sexta-feira, 10 de setembro de 2010

NANDA


Olà Nanda,

Querida irmã. Parabéns pelos teus belos e preciosos 50 anos. Com esta idade jà estamos mais perto do saber que da total ignorância.
Uma vez mais, aqui fica expresso o meu discuido (negligência) com a escrita e contactos para famìlia e amigos.
Penso que morrerei com este enorme defeito, o defeito de pensar naqueles de quem gosto sem ter o cuidado de manter contactos escritos ou telefònicos com alguma regularidade. Se castigo existe... eu cà estou para o que der e vier.

Hà 50 anos, nas margens do Trancão, terreno de brincadeiras de rua, ouvi uma vizinha gritar: "Zééééé... Tens mais uma irmã, a tua mãe teve uma menina".

Como jà me tinham dito que a mãe estava à espera de bébé, depressa compreendi que tinhas nascido. Nessa altura vivia sòzinho e, lembro-me que fiquei triste quando recebi a notìcia. A Tà e tu, estavam com a mãe, e eu continuaria sòzinho. Depressa me passou o mau humor. Horas depois jà andava a dizer aos outros miùdos que eu tinha uma bébé e eles não.
Era como se de um momento para o outro tivesse ficado menos sò.

9 de setembro de 2010, passaram cinquenta anos. O tempo sabe polir e dar lustre aos cinzentos da vida. As coisas nem sempre correm como a gente quer mas, nem por isso o tempo pàra e, "o caminho faz-se caminhando".

Tens cinquenta anos, filhos, percurso familiar de Mãe e Mulher. Este aniversàrio não é mais do que um marco de uma nova etapa, de um novo "élan" para percorreres o caminho de uma felicidade merecida.

Independentemente da minha negligência quero que saibas que me lembro muito de ti, do Go. e do Gu.
Sem lamurias ou desculpas de distancia e afazeres, recebe minha querida irmã um beijo muito grande. Beijos para eles dois.

PARABÈNS NANDA.

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