quinta-feira, 24 de março de 2011

Enfim... casaram-se !


Com uma unanimidade de voto até agora desconhecida, nunca os arautos do "progresso" estiveram tão pròximos.
Eu não quero ser o padrinho deste mòrbido casamento!



Os quatro partidos da oposição(sem melancias), para além de nunca terem aceite discutir sobre a possibilidade de alternativas politicas com um governo minoritàrio, decidiram chumbar o unico projeto que era forçoso apresentar em bruxelas.

O famigerado PEC4, pode muito bem ser um mau projeto mas, tinha o mérito e a coragem de escolher um percurso econòmico que evitasse o pior.

Neste momento, a finança estrangeira, assim como o fmi agradecem. Alguém vai ter de pagar, e como de costume jà sabemos quem vai ser.

Qual foi o partido da oposição que defendeu alternativas para evitar a intervenção externa ? Alguém, com um palmo de testa e minimamente honesto, poderà explicar ?

Socrates cometeu erros, a trabalhar. A oposição comete o erro de não trabalhar.
Que venham as eleições, o voto serà soberano !

Veremos se esta aliança entre o fmi e a oposição vai ser melhor para Portugal e os portugueses.

Provavelmente teremos os verdes a dizerem que "é terra queimada mas da boa", e os encarnados a dizerem que é biològica.

Gostava que Sòcrates não se candidatasse a secretàrio do PS nem a 1° ministro, mas... as coisas da politica nem sempre são como eu gostaria que fossem.

Boa sorte para os que estão na mò de baixo, o mexilhão, e champagne para a oposição/ fmi.

2 comentários:

  1. Crisis 'R' Us
    por Rui Rocha | 24.03.11
    Estamos então como antes. Pobres e endividados. A diferença é que agora não temos governo e antes estávamos desgovernados. A crise política, diz-se por aí, pode precipitar o pedido de ajuda externa e a intervenção do FMI. Imagino que o FMI seja como o Pai Natal, mas ao contrário. O Pai Natal traz prendinhas aos meninos que se portaram bem durante o ano. O FMI traz medidas duras aos países que fizeram asneiras durante anos. É importante ter isto presente no momento de repartir responsabilidades pela situação actual. O que tínhamos era um copo cheio. E não existem grandes dúvidas sobre quem o encheu. Seis anos consecutivos de governação não podem passar em claro. A crise política que se vive terá então, quando muito, o significado de o fazer transbordar. A culpa é de Sócrates ou de Passos Coelho? Não faltam por aí as teorias mais variadas. Não devemos, todavia, perder a noção da realidade. A importância destas teorias deve reconduzir-se à dimensão que lhes cabe: a de reflexões sobre uma gota de água. E existem ainda outros pontos que importa sublinhar. O primeiro é o da certeza, fundada numa sucessão prolongada de factos desastrosos, de que aqueles que encheram o copo continuariam, independentemente da crise política, a meter água até o fazerem transbordar. O segundo é da convicção, também baseada em atitudes ostensivas e reiteradas, de que o copo já teria transbordado há muito se as contas públicas reflectissem com rigor o estado actual do país, tal como não aconteceu em 2010. Cada um de nós é livre de acreditar no que lhe for conveniente. Mas, nem Sócrates e Teixeira dos Santos, com toda a sua incompetência, seriam capazes de abrir um buraco de 80 mil milhões de euros de profundidade se só tivessem começado a cavar depois das 21h00 de ontem.

    (in http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/)

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  2. O PEC 4 ou o "quixotismo" luso na UE …

    Teixeira dos Santos, Ministro das Finanças, anunciou, durante a manhã, perante um clima de grande instabilidade política e social, mais um PEC. Bem, não foi propriamente um PEC, mas um PE. Ninguém vislumbra o mínimo estímulo ao crescimento económico, portanto, o “C” está a mais. A única coisa a crescer são as duras medidas de austeridade, o galopante desemprego, o aprofundamento das desigualdades sociais…

    Na realidade, trata-se de mais um pacote com novas medidas cuja finalidade é impressionar a Comissão Europeia, o Conselho Europeu e o BCE. E, paralelamente, “sossegar” os mercados.

    Estas medidas [de hoje] conseguiram arrancar felicitações de Durão Barroso, de Angela Merkel e de Jean-Claude Trichet. Mas estas loas já não impressionam os “mercados”. Logo após este anúncio os juros das obrigações portugueses, a 5 anos, subiram para a taxa recorde de 8%!

    Só que o Conselho Europeu está interessado em aprovar um novo Pacto, desta vez, para a Competitividade. O que traduzindo por miúdos representam mais medidas restritivas, como p. exº., moderação salarial, indexação da idade da reforma à esperança média de vida e desenvolvimento de uma base fiscal para as empresas, etc.

    Aliás, Merkel, a par dos elogios das recentes medidas portuguesas de austeridade a que chamou pomposamente de “grandes reformas” (!), de corajosas, não perdeu a ocasião para ser bem explícita em relação à flexibilização do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e quanto ao serviço da dívida. Afirmou: “… cada País é responsável pelas suas próprias dívidas”. Este facto significa que a chanceler vetou os “eurobonds”… provavelmente a nossa mais eficaz porta de saída [da crise].

    É cada vez mais prevalente a sensação de que o Governo português enveredou por caminhos quixotescos. Que esgrime as suas forças contra moinhos de vento. Com uma substancial diferença: D. Quixote de La Mancha ia montado no seu dócil Rocinante e o Governo chega a Bruxelas cavalgando o infortúnio do povo português...

    (in http://ponteeuropa.blogspot.com/)

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