Aproximar os eleitos dos eleitores
“Os emigrantes elegem apenas quatro dos 230 deputados. Mais de trinta por cento da população, representada por menos de dois por cento do Parlamento. Em muitos países bem mais ricos e desenvolvidos, os emigrantes votam, elegem e derrubam governos. Por cá, o sistema apenas consente que eles integrem… a claque do futebol.” Paulo Morais
Há 167 mil eleitores residentes inscritos nos círculos da emigração. Como bem diz Ricardo Alves, a eleição de quatro deputados pela emigração corresponde a um deputado por 41 mil inscritos, o mesmo que em Portugal.
Mas destes, votam apenas 25 mil (o mesmo que em Portugal elege apenas um deputado, e não quatro). Paulo Morais queria que elegessem um terço dos deputados. Ou seja, 77. Teríamos então um deputado por 2.170 inscritos e, mais interessante ainda, um deputado por 324 votantes.
Assim, pelo menos entre os emigrantes, ninguém se queixaria de falta de proximidade entre eleitos e eleitores. Podiam até ser todos amigos.
O mal de viver com a mania das grandezas quanto à ligação de cinco milhões de portugueses (um exagero evidente) à realidade nacional e de confundir ligação às origens com cidadania dá em disparates destes.
Por Daniel Oliveira
http://arrastao.org/
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