://puxapalavra.blogspot.com/

esquerda, direita, apresentar... aaarrrmas !!!

Ah leão ! ...

Como é que se pode debitar tanto lixo, em tão pouco tempo ? Sò no sportem !

O farsolas e o pote

Rapazolas ...

quinta-feira, 24 de março de 2011

"Então adeus e até já"

Câmara Corporativa: MEC: "Então adeus e até já": "Miguel Esteves Cardoso, Então adeus e até já, hoje no Público. Excertos finais, sublinhados meus: «[...] Entretanto, José Sócrates demitiu..."

Folon

PS... à vista


Assim vai o PS...

Crise política? qual crise?
Crise europeia? E isso o que é, a Europa?
E para que servem deputados europeus? para decorar cartazes nas eleições europeias, está visto!

Porque para serem regularmente consultados sobre para onde vai ou não vai a Europa, sobre o que Portugal faz, não faz ou devia fazer na Europa, sobre como vamos de crise financeira, e como saimos desta crise política em concreto, deputados europeus não servem para nada, deve achar este PS.

E por isso eles não são sequer, por sistema, convocados para reuniões da Comissão Política. Incluindo esta, extraordinária, que a esta hora está em curso em Lisboa.
Ou será que a este PS, que se esmera em encenações de abertura nas "Novas Fronteiras", bastam as sensibilidades dos eurodeputados já alinhados como membros da Comissão Política e do Secretariado Nacional?

Pois esta direcção do PS dispensará bem ouvir-me, como deputada europeia, numa crise nacional de gravidade sem precedentes e implicações para a Europa e para o papel de Portugal na Europa.

Mas eu é que não dispenso dizer à direcção do PS o que tenho a dizer. Nos órgãos próprios. Ou fora deles.

Publicado por AG
http://causa-nossa.blogspot.com/

Nada é impossivel !


Préstimo

Aquilo que até agora se julgava impossível, afinal verificou-se.

Comunistas e bloquistas resolveram dar o seu prestimoso contributo à direita para derrubar o Governo, sabendo que o resultado mais provável é entregar o poder à direita (PSD+CDS), a executar um programa político imposto pelo FMI.

No seu ódio de estimação ao PS a esquerda radical acaba bengala da direita. Que lhes faça bom proveito!

Publicado por Vital Moreira
http://causa-nossa.blogspot.com/

Quem faz a revolução ?



Mélenchon: " Há que vergar o tirano antes que ele vergue a revolução"



Em entrevista ao Libération, Jean-Luc Mélenchon, eurodeputado do GUE/NGL, candidato presidencial francês e copresidente do Parti de Gauche, que com os comunistas franceses faz parte da Frente de Esquerda, responde a perguntas sobre a Líbia. Alguns excertos:

Porque apoia os ataques aéreos na Líbia?

A primeira questão que temos de nos colocar é a seguinte: há um processo revolucionário no Magreb e no Médio Oriente? Sim. Quem faz a revolução? O povo. É pois decisivo que a vaga revolucionária não seja quebrada na Líbia. Bastaria que Kadhafi ganhasse para que a mensagem passasse a ser: "aquele que bater durante mais tempo e com mais força no seu povo durante uma revolução, ganhou". Ora isto seria um sinal desastroso, uma vitória da contra-revolução! A minha posição é constante: sou partidário de uma ordem internacional garantida pelas Nações Unidas.

Mas conhecemo-lo bastante mais crítico contra as intervenções militares… porque votou favoravelmente, por exemplo, a resolução no Parlamento Europeu?

Esta resolução, apresentada pelos socialistas, os verdes, uma parte da direita e assinada pelo presidente do meu grupo [GUE/NGL], Lothar Bisky, membro do partido alemão Die Linke, pedia à Comissão Europeia que estar pronta caso houvesse uma decisão da ONU. Votei sim por essa razão. Aprovo a ideia de que há que vergar o tirano para o impedir de vergar a revolução.

No seu campo nem toda a gente é favorável a esta intervenção. Os comunistas em particular têm denunciado o risco de uma escalada…

Claro que há o risco de um escalda, mas antes disso temos o risco de um massacre! Aprovo então o mandato da ONU, mas não mais do que isso. Sou contra uma intervenção em terra. Não estamos em guerra contra a Lìbia. Peço-lhe que compreenda: a última palavra não pode pertencer à força contra a revolução! E quais são as alternativas? Não é com comunicados que se pode abater um ato ou destruir um tanque! Se a Frente de Esquerda governasse a França, teríamos ficado a ver a revolução líbia estrebuchar como os nossos antecessores ficaram a ver os revolucionários espanhóis morrer? Não. Interviríamos directamente? Não. Teríamos ido à ONU pedir um mandato. Exatamente o que foi feito.

A sua posição não é coincidente com a sua oposição à Guerra do Golfo, em 1991, às intervenções no Kosovo e no Afeganistão…

Há uma diferença fundamental! Todas essas guerras se fizeram através de uma decisão unilateral da NATO. No caso presente, pelo contrário, a intervenção faz-se com mandato da ONU. Ora isso é decisivo: não há ordem internacional sem passar pela ONU.

No caso da Líbia, concorda com o direito de ingerência…

Não. O direito de ingerência não existe e eu espero que nunca venha a existir. O que conta, para mim, é a referência ao dever de protecção da sua população por parte de um governo. Kadhafi dispara sobre a sua população. Em nome do dever de protecção, a ONU pede para intervir

por Daniel Oliveira
http://arrastao.org/

Palavras para quê ?


"São artistas portugueses, e lavam a dentuça com pasta medicinal Tonto"

Enfim... casaram-se !


Com uma unanimidade de voto até agora desconhecida, nunca os arautos do "progresso" estiveram tão pròximos.
Eu não quero ser o padrinho deste mòrbido casamento!



Os quatro partidos da oposição(sem melancias), para além de nunca terem aceite discutir sobre a possibilidade de alternativas politicas com um governo minoritàrio, decidiram chumbar o unico projeto que era forçoso apresentar em bruxelas.

O famigerado PEC4, pode muito bem ser um mau projeto mas, tinha o mérito e a coragem de escolher um percurso econòmico que evitasse o pior.

Neste momento, a finança estrangeira, assim como o fmi agradecem. Alguém vai ter de pagar, e como de costume jà sabemos quem vai ser.

Qual foi o partido da oposição que defendeu alternativas para evitar a intervenção externa ? Alguém, com um palmo de testa e minimamente honesto, poderà explicar ?

Socrates cometeu erros, a trabalhar. A oposição comete o erro de não trabalhar.
Que venham as eleições, o voto serà soberano !

Veremos se esta aliança entre o fmi e a oposição vai ser melhor para Portugal e os portugueses.

Provavelmente teremos os verdes a dizerem que "é terra queimada mas da boa", e os encarnados a dizerem que é biològica.

Gostava que Sòcrates não se candidatasse a secretàrio do PS nem a 1° ministro, mas... as coisas da politica nem sempre são como eu gostaria que fossem.

Boa sorte para os que estão na mò de baixo, o mexilhão, e champagne para a oposição/ fmi.

segunda-feira, 21 de março de 2011

A menina dança ?...

Parque roubado ao mar.

AGU Blogosphere | The Landslide Blog | Liquefaction from the Sendai earthquake - a remarkable video

São figo$ senhor, são figo$...

BPN PAGOU A FIGO E A SCOLARI ATRAVÉS DE SACO AZUL

«O ex-futebolista Figo e o ex-seleccionador nacional de futebol Scolari receberam centenas de milhares de euros da SLN, que detinha o BPN, através da offshore Jared, que funcionava como saco azul do grupo dirigido por Oliveira Costa, disse uma testemunha no julgamento.

Ouvido hoje como testemunha de acusação, o inspector tributário Paulo Jorge Silva, que participou na investigação, exibiu um documento apreendido durante uma busca em que Luís Figo e Luís Filipe Scolari aparecem numa vasta listagem de pagamentos feitos pelo grupo SLN (Sociedade Lusa de Negócios) através da offshore Jared Finance, que servia de saco azul para «fazer pagamentos por fora», conforme relatou o responsável das Finanças.

A tabela de pagamentos feitos através da conta da Jared no Banco Insular de Cabo Verde permite observar que Scolari recebeu quase 800 mil euros relativos à utilização da sua imagem pelo BPN, enquanto Luís Figo recebeu duas tranches - uma de quase 125 mil euros pela cedência de direitos de imagem e outra superior a 261 mil euros relativa ao contrato de imagem Figo-Real Madrid.

De acordo com o inspector das Finanças, estes pagamentos foram feitos através de contas que Figo e Scolari detinham em offshores, havendo o interesse de ambas as partes em não declarar as quantias recebidas. » [Sol]

Parecer:
Se fosse só o BPN...

O interessante desta notícia é o facto de se ficar a saber que o Figo também tinha a sua off-shore para possibilitar os pagamentos "por fora". Aliás, tal como sucede com muito boa gente da praça Figo tinha uma off-shore para os recebimentos tal como também tem uma fundação que dá muito jeito para as despesas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento à DGCI.»

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sábado, 19 de março de 2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

Kadafi na corda bamba...


Conselho de Segurança da ONU aprovou medidas de exclusão aérea na Líbia...

Esta resolução vai determinar que, dentro de poucas horas, uma coligação de forças mandatada pela ONU começará a atacar preventivamente as defesas aéreas líbias, tentando evitar a queda de Benghazi para as forças de Kadafi.

O prolongamento da "guerra civil" [ou o início de uma "guerra tribal"] parece inevitável. Como provável pode vir a ser a hipótese de uma eventual escalada bélica das forças de intervenção internacionais neste País...
O velho aforismo sobre os conflitos armados aplica-se aqui: sabe-se quando começa uma guerra, ninguém sabe como (nem quando) termina…

Pelo que, a par de um conflito militar eminente, é imperioso que a ONU desenvolva, desde já, intensos esforços diplomáticos que possam travar as constantes e exponenciais perdas de vidas na população civil ... e controlar o impressionante e gigantesco drama humanitário que, ao longo de 1 mês, se foi instalando e avolumando, na Líbia e nos países limítrofes.

Nas próximas horas o Mediterrâneo vai viver momentos de grande tensão [e confusão] política e militar...

posted by e-pá!
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quarta-feira, 16 de março de 2011

"A Bola"

50 anos de vergonha

50 anos depois do início das guerras coloniais, alguns dados para avivar a memória

Entre 1961 e 1974, Portugal, onde vigorava um regime ditatorial, levou a cabo guerras coloniais em três frentes de combate. Segundo números oficiais, ao chegar-se a 1974 - ano em que foram mobilizados 150 mil efectivos militares para o esforço de guerra em África -, já havia treze anos que a guerra durava em Angola, onze anos na Guiné e dez em Moçambique. Vejam-se alguns dados para memória presente e futura:

- A guerra sorveu entre 7 a 10% da população portuguesa e mais de 90% da juventude masculina. Ainda em termos de gastos humanos, durante os treze anos de guerra, morreriam mais de 8 mil homens e ficariam feridos ou incapacitados cerca de 100 mil portugueses.

- Segundo dados do Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), morreram de várias causas 8.831 militares portugueses, dos quais 4.027 em combate, respectivamente 23% do contingente "metropolitano" e 77% dos soldados recrutados nas próprias colónias

- Das quase nove mil baixas das Forças armadas portuguesas, que representavam 1 % do número total de combatentes nos três teatros de guerra, 3.455 ocorreram em Angola, 3.136 em Moçambique e 2.240 na Guiné.

- A quase totalidade dos mortos – mais especificamente 8.290 dos 8.831 - pertenciam ao Exército, 346 eram elementos da Força Aérea e 195, da Marinha de Guerra.

- Ao número de combatentes mortos, deve-se acrescentar as vítimas mortais de civis brancos e negros, tanto entre os guerrilheiros dos movimentos de libertação como entre a população civil. Mais de mil civis portugueses foram mortos, mais de metade dos quais nos massacres perpetrados pela UPA, em 1961, em Angola, enquanto o número mínimo de mortos africanos terá totalizado os cem mil.

- Por outro lado, as guerras coloniais provocaram ferimentos e deficiências físicas em cerca de vinte mil militares portugueses, dos quais 5.120 com grau superior a 60 por cento. Entre os africanos, não existe contabilização, mas pode-se aventar a hipótese quase certa de que o número foi muito superior.

- Relativamente aos que foram psicologicamente afectados pela guerra, embora o número seja contestado, os psiquiatras Afonso de Albuquerque e Fani Lopes contabilizaram 140.000.

- Além disso, as guerras em Angola, na Guiné e em Moçambique sorveram avultados meios financeiros, calculando-se que, durante os treze anos, uma média de 33% do Orçamento do Estado tivessem sido canalizados para a «defesa» e que, nos anos 60, foram mesmo ultrapassados os 40%.

No final de 1964, Portugal já mantinha nos quadros de guerra em África 85 mil militares, respectivamente cerca de 52 mil, em Angola, 18 mil, em Moçambique e 15 mil na Guiné. Em 15 de Outubro de desse ano, o DL n.º 45 308 considerou puníveis, como em tempo de guerra, os crimes previstos na legislação penal militar praticados nas «províncias ultramarinas», enquanto nelas decorressem operações militares ou de polícia destinadas a combater determinadas perturbações ou ameaças.

Os jovens portugueses eram obrigados a cumprir o serviço militar, que durava entre dois a quatro anos, incluindo a recruta e uma comissão de serviço de cerca de dois numa colónia africana em guerra. Alguns deles não compareceram à inspecção ou tornaram-se refractários ou desertores, saindo clandestinamente do país, a caminho do exílio.

- Uma informação da delegação de Coimbra da PIDE/DGS deu conta que, em 1971, muitos «mancebos» de todas as classes sociais não tinham levantado as guias de marcha para se apresentarem nas unidades de incorporação.

- Por seu turno, o próprio EMGFA afirmou, em Maio desse ano, que 25% do total de recenseados faltavam ao cumprimento do serviço militar.

- Segundo números oficiais divulgados em Maio de 1974 teria havido, durante os treze anos de guerra, entre cerca de 110 a 170.000 jovens faltosos ao serviço militar, refractários e desertores.

by: Irene Pimentel
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“Salve-se quem puder”

É precisa uma pedrada no charco.

A crise do país é profunda. Financeira, económica, política, social, cultural.

Há uma crise financeira, porque não produzimos à medida do que gastamos. Bem sei que há hoje muita gente a passar mal, mas há anos que vejo a quantidade de roupas, brinquedos, electrónica de entretenimento, acessórios de embelezamento, et cetera, em aquisição glutona por quem não tem sequer dinheiro para comer bem ou educar-se e educar os seus filhos.

E que se endivida para comprar porcarias ou para pagar bens e serviços que, sendo valiosos em si mesmos, não devem tomar o lugar das primeiras necessidades. Por trás dessa crise financeira há, em parte, uma crise económica, até certo ponto devida ao domínio do financeiro sobre o económico, mas também devida a agentes económicos irresponsáveis do ponto de vista social: todos achamos que a culpa é do outro.

Entre os “empresários”, ainda dominam largamente os “patrões”, que se estão nas tintas para o interesse do país, para os direitos e a qualidade de vida dos trabalhadores que lhes dão a vida a ganhar. Ao nível do país, a qualificação média dos empregadores continua a ser inferior à qualificação média dos empregados, mas isso está legitimado por um discurso social que valoriza mais comprar uma playstation do que concluir uma formação profissional e académica sólida.

Entre os assalariados, é grande a massa dos que pensam que aquilo que a empresa lhes deve pagar não tem nada a ver com aquilo que eles produzem. A vozearia dos que pedem subsídios ou isenções para qualquer empresa, sem demonstração de que essa empresa é económica e socialmente responsável, junta-se amiúde à vozearia dos que clamam por intensa fiscalização a quaisquer dez euros que o Estado dê a uma família carenciada.

Há uma crise política, porque vivemos num permanente jogo de sombras. Uma certa esquerda, que sempre foi anti-europeia, tem agora imensas ideias acerca de como a Europa nos deve ajudar. Uma certa direita clama contra a austeridade, ao mesmo tempo que vai lançando quase-programas de governo que implicam mais austeridade e mais salve-se quem puder e mais cada um por si.

Há umas vozes que, clamando contra os mercados sem especificar como nos podemos livrar deles, vendem a ilusão de que podemos simplesmente deixar de pagar as nossas dívidas - faltando-lhes, contudo, a coragem para explicar como viveríamos só com o que produzimos actualmente (deveriam dizer que, só com o dinheiro que é nosso, teríamos de voltar para o campo e produzir a nossa própria alimentação).

Há uma crise social, porque o “passa culpas” é generalizado. Só um exemplo: quantas famílias vêem os seus filhos abandonar precocemente a escola, ou arrastar percursos escolares de insucesso arrasador, e acusam o resto do mundo pelo facto, não se questionando um segundo acerca do que deveriam fazer melhor para desenhar as coisas de outro modo? A sociedade da desresponsabilização – alimentada pelo apontar do dedo “aos políticos” como os primeiros ou únicos culpados – é uma sociedade infantilizada, por isso incapaz de tomar em mãos o seu próprio caminho.

É uma sociedade que espera um pai, um messias… ou um ditador. Uma sociedade doente, portanto. Há uma crise social, porque a sociedade está mobilizada para criticar, mas não para resolver. Há centenas de milhares que saem à rua (com toda a legitimidade) para criticar a avassaladora precariedade que inunda a sociedade portuguesa, precariedade que é um verdadeiro atentado à liberdade e dignidade individual, mas a maioria dos manifestantes acham que o governo é o principal, único, grande responsável por isso.

Não lhe passa pela cabeça que deveriam exigir às associações patronais e aos sindicatos que se deixem de rodriguinhos e concluam verdadeiros acordos sociais para organizar o mercado de trabalho de outra maneira, com mais produtividade e mais segurança, com mais justiça e melhores resultados económicos. Uma “geração” que não percebe que isso passa por uma luta social mais micro, e menos contra os alvos políticos fáceis e mediáticos, não é uma geração rasca nem à rasca: é uma “geração” atomizada, onde a solidariedade e o combate deixaram de ser concretos e se ficam pela vozearia e pela rua (sem que, de algum modo, eu lhes queira negar o direito à rua).

Os sindicatos e o patronato funcionam como uma espécie de partidos políticos disfarçados, que falam do que lhes não cabe na mesma linguagem dos políticos, e as gerações aflitas nem se apercebem de que isso lhes retira o verdadeiro plano da luta social e económica que deveria valer a pena. A luta social, transformada numa luta a favor ou contra o governo, convém às oposições incapazes de falar verdade, mas manieta a própria luta social, retirando-lhe horizontes e possibilidades.

Há uma crise cultural, porque se tornaram hegemónicos os discursos simplistas, os discursos que separam os diagnósticos das propostas alternativas. A união das forças políticas e mediáticas faz-se em torno do “isto está péssimo” – e esse é o discurso que ganha festivais da canção tal como ganha um coro de oposições no parlamento, tal como ganha as conversas de café ou os bitaites de intelectuais encartados.

Que, depois, essa união seja impossível de traduzir em programas, em caminhos, em alternativas, parece não afligir ninguém. Quando esse deveria ser o ponto central da aflição: o não estar a emergir uma via de saída alternativa, mas apenas discursos com pressupostos contraditórios, incapazes de produzir outra governação, é o abrigo da demagogia irresponsável. Essa não é já uma questão política.

Em política desenham-se caminhos diferentes e os cidadãos escolhem que caminho seguir. Estamos a um nível mais profundo de degradação: a ética do debate apodreceu. O assumir da responsabilidade pelas próprias propostas, o colocar no espaço público os dados da discussão para ela poder acontecer – são factores prévios ao próprio exercício político, que estão ausentes.

Face a isto, é preciso um sobressalto. O governo está a tentar a porta estreita: obter dos parceiros europeus a possibilidade de uma ajuda que nos retire das mãos do homem do fraque (ou do dono do “prego”) e nos dê algum tempo. As receitas da Grécia e da Irlanda não estão a resolver problema nenhum, pelo que a esperança de Passos Coelho (que venha uma intervenção externa para o PSD poder governar com o programa do FMI) é fútil.

Sócrates, que continua com a atitude do combatente – fazer tudo o que pode para contrariar a maré – tem de saber que, do ponto de vista estrutural, nada pode estar substancialmente melhor nos próximos dez anos. E, certamente, o PS não pode aspirar a ficar no governo até “isto mudar”: o PS já está no governo há tempo demais, se contarmos desde 1995 e descontarmos a dinastia Barroso-Santana.

E, em boa verdade, o governo do PS está a ser manietado pela direita europeia, dominante nos governos da UE, na Comissão Europeia, no BCE e sei lá onde mais - direita europeia essa que está a impor as suas políticas de destruição do Estado Social aos países aflitos em troca de uma eventual possível futura ajuda.

Está, pois, na hora, de obrigar cada um a assumir as suas responsabilidades. Não vale a pena conversar com o PSD, porque o PSD não existe. Existe Passos Coelho, que quer qualquer coisa que evite a descida de Rui Rio à capital, e cujo principal exercício político é disfarçar. Disfarçar as políticas que quer tentar, resumidas no “salve-se quem puder”.

Existe Rui Rio e os que querem um PSD “credível” para tomar conta da intendência, mas que ainda não acabaram de ultimar o plano de assalto ao palácio de inverno. E existe o chefe da oposição, que reside oficialmente em Belém.

Assim sendo, Sócrates, como PM e SG do PS, deve ir a Belém e dizer a Cavaco Silva: “o senhor Presidente acha que os portugueses não podem fazer mais sacrifícios; os seus aliados nas instituições europeias passam os dias a exigir-me que peça mais sacrifícios aos portugueses; os seus aliados nos partidos portugueses concordam consigo que isto vai lá sem mais sacrifícios – e eu não estou a ver como; o senhor Presidente teve a sua manifestação da maioria silenciosa, que ajudou a convocar no seu discurso de tomada de posse, na sua habitual abrangência política alimentada pela crítica sem alternativa, porque a alternativa é onde a porca torce o rabo; portanto, senhor Presidente, eu vou-me embora, o PS vai para a oposição, que já se esforçou o suficiente, e o senhor Presidente assuma as consequências do seu activismo e arranje uma solução”.

É preciso saber sair a tempo. Sócrates não quer deixar a sua obra por mãos alheias, compreendo – mas o julgamento de Sócrates não terá lugar agora, mas daqui a dez anos, quando as estatísticas mostrarem o que mudou radicalmente por consequência da sua governação.

E o grande sobressalto de que o país precisa é ser confrontado com as responsabilidades próprias dos cobardes que falam para não serem entendidos. O chefe de orquestra, que está em Belém, que trate do concerto.

Única objecção razoável: o país não suporta uma crise política. A minha resposta: crise ou mudança, como lhe queiram chamar, terá sempre de acontecer antes de o país voltar a entrar nos eixos; assim sendo, que não tarde. O país precisa de uma pedrada no charco do faz de conta. Sócrates pode ser o autor de mais esse serviço ao país, habituado como está a fazer os lances decisivos.

Publicado por Porfirio Silva
http://maquinaespeculativa.blogspot.com/2011/03/e-precisa-uma-pedrada-no-charco.html

FOLON

Sapiência...

TRISTE EUROPA

«Não somos, ao contrário do que alguns pensam e dizem, um país pequeno, sem recursos e condenado à decadência. Temos uma história gloriosa, com altos e baixos, é certo, mas que nos demonstra o contrário. Em alguns períodos não temos sabido governar-nos. É verdade. Mas é útil, para o futuro, aprender a distinguir o trigo do joio, os honestos dos pecadores e não nos deixarmos cair no derrotismo masoquista, em que alguns se comprazem. Criticar é fácil e protestar, mais ainda. É legítimo, aliás, em democracia, criticar e protestar, desde que o façam pacificamente. Mas agir, desinteressada e conscientemente, é melhor, desde que seja em função de uma alternativa, coerente, eficaz e estruturada, tendo uma visão do futuro, inserida num mundo em mudança. É o caminho para podermos sair do atoleiro em que nos encontramos.

É preciso informar completamente os portugueses da situação em que estamos, para os poder mobilizar. O que não tem sido feito suficientemente pelos responsáveis. O Presidente da República, no seu discurso de posse, insistiu neste ponto. Mas omitiu que a crise portuguesa actual foi causada e continua a ser, altamente influenciada, pela crise internacional e, em especial, pela europeia. Ora isso constituiu uma falha inaceitável, mesmo que não tenha sido voluntária.

O primeiro-ministro tem-se esforçado, na resolução da crise, com um zelo patriótico e uma energia pessoal absolutamente excepcionais. Mas cometeu erros graves: não tem informado, pedagogicamente, os portugueses, quanto às medidas tomadas e à situação real do País. Nos últimos dias, negociou o PEC IV sem informar o Presidente da República, o Parlamento e os Parceiros Sociais.

Foram esquecimentos imperdoáveis ou actos inúteis, que irão custar-lhe caro. Avisou tão só o líder da Oposição, após a reunião de Bruxelas, pelo telefone. A resposta pública foi-lhe dada no discurso que Passos Coelho proferiu, em Viana do Castelo, muito didáctico, e foi negativa: "Não conte com o PSD para aceitar as novas medidas (negociadas/impostas?) pelos líderes da Zona Euro, reunidos no dia 11 de Março, em Bruxelas." Assim se abre, ao que parece, uma crise política, a juntar às outras que a precederam: financeira, económica (estamos a entrar em recessão), social, ambiental e de valores.

E agora? Ao invés do que parece, tudo ainda pode acontecer. Porque os Partidos da Oposição - todos - não querem ir para o Governo, nem assumir responsabilidades, numa situação que não é agradável para ninguém. O Presidente da República, perante o impasse criado, vai dissolver o Parlamento e provocar eleições? Para cairmos, no pior momento, numa campanha eleitoral, como a última presidencial, com as culpas atiradas uns aos outros, sem tratarmos dos problemas nacionais? E para quê? Para chegarmos, talvez, a resultados, mais ou menos, idênticos? Mas se o não fizer, deixa que o Governo - e o PS, o que é mais grave - fiquem a fritar em lume brando? Com que vantagem para o futuro?

As informações (poucas) que me chegaram da reunião de Bruxelas indicam que houve pela parte da União dos Estados da Zona Euro um pequeno passo em frente, incluindo, obviamente, a Senhora Merkel. Mesmo implicando as questões laborais, dadas as pressões dos Sindicatos europeus. Sócrates, entre os seus pares, foi dos que mais combateram quanto ao alargamento das competências do futuro Fundo Europeu. Foi importante e positivo. Mas tudo ficou em carteira, adiado, para debater ainda na próxima reunião dos dias 24 e 25 do corrente mês.

Zapatero escreveu uma carta de aceitação prévia e, ao que me disseram - vale o que vale -, ficou bastante calado na reunião. Quando o que seria importante era que os dois Estados ibéricos exigissem uma política europeia convergente e falassem no mesmo sentido. Dar-lhes-ia, em termos europeus, uma importância redobrada. Temos connosco a Comunidade Ibero-Americana e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Não é pequena coisa, em termos europeus.

Veremos o que se passará nas duas próximas semanas, que serão decisivas para a União Europeia e, seguramente, também, para Portugal. (...)» [DN]

Autor: Mário Soares.
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A ser verdade !? ... PQoP !!!


Excelente Justiça!!!

Li na imprensa escrita que o Ministério da Justiça pagou à mulher do Ministro da Justiça Alberto Martins, a módica quantia de 72 mil euros.

Porque razão a procuradora Maria Correia Fernandes, mulher do Ministro, recebeu esta subvenção?

Por ter acumulado serviço em dois serviços do Ministério Público.

Que se faça justiça à senhora, já que estamos no Ministério da dita. Mas a acreditar na imprensa parece que a dita justiça consistirá em a dita verba retornar aos cofres do Ministério.

Mas interessa uma visão comparativa.

Já pensaram no vencimento de um director geral (3º grau na hierarquia): no topo o Ministro, a seguir o Secretário de Estado e depois o DG.

Por ano agora um Director Geral com despesas de representação (770€/mês) aufere 63 mil euros (14 meses)

mais comentários para quê?

Apenas mais uma observação. de certeza que a senhora Procuradora trabalhava 15 horas/dia para merecer tanta verba.

# posted by Joao Abel de Freitas
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terça-feira, 15 de março de 2011

deus é o maior ...


Deus e Catástrofes

Tradução "livre" de um artigo de A. C. Grayling, publicado no site da Richard Dawkins Foundation.




É com tristeza que todos pensamos nas centenas de milhares de pessoas cujas vidas foram horrivelmente perdidas ou afectadas pelo terramoto e pelo tsunami do Japão, e que marcaram a negro os anais deste ano de 2011, e que vieram logo a seguir ao terramoto que atingiu Christchurch na Nova Zelândia.

Estes acontecimentos, que estão certamente ligados do ponto de vista tectónico, lembram-nos das vastas forças da natureza que, se são normais para o próprio planeta, são já prejudiciais para a vida humana, especialmente para aqueles que vivem perigosamente perto do quebra-cabeças que são as falhas da superfície terrestre.

Alguém me disse que na igreja da sua terra iria haver orações especiais pelas pessoas no Japão. Este comportamento bem-intencionado e fundamentalmente simpático mostra, no entanto, quão absurdas, no sentido literal do termo, são as práticas e as crenças religiosas.
Quando vi na televisão uma reportagem de pessoas a dirigirem-se para a igreja em Christchurch após o trágico terramoto, foram estes pensamentos que me assaltaram.

Não seria simpático da minha parte pensar que aqueles que foram à igreja o foram para dar graças por eles próprios terem escapado pessoalmente; não lhes quero imputar egoísmo e alívio pessoal no meio de um desastre no qual tantas pessoas arbitrária e subitamente perderam as suas vidas por causa de um “acto de Deus”.
Mas se essas pessoas foram rezar para que o seu deus olhe pelas almas daqueles que morreram, por que pensariam elas que esse deus o faria, uma vez que foi ele próprio quem causou, ou permitiu, que os seus corpos fossem súbita e violentamente esmagados ou afogados?

De facto, estariam elas a suplicar e a louvar uma divindade que idealizou um mundo onde existem tantas arbitrárias e súbitas mortes?
Um ser omnisciente conheceria bem todas as implicações daquilo que faz, e por isso saberia também que iria proporcionar estes acontecimentos e todas estas suas horríveis consequências.
Estariam elas a louvar o causador do seu sofrimento, pelo seu sofrimento, e também a suplicar a sua ajuda para escapar àquilo que ele próprio tinha planeado?

Talvez elas pensem que o seu deus não é o responsável pelo terramoto. Mas se elas acreditam que o seu deus idealizou um mundo no qual estas coisas acontecem, mas depois deixou esse mundo sozinho e não intervém mesmo quando ele se torna letal para as suas criaturas, então essas pessoas estão implicitamente a questionar a moralidade do seu carácter.

E se ele não é suficientemente poderoso para fazer alguma coisa sobre a criminosa indiferença do mundo para com os seres humanos, então em que sentido é ele deus?
Pelo contrário, ele parece ser um espírito impotente, para quem é inútil rezar e que é indigno de ser louvado.

Porque se ele não é capaz de impedir um terramoto ou salvar as suas vítimas, então não está qualificado para criar um mundo.
Mas se ele é poderoso o suficiente para ambas as coisas, mas ainda assim cria um mundo perigoso que inflige arbitrariamente sofrimentos violentos e agonizantes a criaturas racionais, então ele é perverso.

De qualquer modo, o que pensam as pessoas que acreditam em tal ser, e vão à igreja para o louvar e adorar?
Como, perante acontecimentos que a bondade e a preocupação humana consideram trágicos e que exigem ajuda – ajuda que são os próprios seres humanas que proporcionam aos seus semelhantes: nunca aparecem anjos vindos do céu para ajudar – podem as pessoas acreditar em tal incoerente ficção, como é a ideia desta divindade?

É este um enigma sem fim.

# posted by Luis Grave Rodrigues
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Censos 2011


Associação Ateísta Portuguesa (AAP)


C O M U N I C A DO – Censos 2011


A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) observa, há muito, a falta de rigor e o exagero com que as diversas religiões manipulam o número dos seus crentes, em especial a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR), para propaganda e obtenção de privilégios.

Seria inócuo o abuso dos números se não fossem usados para pressões sobre os Governos e a obtenção de benefícios indevidos, que roçam a imoralidade na nomeação discricionária de professores de Religião, em benefícios fiscais, na captura do ensino, saúde e assistência, em condições de privilégio face a outros grupos de cidadãos, num excesso que compromete a laicidade a que o Estado está constitucionalmente obrigado.

Aproximando-se o censo de 2011, e sendo esta operação a única que permite a contagem oficial do número de crentes de cada religião, para fins meramente estatísticos, como é justo, a AAP apela a todos os ateus, cépticos, agnósticos e livres-pensadores para que assinalem a sua condição de cidadãos «sem religião». Evita-se assim que as religiões exagerem o número de crentes que reivindicam, incluindo os que, por tradição familiar ou coacção social, foram baptizados e inscritos numa religião em que não acreditam.

No questionário individual, a pergunta 36 [Resposta Facultativa (Decreto-Lei n.º 226/2009 de 14 de Setembro)] pede para se indicar a religião, destinando a casa n.º 8 para assinalar «Sem Religião». Para defesa da verdade e correcção da falsidade dos números, a AAP reitera o seu pedido para que todos, crentes ou não, respondam com honestidade à referida pergunta.

A Associação Ateísta Portuguesa solicita a divulgação deste comunicado à Comunicação Social e pede a todos os portugueses o empenhamento cívico no censo de 2011.

Associação Ateísta Portuguesa – Odivelas, 14 de Março de 2011

posted by Carlos Esperança
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GOLF A 6% !?

http://economia.publico.pt/Noticia/governo-baixa-iva-aplicado-ao-golfe-para-seis-por-cento_1484711


Há coisas do arco-da-velha …

Este incentivo é, socialmente, um desastre.
Nomeadamente para um Governo que pretendia taxar, no OE de 2011 [com IVA a 23%], o “leite achocolatado”…

posted by e-pá!
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domingo, 13 de março de 2011

Luta ou movimento ?

Menina dos Olhos Tristes

D. Quixote - 0 / PEc - 4


O PEC 4 ou o "quixotismo" luso na UE …

Teixeira dos Santos, Ministro das Finanças, anunciou, durante a manhã, perante um clima de grande instabilidade política e social, mais um PEC. Bem, não foi propriamente um PEC, mas um PE. Ninguém vislumbra o mínimo estímulo ao crescimento económico, portanto, o “C” está a mais. A única coisa a crescer são as duras medidas de austeridade, o galopante desemprego, o aprofundamento das desigualdades sociais… link

Não vamos enfatizar, nem dissecar, as consequências políticas e sociais, de âmbito doméstico que, mais um programa de medidas de austeridade, necessariamente, levantará.
Na realidade, trata-se de mais um pacote com novas medidas cuja finalidade é impressionar a Comissão Europeia, o Conselho Europeu e o BCE. E, paralelamente, “sossegar” os mercados.

Estas medidas [de hoje] conseguiram arrancar felicitações de Durão Barroso, de Angela Merkel e de Jean-Claude Trichet. Mas estas loas já não impressionam os “mercados”. Logo após este anúncio os juros das obrigações portugueses, a 5 anos, subiram para a taxa recorde de 8%! link
De facto, os mercados já não se acalmam com declarações. Só “sossegarão”, i. e., abrandarão a voracidade da especulação se, na próxima segunda-feira, o BCE aparecer a comprar obrigações portuguesas, nos ditos mercados. Esta a titânica luta do Governo português em Bruxelas.

Só que o Conselho Europeu está interessado em aprovar um novo Pacto, desta vez, para a Competitividade. O que traduzindo por miúdos representam mais medidas restritivas, como p. exº., moderação salarial, indexação da idade da reforma à esperança média de vida e desenvolvimento de uma base fiscal para as empresas, etc.
Perante um clima de tantas incertezas o que já foi decidido? Naturalmente, o pacto de competitividade como anunciou, há poucas horas, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy. link

Aliás, Merkel, a par dos elogios das recentes medidas portuguesas de austeridade a que chamou pomposamente de “grandes reformas” (!), de corajosas, não perdeu a ocasião para ser bem explícita em relação à flexibilização do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e quanto ao serviço da dívida. Afirmou: “… cada País é responsável pelas suas próprias dívidas”. link / link Este facto significa que a chanceler vetou os “eurobonds”… provavelmente a nossa mais eficaz porta de saída [da crise]. link

É cada vez mais prevalente a sensação de que o Governo português enveredou por caminhos quixotescos. Que esgrime as suas forças contra moinhos de vento. Com uma substancial diferença: D. Quixote de La Mancha ia montado no seu dócil Rocinante e o Governo chega a Bruxelas cavalgando o infortúnio do povo português...

posted by e-pá!
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sexta-feira, 11 de março de 2011

FOLON

Câmara Corporativa: Os 14 pecados mortais do discurso de Cavaco

Câmara Corporativa: Os 14 pecados mortais do discurso de Cavaco: "Os pecados mortais são 7. Mas, no discurso de ontem, Cavaco Silva cometeu 7x2 pecados: 1.º Foi um discurso de facção, sectário, parcial e ..."

Enquanto Há Força

Sumo de casca...

Nem todos os bens transacionáveis são recomendáveis


Preço do sumo de laranja cai para mínimos de três semanas.

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"sobressalto cívico" ?...

"UNS VÃO BEM, OUTROS MAL !"



(titulo de David Ribeiro)

Abstenção versus abstenção


Não é hoje nada cómodo, para ninguém, ser Governo

Mario Soares no DN: «(...)Todos os partidos, à excepção do PS, atacam o Governo furiosamente e, com frequência, usando termos pouco próprios.

Mas não o querem atirar abaixo e substituí-lo. O que é muito significativo.
Porquê? Porque não têm alternativa?

É em parte verdade. Mas, sobretudo, porque não é hoje nada cómodo, para ninguém, ser Governo, dadas as tremendas dificuldades a que Portugal está sujeito.
E é muito cómodo e fácil - reconheça-se - ser oposição e dizer mal dos membros do Governo...
(...)»

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quarta-feira, 9 de março de 2011

Os Golpes

Espanto pitosga

A LUTA CONTINUA DE GEL E MEGAFONE

«A arma do povo é o televoto. Para o maior dos portugueses, elegeu Salazar; para os maiores do cançonetismo, os Homens da Luta. É um conservador este povo de valor acrescentado: se não são botas são boinas, é para aí que lhes foge o chinelo do voto. Mas foge-lhes só a eles? O povo votante deste Festival da Canção esteve ao nível das escolhas de tantos júris anteriores: o gel do Jel vale o mesmo que gelatinosas canções outrora vencedoras, o espanto fingido na cara pitosga do Falâncio é igual ao fingimento geral de outras divas que "nos" representaram.

E, no entanto, este 47.º Festival foi especial. O duo disparatado que o ganhou vai dar o seu próximo recital na manifestação do dia 12 - aquela contra todos os partidos e todos os políticos, mas que já teve apoio expresso de alguns partidos e alguns políticos.

Jel e Falâncio vão com aquele enxoval que os cunhou (como a carapinha loura ao Abel Xavier): a boina e as calças à boca de sino, o "pá" e o "camarada", mais a procissão que agora os acompanha, a ceifeira, o operário da Lisnave, o furriel de camuflado... Os saudosos do Verão Quente de 75 deveriam aborrecer-se, porque gozados pelo duo idiota, mas, ao que parece, estão encantados.

Estes Homens da Luta são instrumento de uma tenebrosa vontade conspirativa? Antes fosse. Estes Homens da Luta são só a expressão vazia (mas vasta) de quem pensa, mesmo, que isto vai lá de megafone.» [DN] Autor:Ferreira Fernandes.

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Medos e tretas...



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Và de retro...



Padres e demónios

É paradoxal serem os crentes infectados com demónios e os ateus imunes aos espíritos malignos.


A população demoníaca tem-se reduzido ao longo dos anos com o avanço da ciência, quiçá porque os espíritos das trevas se anteciparam no planeamento familiar ou, para arreliarem o Papa, porque foram pioneiros no uso da pílula e do preservativo.

Mais raros, mas não extintos, os espíritos malignos existem. Os livros sagrados dedicam várias páginas a esses agitadores de almas pias. O exorcismo é a terapêutica exclusiva aprovada pelo Vaticano, desde que o alvará para o seu exercício seja de um padre católico e, em casos difíceis, só com licença episcopal.

Em Portugal há um velho especialista, com 72 anos, a tirar espíritos de corpos sofridos, padre Humberto Gama, que se dedica aos difíceis combates com o demo, das 7 às 22 horas, aliviando a carteira e as possessões demoníacas a cerca de 20 possessos diários. Com consultório em Fátima e Mirandela já foi proibido de dizer missa e teve vários dissabores um dos quais com um marido que discordou do sítio por onde extraiu os espíritos da amantíssima esposa, na convicção de que o tamanho e a quantidade não precisavam de tão larga e recôndita reentrância. Mas o que sabe um leigo de espíritos?! O padre Gama alegou que têm de sair por algum lado e disse-o convicto à TVI onde fez exorcismos em directo antes de actuar na RTP-1.

Agora, em Figueiró dos Vinhos, o padre José Rosa Gomes recebe na igreja, todas as semanas, centenas de fiéis a quem purifica e resolve os problemas. As mulheres, mais atreitas ao maligno, encontram nas mãos do sacerdote a benzina que desencarde a alma e nas orações o demonífugo que as liberta das apoquentações do demo, desmaiando ao som de cânticos enquanto o mafarrico emigra para outras bandas.

O reverendo Rosa Gomes exorciza das 21H30 à 01H00 da manhã durante a cerimónia da «Adoração do Santíssimo Sacramento», à quarta-feira na igreja de Figueiró e à sexta na do Beco. Vêm camionetas de vários pontos do país cheias de crentes para serem exorcizados. Depois dos desmaios as endemoninhadas acordam havendo quem precise de horas e orações suplementares à porta fechada mas todos ficam com a alma a luzir como prata depois de esfregada com solarina.

O bispo de Coimbra, Albino Cleto, manifestando algum receio, já aconselhou cautela com algumas situações de ordem médica e prefere designar por «orações de cura» a liturgia do exorcismo. De resto, o «grande exorcismo» só pode ser praticado por padres previamente autorizados pelo bispo da diocese e, talvez, só se justifique para demónios resistentes aos pequenos e médios exorcismos.

Em Figueiró dos Vinhos, onde o povo andava arredado da missa desde que o bispo de Coimbra despediu um padre estimado pelo povo, não por ter uma filha mas por assumir a paternidade, a fé voltou e conquista novos crentes.

Os cânticos do padre indiano James Manjajackal entoam na igreja enquanto o colega Rosa Gomes reza para afastar o demo. A oração e a cantoria têm um efeito sinérgico e não há demónios que suportem o barulho e a ameaça da cruz. Preferem emigrar.

Fonte: DN de 07-03-2011, pág. 16, por Sónia Simões
Etiquetas: exorcismo

posted by Carlos Esperança
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terça-feira, 8 de março de 2011

Festival

segunda-feira, 7 de março de 2011

Festival, de Mao a Piao !


homens?? Luta?! isto?!.

confidencia muito confidente e absolutamente confidencial

1 eu não gosto destes tipos dos "homens na luta".

2 há qqr coisa de falso e de critico por teatralidade rústico-excessiva.

3 não gosto da caricatura q fazem da canção de intervenção - lutou-se mº pela Liberdade para dar esta imagem de uma geração q fez coisas belissimas!

4 não gosto do retrato redutor e aparvalhado q fazem da figura do Zeca. Estive c ele centenas de vezes em palco e merecia melhor memoria publica! é um insulto!

5 não gosto da melodia nem dos refrões de mata e esfola nem do consequente ridículo com q pretendem insinuar e criticar

6 estão ao nível do crónico candidato Vieira isto é ideias - zero, promoção fácil - 1

7 são um insulto a quem pela canção lutou com armas muito corajosas contra a ditadura a minha geração teve coragem e qualidade - isto é lixo!

8 ficam a meio caminho entre o tentar ter graça, o insulto de rua, a peixeirada, a manif de tontinhos e a equivoca comedização da esquerda.

9 são suspeitos. não têm génese conhecida, nem discurso coerente. tudo o q dizem destina-se a tentar fazer rir, não parece serio. Inconsciente, pifio, infantiloide, nescio, post moderno da treta.

10 são musicalmente e poeticamente uma merda


se têm o PCP por trás...chiça! ... q saudades das canções de Ary, Tordo etc

se têm apenas os desejos editoriais de vendas por trás, estamos todos a acreditar num embuste ...

se têm ideias próprias gostava mº de as ouvir num discurso explicativo dos objectivos q pretendem, o q pensam dos grandes problemas da sociedade Portuguesa. etc

se nos vão representar com "aquilo" como canção de Portugal é + uma enorme humilhação cultural, a somar à financeira e politica q Sócrates e amigos nos condenaram

não gosto sobretudo pq parece ser uma coisa q, espremida e investigada de certeza nao é o q pretende ser...

mas enfim se for mentira isto tudo ... nem sei quem foi q disse.

por Pedro Barroso a Domingo, 6 de Março de 2011 às 17:25. ( FaceBook )

domingo, 6 de março de 2011

festival à rasca - taça 2011

Sagrado qb



# posted by Luis Grave Rodrigues
http://rprecision.blogspot.com/

Assim não !!!


Parlamento Europeu: uma inacreditável infâmia...

Os políticos continuam a dar tiros nos pés…

Hoje o Parlamento Europeu – com os votos dos conservadores e dos socialistas – aprovou um aumento de 1500 euros destinados aos “assistentes parlamentares”. Deste modo, o orçamento mensal por deputado (europeu) fica a rondar os 20.000 euros. Ou, se fizermos as contas, verificamos que esta votação traduz-se num acréscimo da despesa orçamental do PE da ordem dos 26,4 milhões de euros… link

Trata-se de um Parlamento que, repetidas vezes, tem decidido recomendar aos Estados membros reduções nas despesas, restrições orçamentais, austeridade, …

É obvio que o Parlamento Europeu, perante os cidadãos (europeus), ao prosseguir neste inacreditável corte com a realidade em tempos de crise, caminha alegremente para o suicídio. Não é possível construir a UE desprestigiando as suas Instituições, nomeadamente, aquelas que possuem uma legitimidade democrática representativa.

Quando ocorrerem as próximas eleições europeias certamente que, por essa Europa fora, ganhará a abstenção. Nessa altura, não vale invocar os deveres de cidadania. Ninguém estará disposto a “dar para este peditório”.

Vergonhoso. Ou, melhor, infame!

posted by e-pá!
http://ponteeuropa.blogspot.com/

sexta-feira, 4 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

Barões ou tubarões ?


Não são os barões

A regionalização e os seus inimigos
A Regionalização, que os deputados constituintes aprovaram e numerosos pretextos serviram para adiar, torna-se cada vez mais urgente e indispensável. Bastam as alterações demográficas para aumentar o anacronismo da divisão administrava que herdámos da ditadura, agravada por concelhos e freguesias criados ao sabor dos interesses eleitorais.

Parece existir uma estranha conspiração urdida para evitar a racionalização administrativa que há muito devia ter tido lugar com as cinco regiões-plano que servem de matriz coerente. Desde os desmandos e provocações dos governos das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores onde os abusos autóctones criaram receios no país, até às lutas internas no PS e no PSD, passando pelo desamor do actual inquilino de Belém e o recente desinteresse do PM, tudo se conjuga para adiar para as calendas gregas a Regionalização, enquanto permanecem 18 distritos com parca utilidade.

O peso do aparelho do Estado português e a dimensão faraónica dos órgãos autonómicos não podem servir de exemplo às novas regiões mas não faltam modelos e técnicos que adeqúem as necessidades administrativas e as possibilidades financeiras.

Exagero existe em concelhos com menos de 5 mil habitantes na presença de um presidente da Câmara, dois vereadores em dedicação exclusiva, assessores e, se necessário, em empresas municipais para satisfazerem clientelas. Excesso subsiste nos 308 concelhos e mais de 4200 freguesias em que o país se divide para satisfazer bairrismos exacerbados ou criar empregos desnecessários. Disparate verifica-se nas Assembleias Municipais que ultrapassam a centena de membros e incluem os Presidentes da Junta cujas funções executivas os deviam privar da presença em tal órgão. Vereadores e assessores existem em número exagerado.

Há políticos municipais e municípios a mais. Há Juntas de Freguesia sem qualquer justificação, há os distritos cuja existência se destina a propaganda política, à colocação de funcionários e à emissão de passaportes. Há empresas municipais desnecessárias. E faltam as 5 Regiões Administrativas.

Até a comunicação social arranja títulos enganosos (ver a imagem do post) que leva as pessoas a pensarem que são os barões partidários que pretendem a regionalização, eventualmente contra os interesses nacionais, quando é justamente o contrário.

Ponte Europa / Sorumbático
posted by Carlos Esperança