quinta-feira, 23 de junho de 2011

ASSUNÇÃO ESTEVES


A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, dedicou hoje a sua eleição, a primeira de uma mulher no cargo, a "todas as mulheres", sobretudo às "oprimidas", prometendo dedicar cada dia à "redenção histórica da sua circunstância".

"Dedico este meu momento de alegria a todas as mulheres, às mulheres políticas que trazem para o espaço público o valor da entrega e a matriz do amor, mas sobretudo às mulheres anónimas e oprimidas", afirmou Assunção Esteves.
A primeira mulher eleita presidente do Parlamento comprometeu-se a fazer "de cada dia um esforço para a redenção histórica" da "circunstância" dessas mulheres.

Perante uma coligação de Direita que interpreta o voto popular - que lhe permitiu conquistar o poder - com uma postura de governação do tipo messiânico, convicta de ser portadora de instintos redentores da Pátria e evocando sublimes e providenciais desígnios de “mudança”, a eleição de Assunção Esteves para a presidência da AR, é uma lufada de ar fresco que “descongestiona” o ambiente político e institucional do País.

Na realidade, desde a queda do XVIII Governo Constitucional que o País vive num sufoco: a crise política, o pedido de intervenção externa, o programa de ajuda, eleições, o espectro do incumprimento, o assédio dos "mercados", etc. …

Esta eleição evidencia ainda quão despropositada, deslocada e irrealista foi a aposta do PSD em Fernando Nobre...

O alargado consenso conseguido em redor da eleição de Assunção Esteves - patente nos discursos dos representantes dos grupos parlamentares - é um caloroso estimulo para o exercício de funções da nova titular do 2º. cargo na hierarquia do Estado.

Finalmente, alguém que neste clima de grandes e pequenas alternâncias, rotativismos, calculismos e rotinas vai ocupar, por mérito próprio e por decisão democrática inequívoca (80% dos deputados), um cargo em que alia a competência técnico-profissional, com provas dadas nas lides parlamentares (nacionais e europeias) e um profundo conhecimento dos trâmites constitucionais. Alguém – como diz o povo – “talhado” para o lugar!

posted by e-pá!
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