sábado, 4 de dezembro de 2010

€ Fartar Vilanagem

Empresta-me aí o teu dinheiro a 1% para eu tu emprestar a 7%

Segundo o Público de ontem (artigo de Cristina Ferreira e Paulo M Madeira) os três maiores bancos privados portugueses, o BCP, o BES e o BPI, entre 30 de Março e 30 de setembro deste ano, aumentaram os seus empréstimos ao Estado português em mais de 2.000 milhões para um total de cerca de 9.100 milhões de euros.

Como conseguem estes bancos, e em especial os grandes bancos e fundos estranjeiros, "ajudar" Portugal a ultrapassar a crise? Vão pedir ao BCE, o banco da União Europeia, que lho empresta a 1% para eles emprestarem ao Estado português a mais de 6%.

Portanto o Banco Central Europeu, criado com o dinheiro dos Estados europeus e que deveria existir para servir as economias dos Estados da União e os respectivos povos, serve afinal, como se sabe, em primeiro lugar os interesses dos maiores bancos que são por acaso dos banqueiros dos países mais poderosos.

Causa admiração? Não, porque os bancos e os sistemas financeiros, o bancário e o paralelo, funcionando como a direita "liberal" defende, sem Estado e sua regulação a atrapalhá-los, funcionando de acordo com as regras do santificado mercado, estão aí é para ganhar dinheiro, não é para salvar economias, ou minorar o sofrimento dos milhões de pessoas atingidas.

E quem causticam mais? Onde é possível ganhar mais dinheiro, obter juros mais altos, nas economias que estão em risco de se afundar. Mas isso vai lançar no desemprego, na miséria e no desespero uma grande parte da sua população? Pois, é pena, não é por maldade, até preferiam que isso não acontecesse, mas... paciência eles não estão cá para cuidar das pessoas (das outras pessoas) ou dessa coisa subversiva chamada justiça social. Percebe-se.

Mas então e os governos? Os governos que nós elegemos? Bem, os governos... os governos... pelo menos aqueles dos países mais poderosos... coitados o que lhes parece mais compensador é favorecer os banqueiros e a oligarquia que eles representam, pois assim terão para si e as suas famílias a sua gratidão.

Fatalidade? Sim, enquanto as vítimas não se levantarem e não mudarem as regras do jogo.

posted by Raimundo Narciso
http://puxapalavra.blogspot.com/

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