Telegrama da Lusa sobre a carta que a direcção da AAP enviou ao primeiro-ministro:
Lisboa, 27 jan (Lusa)
- A Associação Ateísta Portuguesa repudiou hoje a intenção do Governo de acabar com o feriado do 5 de Outubro, acusando o executivo de ceder a "chantagem" da Igreja Católica ao manter o feriado da Assunção.
Numa carta aberta dirigida ao primeiro-ministro, a associação afirma que ao acabar com o feriado que celebra a Implantação da República, o Estado "constitucionalmente laico" português está a ceder à "chantagem eclesiástica" da Igreja Católica.
Acaba-se com a "memória histórica da matriz do nosso regime" mas mantém-se a celebração da "improvável Assunção de Nossa Senhora ao Céu, evento de que se desconhece a data, o itinerário e o meio de transporte", assinalou o presidente da associação, Carlos Esperança.
Os ateístas repudiam a "ingerência clerical na política do Estado português bem como a cedência deste à arrogância da Conferência Episcopal Portuguesa" e apelam ao Governo para que "reconsidere o ato de genuflexão".
As "centenas" de sócios da associação e muitos portugueses "céticos, agnósticos, livres-pensadores, crentes de várias religiões e até católicos" sentem repugnância por ver Portugal transformado num protetorado do Vaticano", argumenta a associação.
"Que a paz religiosa não seja perturbada pela humilhação do Estado de Direito", apela a associação.
APN
Lusa/fim
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