Belmiro de Azevedo
"Quando o povo tem fome, tem direito a roubar"
"Prometer e não cumprir é pecado", diz Belmiro de Azevedo. O patrão da Sonae, que discorda do aumento de impostos previsto no plano de austeridade aprovado pelo Governo, alerta que o Executivo "está a brincar com o fogo" porque "o povo quando tem fome tem o direito de roubar". "Não há outra saída", acrescentou.
Declarações bombásticas do empresário nortenho, que a TVI registou, numa palestra do Instituto Superior de Gestão e na qual Belmiro de Azevedo criticou os grandes investimentos. O líder da Sonae considerou que não só o Estado "não tem dinheiro para grandes obras públicas", caso do TGV ou do aeroporto de Lisboa, como o País não precisa deles. O empresário defendeu que o Governo deveria "promover os pequenos investimentos para gerar emprego".
Sobre o aumento de impostos, garante que "o povo aceitaria se soubesse que esse dinheiro era bem gasto".
O empresário assumiu "discordar totalmente" da medida, até porque, disse, "mais de metade do meu salário são já impostos". E sublinhou: "Não é o que sai do bolso das empresas ou dos consumidores que vai alimentar a criação de emprego."
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