segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O seguro morreu de velho


De tacho na cabeça

Tenho pena de não ter a imagem daquele egípcio que usava um tacho na cabeça para se proteger das pedradas. É do mais representativo que até agora vi sobre o que se está a passar no Cairo. Vale por mil banalidades recitadas pelos nossos repórteres e por duas mil imagens de carrinhas verdes a atropelar quem se lhes atravessa no caminho.

É a dignidade de quem não se deixa ficar quando defende aquilo em que acredita, embora eu continue a pensar que eles não estão a defender o que no ocidente se costuma chamar liberdade e democracia. Aliás o ocidente é perito em achar coisas que são loisas.

De repente lembro-me que a última vez que o ocidente entendeu que era preciso implementar uma democracia reuniu três patarecos pândegos nas Lajes recebidos por um barman que depois transformaram em lulu da senhora Merkel e decidiram invadir um país onde mandava um filho-da-puta para o transformar num outro país onde mandam hoje dezenas de filhos-da-puta. Isso custou milhares de mortos, destruição, terrorismo e um rabo entre as pernas e orelha baixa na retirada.

Mas voltando ao tacho na cabeça. Aquele egípcio será sempre, pelo menos para mim, o símbolo da raça humana, o exemplo vivo de que é sempre possível resistir, de que é sempre possível caçar com gato, caso não se tenha cão, o que até é coerente com a cultura felina das pirâmides.

LNT
http://barbearialnt.blogspot.com/

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