sábado, 30 de abril de 2011

Ràcios



by http://puxapalavra.blogspot.com/

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O voto minhocas

As minhocas não votam porque não podem. Não seja minhocas, và votar. Seja livre de escolher ! (ZéZen)


Tomar posição

Daqui a cerca de um mês vamos todos ser chamados a exercer, novamente, o nosso direito de voto mas, agora, para as Legislativas. E vamos ser chamados porque, não sendo o voto obrigatório no nosso país, apenas compete ao Estado mobilizar os cidadãos para o cumprimento desse dever cívico e político.

A desmobilização dos eleitores portugueses face ao cumprimento do seu dever de voto tem sido evidente nos últimos actos eleitorais com uma subida assustadora da abstenção; daí que a primeira tomada de posição seja a de proclamar a necessidade de haver uma manifestação maciça contra a abstenção acorrendo todos às urnas e expressando a sua escolha política. Ninguém deve ficar de fora.

O momento que o país atravessa com as diferentes perspectivas de futuro que nos são apresentadas pelas diferentes forças políticas é por demais importante para que alguém ignore o acto eleitoral, para que alguém ouse esquecer as suas obrigações para com o colectivo a que pertence.

O tomar uma posição política é o segundo aspecto de que se reveste o acto eleitoral.
Com a apresentação do programa do Partido Socialista ficam desde já balizadas as opções políticas. O que desejam os cidadãos para o futuro do país fica agora de escolha mais clara pois sabem-se já as posições globais de todas as forças políticas, embora algumas ainda não tenham posto, preto no branco, aquilo que desejam transmitir e as especificidades das suas propostas; mas o sumo do seu fruto já é por demais conhecido. E é aí que o cidadão eleitor tem de fazer as suas escolhas; é aí que o cidadão eleitor tem de tomar a consciência daquilo que deseja e responder, no futuro, pela sua tomada de posição.

Ninguém terá desculpa na opção que tomou; seremos todos co-responsáveis pelos resultados os acto eleitoral e pela relação de forças que dele sair para a constituição do novo governo.
Sabemos que é desejável a constituição de um governo de maioria alargada mas tal só será possível se todos os partidos estiverem dispostos a negociar esse mesmo alargamento, daí que, sabendo de antemão que existe já quem se exclua desse facto, não deixando grandes esperanças de contributo, mais importante ainda se torna a decisão do voto popular.

Há que tomar posição !

Temos, obrigatóriamente, de dizer o que queremos e arcar com as responsabilidades.

Acabou-se o tempo de deixar aos outros a expressão das nossas opções.

Temos de nos apresentar ao Mundo como senhores da nossa vontade e verdadeiramente decididos a tomar a responsabilidade pelo nosso futuro.

Gritar contra algo para que não quizemos contribuir não é mais aceitável. Temos de nos assumir como cidadãos de corpo inteiro e conscientes das nossas opções.

Publicada por Miguel Gomes Coelho (T.Mike)
http://srbolinha.blogspot.com/

Em Beleza

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Stand By Me

Direito ao contraditòrio

Contas com Jorge, Jorge na rua...

Portugal tem hoje 349 Institutos Públicos, dos quais 111 não pertencem ao sector da Educação. Se descontarmos também os sectores da Saúde e da Segurança Social, restam ainda 45 Institutos com as mais diversas funções.

Há ainda a contabilizar perto de 600 organismos públicos, incluindo Direcções Gerais e Regionais, Observatórios, Fundos diversos, Governos Civis, etc.) cujas despesas podiam e deviam ser reduzidas, ou em alternativa - que parece ser mais sensato - os mesmos serem pura e simplesmente extintos.
Para se ter uma noção do despesismo do Estado, atentemos apenas nos supra-citados Institutos, com funções diversas, muitos dos quais nem se percebe bem para o que servem.

Veja-se então as transferências feitas em 2010 pelo governo socialista de Sócrates para estes organismos:

DESPESA (em milhões de €)

Cinemateca Portuguesa
3,9

Instituto Português de Acreditação
4,0

Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos
6,4

Administração da Região Hidrográfica do Alentejo
7,2

Instituto de Infra Estruturas Rodoviárias
7,4

Instituto Português de Qualidade
7,7

Administração da Região Hidrográfica do Norte
8,6

Administração da Região Hidrográfica do Centro
9,4

Instituto Hidrográfico
10,1

Instituto do Vinho do Douro
10,3

Instituto da Vinha e do Vinho
11,5

Instituto Nacional da Administração
11,5

Alto Comissariado para o Diálogo Intercultural
12,3

Instituto da Construção e do Imobiliário
12,4

Instituto da Propriedade Industrial
14,0

Instituto de Cinema e Audiovisual
16,0

Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional
18,4

Administração da Região Hidrográfica do Algarve
18,9

Fundo para as Relações Internacionais
21,0

Instituto de Gestão do Património Arquitectónico
21,9

Instituto dos Museus
22,7

Administração da Região Hidrográfica do Tejo
23,4

Instituto de Medicina Legal
27,5

Instituto de Conservação da Natureza
28,2

Laboratório Nacional de Energia e Geologia
28,4

Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu
28,6

Instituto de Gestão da Tesouraria e Crédito Público
32,2

Laboratório Militar de Produtos Farmacêuticos
32,2

Instituto de Informática
33,1

Instituto Nacional de Aviação Civil
44,4

Instituto Camões
45,7

Agência para a Modernização Administrativa
49,4

Instituto Nacional de Recursos Biológicos
50,7

Instituto Portuário e de Transportes Marítimos
65,5

Instituto de Desporto de Portugal
79,6

Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres
89,7

Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana
328,5

Instituto do Turismo de Portugal
340,6

Inst. Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação
589,6

Instituto de Gestão Financeira
804,9

Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas
920,6

Instituto de Emprego e Formação Profissional
1.119,9

TOTAL......................... 5.018,4


- Se se reduzissem em 20% as despesas com este - e apenas estes - organismos, as poupanças rondariam os 1000 milhões de €, e, evitava-se a subida do IVA.

- Se fossem feitas fusões, extinções ou reduções mais drásticas a poupança seria da ordem dos 4000 milhões de €, e não seriam necessários cortes nos salários.

- Se para além disso mais em outros tantos Institutos se procedesse de igual forma, o PEC 3 não teria sequer razão de existir.


(Estudo do Economista Álvaro Santos Pereira, Professor da Simon Fraser University, no Canadá.)

Por @ de mão amiga.

FMI... o que eles dizem

O que disseram três banqueiros portugueses:

Fernando Ulrich (BPI) (Banco Português de Investimento)

29 Outubro 2010 - "Entrada do FMI em Portugal representa perda de
credibilidade"

26 Janeiro 2011 - "Portugal não precisa do FMI"

31 Março 2011 - "... por que é que Portugal não recorreu há mais tempo ao
FMI?"


Santos Ferreira (BCP) (Banco Comercial Português)

12 Janeiro 2011 - "Portugal deve evitar o FMI"

2 Fevereiro 2011 - "Portugal deve fazer tudo para evitar recorrer ao FMI"

4 Abril 2011 - "Ajuda externa é urgente e deve pedir-se já"



Ricardo Salgado (BES) (Banco Espírito Santo)

25 Janeiro 2011 - "... não recomendo o FMI para Portugal"

29 Março 2011 - "Portugal pode evitar o FMI"

5 Abril 2011 - "... é urgente pedir apoio .. já!"


Estamos entendidos?!

Por @ de mão amiga.

terça-feira, 26 de abril de 2011

O que faz falta...

Ontem... 25 de ABRIL.


Ontem 25 de Abril, não deu muito para pensar não, foi mais um dia para agir, e agir em três tempos.

Primeiro, foi preciso sintonizar de vez em quando, novos postos de ràdio para fugir às missas e lenga-lengas de pàsqua.

Segundo, aproveitar para por a leitura em dia e relembrar Abril com olhos de gente.

Terceiro, jantar com amigos e camaradas, revivendo assim as Alegrias de Abril, tendo como pano de fundo(graças à Zé)a leitura do ultimo comunicado da "A25 Abril" sobre Portugal de hoje e o Abril de amanhã.

Abril, sempre !
VIVA O 25 DE ABRIL !

domingo, 24 de abril de 2011

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Muita parra, pouca uva.

Cabeça de lista por Leiria

Na tipologia dos cabeças-de-lista, há muito que ganhou direito de malícia o número um pelo círculo de Leiria, pelo menos no que diz respeito às listas do PS.Não sei quantos já passaram pelo lugar.Agora é Basílio Horta que se estreia nas lides.

Mas não é caso para escândalo.Começou por ajudar o Drº Mário Soares a meter o socialismo na gaveta no governo PS-CDS-o que terá feito com maior convicção do que muitos.Democrata -cristão para a eternidade, sempre dará alguma consistência ao aguerrido grupo de deputadas independentes que estão dispostas a trocar uns feriados laicos por alguns outros concordatários.

Publicada por josé medeiros ferreira
http://cortex-frontal.blogspot.com/

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Foi bonita a festa pà...

Dores de ...

Hoje acordei assim,

Chà de hortelã - 1
Pastilhas azuis - 3

Tou que nem posso...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Pobre mexilhão

Gritante

Vai de frosques

Bloco e PCP ausentes e algumas perguntas que merecem resposta

Os representantes do BCE, da Comissão Europeia e do FMI convidaram todos os partidos para reuniões. Tratava-se de uma oportunidade para fazer chegar a quem vai intervir neste País durante os próximos anos a voz, as propostas, o aplauso ou a indignação dos portugueses. De todos os portugueses. De aceitar ou recusar esta forma de intervir nas economias. De aceitar o veneno que nos vai ser oferecido ou de apresentar alternativas. De mostrar a quem votou nos vários partidos que não se desistiu completamente da soberania e que os eleitos ainda os representam. De dizer aos cangalheiros do País quais serão as consequências sociais e políticas - as económicas eles conhecem de ginjeira - do pacote que se preparam para apresentar.

Um quinto dos eleitores não se fez ouvir. Bloco de Esquerda e PCP decidiram não comparecer.

Porque não se encontram com o inimigo? Desde quando só se fala com aliados? Dizem que cabe ao governo negociar. Verdade. Mas não cabe à oposição de esquerda aproveitar esta oportunidade para dizer de sua justiça? Prefere ficar calada? Vai deixar que os partidos do bloco central repitam que são os únicos a querer lidar com a realidade? As pessoas estão assustadas e desesperadas. Todos os sinais de esperança, que só a apresentação de alternativas pode dar, são poucos. E qualquer sinal de irresponsabilidade será mal recebido.

Ir a este encontro com o BCE, Comissão Europeia e FMI não mudaria nada? Não os convenceriam de nada? E os nossos protestos convencem? E não temos a obrigação de protestar na mesma? Não perceberão que ao aceitarem que são impotentes dizem aos portugueses que são inúteis? É essa a ideia que querem passar?

Os portugueses que votaram nestes partidos não gostariam que eles se batessem, em todos os momentos e lugares, junto de todas as instituições, incluindo os organismos que vão comandar esta intervenção, pelas suas soluções? Que se batessem por juros mais baixos; que dissessem que é inaceitável que em troca do empréstimo o FMI se substitua aos poderes eleitos; que defendessem junto dos representantes europeus na "troyka" um socorro de curto prazo seguido de uma renegociação das condições de pagamento da divida; que mostrassem que uma intervenção cega terá efeitos políticos e sociais que se podem voltar contra a estabilidade do euro.

Sabemos que BE e PCP são contra este empréstimo nos moldes e nas condições que foram impostos à Irlanda e à Grécia. Eu também sou e não me canso de o dizer. E lutam calados? Para não se sujarem ao se sentarem na mesma mesa que os representantes do FMI e da União? Nos princípios não se cede. Mas ir a uma reunião não fere qualquer princípio. E nunca se fecha a porta à possibilidade de dizer o que se pensa e a tentar minorar os efeitos de uma derrota. Também é isto a política.

O PCP fala para o seu eleitorado fiel. Mas não é assim com os eleitores do Bloco. A ideia é empurra-los para os braços do PS? É facilitar a vida a Sócrates?

Daniel Oliveira
http://arrastao.org/

Discursos

"Estas manifestações são especiais, porque os direitos dos polícias estão a retroceder como nunca, após o 25 de Abril", disse Paulo Rodrigues, líder do maior sindicato da polícia, a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia. "Mas também porque queremos demonstrar que estamos solidários com os problemas de todos os trabalhadores"


DEIXEM-ME RIR !
Desde quando é que a policia é solidària com alguém que não seja a sua pròpria corporação!? Jà parecem professores(de marketing).

in dependentes

Como se pode errar tanto?

A abertura do PSD à sociedade civil e seus fantasiados independentes resultou num tiro na cabeça, Nobre, e em duas galinhas que ameaçam fugir desasadas com os votos no bico, Carlos Abreu Amorim e Francisco José Viegas. De Nobre, já tudo foi dito e tudo o mais haverá para dizer até às eleições e dias seguintes. Destas duas aves de arribação, está tudo por contar.

Embora partam de motivações diferentes, o Carlos de uma arrogância pacóvia e tribunícia e o Francisco de uma procura de vendetta embrulhada em snobismo dandy, acabam por se imitar na cegueira sectária. Esta estratégia retórica, em tempos normais, alimenta as legiões de agentes políticos medíocres que são lançados nas assembleias e comunicação social para ocupar espaço e boicotar a racionalidade nas discussões. Todavia, estes são tempos dupla ou triplamente anormais, pois à crise do País junta-se a crise do PSD e a crise de Passos Coelho.

Sectarismo, como se viu espectacularmente nas eleições de 2009, era precisamente aquilo que o PSD devia evitar a qualquer custo. Desde que Passos ocupou o palacete da Lapa que os sinais dados pelo eleitorado indicavam-lhe a óbvia direcção: fica caladinho, com juizinho e apresenta serviço. As sondagens premiaram invariavelmente as decisões sociais-democratas que viabilizaram e favoreceram a governabilidade, penalizando tudo o resto, desde as ideias manhosas e foleiras às loucuras de chumbar o PEC e derrubar o Governo, passando pelas trapalhadas dos recuos esbaforidos após lançarem ideológicos balões de ensaio.

Abreu Amorim e José Viegas não conhecem, nem pretendem perder uma caloria a tentar conhecer, o eleitorado que decide eleições – o vasto e profundo centro. Esse eleitorado está farto de cassetes, sejam de esquerda ou direita. As suas escolhas são pragmáticas e comunitárias, o que explica o extraordinário feito da resistência de Sócrates e do PS no meio do caos internacional com tão graves consequências nacionais. E o PSD não tem ninguém capaz de estabelecer diálogo com estes cidadãos, os quais mereciam muito melhor do que mais dois egos politicamente bacocos, iracundos e soberbos.

Como se pode errar tanto?

http://aspirinab.com/

Especiarias finas

A propòsito da "saturação" de politicos e louvoures a "independentes", nunca serà demais lembrar que, os independentes estão para a politica como os agnòsticos estão para a religão. Ou seja: condimentos de sabores e perfumes duvidosos.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Coitadinhos dos crocodilos...


Manuela Ferreira Leite:
Para que não se esqueça que também ajudou ao défice!


O estudo agora divulgado pelo Tribunal de Contas diz tudo sobre a irresponsabilidade, a superficialidade e a sobranceria com que a então Ministra das Finanças, para varrer parte do défice para debaixo do tapete, fez uma operação ruinosa para o país.

Com a titularização das dívidas da Segurança Social contratada com o Citigroup pelo Governo Durão Barroso (o tal Presidente da Comissão Europeia que é agora um notário de Merkel cheio de rigor), o Estado português já pagou em encargos financeiros cerca de 300 milhões de euros!

Mais palavras para quê?

Foi o expediente que evitou que o défice de 2003 rondasse os cinco por cento do PIB. Só anos depois é que se começa a estimar quanto custou ao Estado
Para salvar Portugal de um procedimento comunitário por défices excessivos em 2003, o Governo de Durão Barroso titularizou dívidas fiscais, para receber do Citigroup, de uma só vez, a quantia de 1760 milhões de euros. Mas a ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite nunca especificou qual seria o “preço” a pagar pelo Estado. A auditoria do Tribunal de Contas (TC) à operação de titularização, ontem divulgada, refere que, só até Fevereiro de 2010, o custo em juros e despesas de operação foi de 300 milhões de euros.


Tribunal de Contas pede auditoria ao processo
O relatório refere-se à operação em que Estado cedeu 11,44 mil milhões de euros de dívidas fiscais e à Segurança Social, contra a entrega, a 19 de Dezembro de 2003, de 1,76 mil milhões de euros. Essas dívidas foram transformadas em obrigações por uma sociedade do Citigroup (Sagres) e vendidas a investidores.

A operação reduziu o défice de 2003, de quase cinco por cento do PIB para os 2,8 por cento, sem sobrecarregar a dívida pública. Um milagre nesse ano. Mas não nos seguintes.

O Tribunal de Contas refere que, até 28 de Fevereiro de 2010, o Estado pagou ao Citigroup 1712 milhões de euros para resgate da operação, mais 217,4 milhões de juros e ainda 83,8 milhões para “despesas da operação”. Ou seja, um total de 2013,2 milhões de euros, com um “juro” implícito de 17,5 por cento. O TC recomendou às Finanças uma auditoria sobre as “despesas da operação”.

Mas os números do TC não são os mais actuais. O Ministério das Finanças divulgou há dias ter antecipado em dois anos o fim da operação e que entregou ao Citigroup um total de 2030 milhões de euros, embora sem concretizar se incluía juros e despesas de operação. O ministério não respondeu às dúvidas do PÚBLICO.

Mas para estimar o encargo total do Estado com esta operação, até 2010, ter-se-á de somar 554,9 milhões de euros. Foi o valor das dívidas fiscais que se revelaram incobráveis e que, nos termos do contrato, foram substituídas por outras “de montante igual ou muito aproximado”.

Ou seja, além dos juros elevados, o Estado foi substituindo dívidas até 20 de Junho de 2007, corroendo as receitas dos exercícios seguintes à operação. Só que “no decurso das substituições, verificou-se que a DGCI deixou de ter capacidade para assegurar a totalidade das substituições dos créditos da Segurança Social em ‘quebra’ (…) pelo que as substituições passaram a ser feitas por créditos” da Segurança Social, minando assim o sistema de Previdência.

Segundo a auditoria, “a operação de titularização evidenciou a falta de fiabilidade e de cobrabilidade de grande parte dos créditos cedidos”. A cobrança ficou em 80 por cento do valor previsto pelos IDEFE/ISEG, avaliação exigida pelo Eurostat.

Em benefício do Estado, houve a comissão de cobrança das dívidas fiscais, pagas pelo Citigroup. Foram 22,2 milhões de euros.

Os números revelam que a operação custou bem mais do que outra forma habitual de financiamento do Estado. Um tema escamoteado pelo Governo Durão Barroso.

Na altura, a ministra Manuela Ferreira Leite pouco esclareceu os deputados. Primeiro respondeu: “Não sei se tenho de pagar juros ou não. Não paguei nada.” Mais tarde, afirmou: “Esta operação obviamente que tem um preço, preço esse que nós ainda não sabemos exactamente qual é.”

A operação revestiu-se de elementos polémicos. Primeiro, a escolha por ajuste directo do Citigroup. A Inspecção-Geral de Finanças aconselhara, meses antes do contrato, a “consulta a mais do que um prestador de serviços”. A ministra começou por dizer que as realizara, para depois admitir que só consultara a Finantia, e sem explicar por que optara pelo Citigroup. Lino de Carvalho, do PCP, questionou-a sobre o papel do ex-ministro da Integração Europeia, Vítor Martins, consultor desse banco.

Depois, a carteira de dívidas foi sobreavaliada, subavaliando o impacto nas receitas fiscais futuras. O Governo atrasou quanto pôde o envio ao Parlamento dos contratos assinados. Enviou-os em inglês e a ministra justificou-se: “ Tenho lá traduções. Não as mandei”. Após um deputado a ter acusado de “mistificar” os contratos, “eu nesse mesmo dia tomei a decisão que não fazia mais nenhuma tradução”. E enviou os originais em inglês, o que feria a lei. E mandou com os valores em branco: “Porque, quando este contrato foi elaborado era um contrato de condições gerais que ainda não tinham especificados os números”. Só agora, anos mais tarde, é que se começa a apurar a realidade.

14/04/2011 por Henrique Sousa
http://publico.newspaperdirect.com/epaper/viewer.aspx

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Salada de ...

Liberdade de expressão

Boa pàscoa


http://www.ateismo.net/

PQoP

Antigo Primaz da Bélgica pediu asilo político à Santa Sé.

Vangheluwe, de 74 anos, é acusado de ter abusado de uma menor, à qual, segundo alguns meios de comunicação social, terá pago para que não o denunciasse até que o delito se tornasse prescrito.

http://www.ateismo.net/

domingo, 17 de abril de 2011

Sabes tanto...

Nobres & Independentes

A malta està farta dos politicos pà, a malta quer é independentes pà... (nota-zézen)
FERNANDO MUITO POUCO NOBRE

Já praticamente tudo foi dito sobre as habilidades de Fernando Nobre, a sua incoerência, as suas ambições desmesuradas, a contradição entre a imagem que de si pretende dar e a personalidade que realmente revela, o seu equilibrismo,etc.. Não vale a pena bater mais no ceguinho.

Costuma dizer-se nos meios jornalísticos que um cão morder uma pessoa não é notícia; notícia é uma pessoa morder um cão. Nesta perspectiva, não há dúvida que o anúncio por Passos Coelho de que o PSD ia apresentar Fernando Nobre como cabeça de lista por Lisboa, com o bónus de, em caso de vitória, lhe ser destinado o cargo de Presidente da Assembleia da República, foi a grande notícia da semana.

É que já ninguém se admira de ver um ilusionista titar da cartola um coelho; o que não se vê muitas vezes é um Coelho tirar da cartola um ilusionista!

posted by e-pá!
http://ponteeuropa.blogspot.com/

VIRGEM SUTA

sábado, 16 de abril de 2011

Pascoa

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Coelhone & engil

Caro Dr. Jorge Coelho, como sabe, V. Exa. enviou-me uma carta, com conhecimento para a direcção deste jornal. Aqui fica a minha resposta.

Em 'O Governo e a Mota-Engil' (crónica do sítio do Expresso), eu apontei para um facto que estava no Orçamento do Estado (OE): a Ascendi, empresa da Mota-Engil, iria receber 587 milhões de euros. Olhando para este pornográfico número, e seguindo o economista Álvaro Santos Pereira, constatei o óbvio: no mínimo, esta transferência de 587 milhões seria escandalosa (este valor representa mais de metade da receita que resultará do aumento do IVA).

Eu escrevi este texto às nove da manhã. À tarde, quando o meu texto já circulava pela internet, a Ascendi apontou para um "lapso" do OE: afinal, a empresa só tem direito a 150 milhões, e não a 587 milhões. Durante a tarde, o sítio do Expresso fez uma notícia sobre esse lapso, à qual foi anexada o meu texto. À noite, a SIC falou sobre o assunto. Ora, perante isto, V. Exa. fez uma carta a pedir que eu me retractasse. Mas, meu caro amigo, o lapso não é meu. O lapso é de Teixeira dos Santos e de Sócrates.

A sua carta parece que parte do pressuposto de que os 587 milhões saíram da minha pérfida imaginação. Meu caro, quando eu escrevi o texto, o 'lapso' era um 'facto' consagrado no OE. V. Exa. quer explicações? Peça-as ao ministro das Finanças. Mas não deixo de registar o seguinte: V. Exa. quer que um Zé Ninguém peça desculpas por um erro cometido pelos dois homens mais poderosos do país. Isto até parece brincadeirinha.

Depois, V. Exa. não gostou de ler este meu desejo utópico: "quando é que Jorge Coelho e a Mota-Engil desaparecem do centro da nossa vida política?". A isto, V. Exa. respondeu com um excelso "servi a Causa Pública durante mais de 20 anos". Bravo. Mas eu também sirvo a causa pública. Além de registar os "lapsos" de 500 milhões, o meu serviço à causa pública passa por dizer aquilo que penso e sinto. E, neste momento, estou farto das PPP de betão, estou farto das estradas que ninguém usa, e estou farto das construtoras que fizeram esse mar de betão e alcatrão.

No fundo, eu estou farto do actual modelo económico assente numa espécie de new deal entre políticos e as construtoras. Porque este modelo fez muito mal a Portugal, meu caro Jorge Coelho. O modelo económico que enriqueceu a sua empresa é o modelo económico que empobreceu Portugal. Não, não comece a abanar a cabeça, porque eu não estou a falar em teorias da conspiração.

Não estou a dizer que Sócrates governou com o objectivo de enriquecer as construtoras. Nunca lhe faria esse favor, meu caro. Estou apenas a dizer que esse modelo foi uma escolha política desastrosa para o país. A culpa não é sua, mas sim dos partidos, sobretudo do PS. Mas, se não se importa, eu tenho o direito a estar farto de ver os construtores no centro da vida colectiva do meu país.

Foi este excesso de construção que arruinou Portugal, foi este excesso de investimento em bens não-transaccionáveis que destruiu o meu futuro próximo. No dia em que V. Exa. inventar a obra pública exportável, venho aqui retractar-me com uma simples frase: "eu estava errado, o dr. Jorge Coelho é um visionário e as construtoras civis devem ser o Alfa e o Ómega da nossa economia".

Até lá, se não se importa, tenho direito a estar farto deste new deal entre políticos e construtores.

Carta de Henrique Raposo a Jorge Coelho
@ por mão amiga.

Energia Positiva

Trabalho: Ministra pede aos portugueses e à oposição que "puxem pelas energias positivas do país"

A ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena André, pediu hoje aos portugueses e aos partidos da oposição para "puxarem pelas energias positivas do país” e para lutarem contra uma “depressão coletiva”.

“Aquilo que temos que fazer é puxar pelas energias positivas do país e não entrarmos todos numa depressão coletiva, antes pelo contrário, aquilo que nós temos é que puxar pelas energias positivas do país e eu conto que os partidos da oposição também puxem pelas energias positivas e valorizem aquilo que há de bom no país”, apelou Maria Helena André.

A ministra do Trabalho falava hoje de manhã à margem da inauguração de um lar de idosos em Almancil, concelho algarvio de Loulé, um projeto social no âmbito do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES). “Quando nós tivermos os mais de 600 equipamentos sociais, que estão previstos no programa PARES, a funcionar teremos feito não só um investimento de 200 milhões de euros, mas teremos também 14 mil novos postos de trabalho criados”, observou a ministra, acrescentando que o lar de idosos inaugurado hoje em Almancil vai criar 19 postos de trabalho e ajudar a economia local.

Helena André reiterou a necessidade de “unir esforços e puxar pelas energias positivas dos portugueses e da economia”, referindo que os equipamentos sociais são uma forma de criação de emprego, um dos desafios “mais fundamentais” da nossa sociedade neste momento. A Ministra do Trabalho deslocou-se hoje ao Algarve para inaugurar quatro equipamentos sociais no âmbito do programa PARES, nomeadamente o Lar de Idosos de Almancil (Loulé), a Creche Jardim do Sol Cruz da Parteira (Portimão), a creche Caracol e Lar de Idosos Padre Júlio Tropa em Estoi (Faro) e a creche A Joaninha em Santa Bárbara de Nexe (Faro)

CCM/Lusa
Publicada por Carta a Garcia
http://acartaagarcia.blogspot.com/

Farsolas II

RENOVADORES

Caros camaradas,
Intervenção realizada no CN


1 - O essencial do que vos tinha para dizer já o deixei expresso no texto que há dias vos enviei "Recusemos a fatalidade!". Vou apenas sublinhar e aprofundar algumas ideias que então exprimi.

Como procurei argumentar no referido texto, a indispensável ajuda da esquerda para derrubar o governo PS ( numa obscena "coligação negativa" com a direita e a extrema -direita, e cujos detalhes de bastidores da negociação das votações quando forem conhecidos nos farão corar de vergonha!), foi um monumental erro politico que vai pagar caro. E a primeira consequência é que já lhe diminuiu a autoridade politica para, na campanha eleitoral, usar como argumento os acordos e votações parlamentares do PS com o PSD e com o CDS-PP. Mas o mais grave, são as consequencias muito negativas para o país decorrentes da queda do governo PS e da marcação de eleições legislativas antecipadas, que já se fazem sentir e que vão agravar ainda mais as condições de vida dos portugueses.

Como explica a esquerda que tenha dado a sua indispensável ajuda para derrubar um governo PS, sabendo que, com alto grau de probabilidade, o governo saído das eleições legislativas antecipadas, será um governo PSD/CDS-PP ? E mesmo que o PS volte a ganhar, como explica a esquerda ter ajudado a provocar uma crise politica que agudizou a crise económica e financeira já existente, e cujas consequências vão recair, inevitavelmente, sobre aqueles que, supostamente, deveria defender?

Fizeram-no em nome dos "sacrossantos princípios" ? Ou da "pureza ideológica" ? Não. Por favor, deixem-se de demagogia. Fizeram-no simplesmente por egoístas interesses partidários. Ponto final!

Compreende-se que o PSD tenha provocado esta crise politica. Passos Coelho começava a ver o terreno a fugir-lhe debaixo dos pés. E a avolumarem-se sinais de impaciência no partido que, a continuarem, poriam em causa a sua liderança.

Mas é absolutamente incompreensível que a esquerda se tenha deixado ( conscientemente ) manipular pelo PSD, e lhe tenha oferecido a sua indispensável ajuda para concretizar a sua estratégia partidária!

2 - Não tenho qualquer simpatia pessoal por José Sócrates ( aliás, nunca votei nele, ao contrário de outros que agora o crucificam! ), mas tenho a honestidade intelectual suficiente para reconhecer que ele não tem só defeitos. E nunca deixei que esta minha apreciação me toldasse o raciocínio. Por isso centro as minhas críticas e comentários à sua actuação concreta e às medidas e resultados do seu governo.

Tão-pouco simpatizo com Francisco Louçã, e há alturas em que faço um enorme esforço para ouvir ou ler a sua retórica demagógica e pseudo-moralista. Mas também isso não me impede de lhe reconhecer qualidades.

Pode não parecer, mas já tenho 62 anos! E a vida já me ensinou muita coisa! Por exemplo, a ver com alguma reserva aqueles que estão sempre com o dedo apontado ao comportamento dos outros e sempre prontos a erigir-se em paladinos da honestidade e da moral.

Compreendo que a direita e a extrema-direita queiram substituir o actual líder do PS. Ele é, de facto, um obstáculo ao seu regresso ao poder. Mas já me é incompreensível que a esquerda afine pelo mesmo diapasão, uma vez que sempre fizera depender o seu apoio ao governo PS do abandono das "politicas de direita e neoliberais", e não dos seus executantes.

Ora, a eventual substituição de José Sócrates em nada iria alterar o rumo da governação e, ao contrário ( a ver pelas declarações dos seus putativos sucessores ) até se ía deslocar mais para a direita. Portanto, não tendo qualquer base racional, esta atitude da esquerda não passa de uma refinada hipocrisia politica, que tem como objectivo disfarçar a incomodidade duma situação que ela própria criou.

Todos nos lembramos do que dissemos de Mário Soares e, no entanto, todos acabamos a votar nele!

De facto, o problema do PS ser o que é, pouco ou nada tem a ver com o seu líder de momento, mas sim com a sua matriz ideológica, com o seu ADN, com os tempos do PREC, com a sua base social de apoio, etc. Tão-pouco a sua imaginária "ala esquerda" conseguirá inverter as suas politicas, como se tem visto ao longo dos anos ( a propósito, Manuel Alegre e Ferro Rodrigues foram eleitos na lista de José Sócrates para a comissão politica nacional no congresso de Matosinhos!), embora reconheça que não se deva subestimar a existência de um conjunto de pessoas dispersas com uma sensibilidade "mais de esquerda" no partido e nos seus orgãos de direcção.

Mas, curiosamente, o que em minha opinião pode alterar "as politicas de direita" do PS está nas mãos da esquerda!

4 - Como há algum tempo afirmei, a estratégia de fracturar o PS e de "convergencia" com a sua "ala esquerda" findou o seu prazo de validade. As eleições presidenciais e a moção de censura (?) do BE foram o toque de finados! E o BE percebendo isso mudou de estratégia e ensaiou uma aproximação ao PCP ( até parece que a iniciativa do Trindade foi há muito tempo! ), embora, inexplicavelmente o tenha feito poucos dias depois de ter recusado uma proposta da FUR que sugeria o mesmo! Enfim, o BE já nos habituou a este comportamento errático.

Com a mesma frontalidade com que há anos a fio critico o sectarismo hegemónico do PCP e o sectarismo elitista do BE,quero agora manifestar a minha satisfação e saudar esta iniciativa, já há muito reclamada por alguns renovadores, em especial pelo Carlos Brito.

Espero que finalmente o PCP reconheça que não é "o dono" da esquerda, e que o BE finalmente perceba que não há alternativa de esquerda sem o PCP. E se isto foi conseguido, já valeu a pena este primeiro encontro!

No entanto, a estratégia do PCP a que agora se colou o BE nada tem de novo e não resolve o problema com que nos defrontamos. Vejamos:

O PCP e Jerónimo de Sousa têm dito repetidas vezes que " o PCP será governo quando o povo quiser". O BE na sua nova estratégia diz " enquanto o PS tiver a expressão eleitoral que tem não alterará as suas politicas neoliberais". Isto é, estão ambos a dizer a mesma coisa com palavras diferentes, e a fazerem do seu crescimento eleitoral a pedra angular da sua acção politica.

E o que nos diz a prática?
Diz-nos que esta estratégia nada tem a ver com a tendência que se verifica.

Reparem que o PS ganhou as eleições legislativas de 2009 com 36,55% de votos e, apesar da violenta ofensiva que lhe moveram as oposições de direita e de esquerda, as últimas sondagens dão-lhe 33% de intenções de voto! E a esquerda que nas últimas eleições legislativas obteve cerca de 18% de votos, as mesmas sondagens reduzem agora para 14% as intenções de voto. Bem sei que sondagens são sondagens, mas elas dão-nos sinais que não devemos ignorar. E não me admirava nada que o PS recupere mais 3 ou 4 pontos percentuais, e que a esquerda acabe tendo menos deputados do que teve na A.R. agora dissolvida!

É óbvio que o aumento da expressão eleitoral da esquerda é uma preocupação que deve estar sempre presente em toda a acção politica, pois quanto maior for a expressão eleitoral maior é o poder de negociação e mais fácil se torna "impor" politicas de esquerda. Mas não nos iludamos, pois nem a esquerda subirá ( se subir! ) o suficiente para impor as suas politicas, nem o PS descerá ( se descer! ) o suficiente para mudar de politicas.

De resto, não menosprezando a atenção que se deve dar ao aumento da expressão eleitoral da esquerda, a questão principal não é essa, mas sim saber traçar objectivos concretos e adequados às circunstancias e persegui-los com inteligência e determinação.E na actual correlação de forças, uma pequena força politica pode determinar a orientação do conjunto.

Às vezes, como sabemos por experiência própria, o problema não é de falta de força, mas sim de falta de jeito !

5 - Os últimos 25 anos foram repletos de lutas, estratégias, engenharias tácticas e alquimia politica. Os resultados ( ou falta deles! ) provam que o caminho é outro.

É curioso que tenha sido Manuel Alegre a dizer ( a propósito do encontro BE/PCP) que " no actual estado do mundo e da europa, uma convergência de esquerda não se pode fazer sem o PS e muito menos contra o PS"

Se substituir a palavra "esquerda" por "centro-esquerda" ( pois não considero o PS um partido de esquerda, mas sim de centro-esquerda" ) é exactamente o que tenho andado a dizer e a escrever há muitos e muitos anos. Infelizmente sem grandes resultados!

Mas tenho a convicção ( e a esperança ) de que os ´resultados das próximas eleições legislativas antecipadas evidenciem sem margem para dúvidas, de que é este o caminho que a esquerda tem que trilhar. Não para implementar "politicas socialistas" ( é ridículo pensar que estão reunidas as condições para tal! ) , mas para implementar politicas de centro-esquerda que melhorem no curto prazo as condições de vida dos trabalhadores, que dinamizem a economia, que reduzam o desemprego e tragam alguma segurança e confiança no futuro. E que até ao fim da legislatura nos permitam alcançar um patamar de desenvolvimento que nos aproxime da média da U.E.

6 - E quanto à RC ?

Em minha opinião, a RC deve adoptar claramente esta linha estratégica, porque me parece não só a mais adequada nas circunstâncias actuais, mas também porque não só não é contraditória com os princípios da RC, como lhes dá conteúdo prático.

A RC deve, pois, intervir na campanha eleitoral que se avizinha, defendendo e divulgando esta linha estratégia. Em termos práticos, pugnar para que na próxima A.R. volte a existir uma maioria de deputados do PS/PCP/BE. E que dessa base maioritária emane um governo com um programa mínimo comum a ser implementado durante a próxima legislatura.

E, naturalmente, deixando a cada um de nós toda a liberdade para discordar e manifestar essa discordancia e apoiar expressamente este ou aquele partido, utilizar todo o nosso capital politico ( capacidade, experiência e tolerância democratica ) de modo a potenciar na diversidade politica do centro-esquerda a agregação de vontades para materializar este objectivo.

Podem dizer-me: ainda que fosse este o caminho ( e isso está por demonstrar ! ) não existem condições objectivas e subjectivas para ser possível percorrê-lo.

Então, meus caros amigos, se assim é lamento muito, mas nesse caso cada um assumirá as suas responsabilidades.

E se a esquerda está tão fossilizada e refém do seu passado que já não consiga fazer esse "golpe de asa", então talvez tenha chegado a hora de reinventá-la!

@ de mão amiga.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Và para fora cà dentro


Para fugir à crise...

http://ponteeuropa.blogspot.com/

Salsicha ... nobre

O linchamento de Nobre no Facebook tem um lado de pura justiça poética ou deliciosa ironia do destino, onde o feitiço populista se vira contra o feiticeiro, mas tem outro que nos fala do amadorismo, ou mesmo retinta incompetência, do PSD. Embora não saiba nada do que se passa nos bastidores desse partido (ou de qualquer outro, já agora), sei pela lógica que o anúncio da sua cooptação foi combinado na data e no meio. Algures, Passos Coelho terá aceitado que assim fosse, e ninguém da sua equipa impediu a tonteira: ia-se para o Facebook provocar e ofender o eleitorado que tinha votado Nobre há dois meses. O efeito foi e está a ser devastador. A turbamulta da cidadania digital reuniu-se para a decapitação e desmembramento ritual de um Nobre de ego tão anafado que há muito deixou de ver onde põe os pés. E o Facebook oferece todos os meios para uma crise deste género se intensificar e prolongar no tempo – sendo que não se vislumbra uma estratégia de contenção de danos, pois qualquer tentativa de entrar em diálogo será combustível deitado na fogueira, por um lado, e ficar remetido ao silêncio irá aumentar o despeito e validar todas as críticas, incluindo as mais violentas, pelo outro.

Num primeiro momento, causa espanto ver o PSD, com tantos quadros e recursos humanos nas áreas da comunicação, a tratar uma jogada eleitoralista de alto risco de forma tão displicente e disciplinarmente errada. Mas depois, lá está, abate-se sobre a nossa consciência a crua realidade: este é o partido cujo braço-direito do líder é o Miguel Relvas, uma picareta falante à beira do esgotamento nervoso que até na SIC começa a ser gozada pelos jornalistas da casa. E quanto ao Passos Coelho, então, o problema ainda é maior: quando fala, desaparece. Assim, talvez tenha razão Nobre e aquela que pode ser uma táctica com secretos méritos – é que para se poder cascar no homem, tem primeiro de se carregar no botão “Gosto”. No final, apresentam-se os números e respectivo gráfico de crescimento dos fãs. Nobre voltará a poder reclamar um resultado histórico para a democracia, pedir que lhe dêem um tiro na cabeça ou perguntar a Manuel Alegre se é desta que desiste a seu favor; o que primeiro lhe passar pelo bestunto.

http://aspirinab.com/

M€dicina



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amigos da onça

QUEM LHES PEDIU PARA CONVIDAREM O PS

«Bloco de Esquerda e PCP decidiram hoje prosseguir com o diálogo para encontrar posições convergentes e afirmam-se abertos a “um envolvimento amplo” para além dos dois partidos, mas ambos afastam a possibilidade de futuros entendimentos com o PS.

As direções dos dois partidos reuniram-se hoje na Assembleia da República, a convite do Bloco, naquele que terá sido o primeiro de vários encontros que BE e PCP deverão manter nos próximos meses, mesmo após as eleições, às quais concorrem em separado.» [i]

Parecer:

Não me recordo de alguém ter metido uma cunha a Jerónimo ou a Louçã para convidarem o PS.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

http://jumento.blogspot.com/

Do€nça prolongada

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Hà mas, são verdes !

Conversas de faz de conta

O BE, lançou uma casca de banana ao PCP: disse que admitia aliança com ele nas legislativas.
O PCP respondeu que ia fazer aliança sim mas com (a sua célula) os Verdes. Ora toma que é para aprenderem. Revela prudência e visão estratégica.

# posted by Raimundo Narciso
http://puxapalavra.blogspot.com/

Bons ventos de Espanha


Até sempre, companheiro

Eis um governante que jamais desiludiu. Sai no rescaldo de uma crise financeira como nunca tínhamos vivido. Sai com a consciência de ter transformado um país, onde o franquismo ainda tem raízes, numa democracia laica e progressista. Foi digno sucessor de Felipe González, honrado obreiro do projecto democrático que desmantelou o mais cruel e duradouro aparelho de repressão que sobreviveu à derrota do nazi/fascismo.

Zapatero enfrentou as intrigas de Aznar, o humor de Bush, as provocações episcopais e as canonizações com que os dois últimos pontífices quiseram provocar a democracia. Não se vergou nem frequentou as missas em que o Papa e os bispos gostariam de vê-lo de joelhos.

Deixa um país com uma legislação progressista e sem as estátuas equestres de Franco. Deixa um país com um enorme índice de desemprego e com os problemas da crise que atingiu o mundo e se abateu em cheio na Europa, especialmente nos países do Sul.

Mas deixa, sobretudo, um exemplo de coragem e dignidade, de ética e honradez. Nem sequer indigita um sucessor. O PSOE que escolha. Ele cumpre os dois mandatos a que intimamente se propôs e será sempre uma reserva moral.

Aqui se registam as palavras com que terminou o discurso de renúncia a secretário-geral do PSOE:


«Companheiras e companheiros, ao trabalho; o Governo a governar; os candidatos a defender o seu programa, o partido a apoiar os candidatos e as reformas. Vamos a demonstrar, uma vez mais, quem somos e como somos. Somos um projecto profundamente enraizado na sociedade espanhola, nos trabalhadores, nos que não têm tudo, nas mulheres e homens que aspiram à igualdade. Somos uma formação política histórica e carregada de futuro. Uma formação democrática que ama a liberdade interna y a coragem. Uma formação em que nos reconhecemos porque nos chamamos companheiros.

Isso, companheiros, muito obrigado».


posted by Carlos Esperança
http://ponteeuropa.blogspot.com/

sábado, 2 de abril de 2011

Verdade verdadinha



http://ofunill.blogspot.com/

poleiros de merda



posted by Luis Grave Rodrigues
http://rprecision.blogspot.com/

Ultrapassagem pela esquerda

Quando a montanha não vai a maomé, vai maomé à montanha


BE abre a porta a eventual aliança com o PCP

Na moção de orientação política Juntar Forças pelo Emprego e Contra a Bancarrota, cujo primeiro subscritor é Francisco Louçã, o Bloco de Esquerda (BE) deixa entreaberta a porta a uma eventual aliança com o PCP.

No documento, que será debatido na VII Convenção do BE, agendada para 7 e 8 de Maio em Lisboa, pode ler-se que a convergência entre os dois partidos é “valorizada” pelos bloquistas e tem vindo a traduzir-se na “luta contra as medidas liberais e em defesa dos salários e do emprego”.

Apesar das “diferenças assinaláveis” entre o Bloco e o PCP, os signatários da moção A entendem que o “objectivo da vitória” exige e implica a “aproximação de esquerdas com ideias diferentes”, pelo que, argumentam, “todos os contributos para a unidade
são caminhos para a maioria”.

E, numa clara tentativa de criar uma ponte de diálogo com os comunistas, recordam que “nenhum partido minoritário será capaz de, por si só, aplicar uma política socialista”.

Desde a contestação ao Código de Trabalho que a concordância entre os bloquistas e os comunistas se tornou mais notória. E, mais recentemente, repetiu-se nos protestos parlamentares contra as novas propostas do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).

Em vésperas de eleições legislativas, a moção A (da actual direcção) apresenta-se também como um programa eleitoral, apontando respostas concretas para os sectores da
economia, justiça, saúde, educação e cultura.

O BE almeja ser um “partido de massas” e, para tal, são traçados diversos caminhos: mais capacidade de acção local, maior intervenção da juventude em áreas de influência e “formação de alianças sociais que polarizem à esquerda as escolhas políticas”.

Aproveitando o momento da convenção, em período de pré-campanha, os subscritores vão atacar uma eventual coligação governamental que venha a reunir o PSD, o PS e o CDS (esta será uma das bandeiras da campanha bloquista) e pretendem acusar os socialistas de se terem “convertido ao liberalismo”.

Na convenção dos bloquistas serão ainda apresentadas outras três moções: Acrescentar Liberdade, Democracia e Socialismo às Lutas Anticapitalista e Antitotalitária, de João Pedro Freire, Mudar de Rumo. Por Um BE 100% à Esquerda, de Gil Garcia(Ruptura/FER), e Por Uma Maioria Social de Esquerda, de Jorge Céu.

Maria José Oliveira
Público • Sexta-feira 1 Abril 2011

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Hoje deu-me para isto

PQoP



Diàrio de Noticias
By http://ponteeuropa.blogspot.com/

Anedota do dia


Passos Coelho quer transferir fundos europeus
das obras públicas para a segurança social


Como ?!

Força camarada Vasco

Dissolução da Assembleia impede sessão do 25 de Abril

A sessão solene do 25 de Abril não vai realizar-se este ano na Assembleia da República, já que nessa data o Parlamento estará dissolvido, e não há possibilidade legal de reunir o Plenário.

O PÚBLICO sabe que o Presidente da República vai procurar outro local para assinalar a data da Revolução dos Cravos. Cavaco Silva deverá anunciar a data de dissolução amanhã. A decisão de cancelar a cerimónia foi assumida ontem na conferência de líderes que acertou os últimos dias de trabalhos parlamentares antes da dissolução da
Assembleia da República que, no máximo, pode acontecer a 11 de Abril.

A sessão solene de comemoração do 25 de Abril é uma sessão plenária em que estão presentes todos os deputados eleitos e em que discursa o Presidente da República. No próximo dia 25 de Abril, a Assembleia da República já não terá Plenário, só fi cando
a funcionar a Comissão Permanente, órgão que substitui o Plenário neste período e em que estão representados todos os partidos. Esta comissão não pode reunir o Plenário, salvo para questões de actualidade política, para declarar a guerra ou a paz.

Ontem, na conferência de líderes ainda foi colocada a hipótese de fazer a cerimónia com a comissão permanente, mas os partidos concluíram unanimemente que não era digno.

A cerimónia que assinala o 25 deAbril acontece no Parlamento desde 1977 – já que em 1976 o dia foi escolhido para as primeiras eleições legislativas – e só foi excepção em 1983 pelo mesmo motivo (realização de eleições para a Assembleia da República).

Vasco Lourenço, capitão de Abril, considera que o cancelamento da cerimónia “é incompreensível” e defende que se deveria abrir uma excepção para o Parlamento reunir.

“Não vejo por que é que [os deputadosda AR] não poderiam ter encontrado forma de evocar o 25 de Abril, a não ser que tenham vergonha da situação a que levaram o país”, afirmou, citado pela Lusa.

A dissolução do Parlamento também não permitirá a realização da cerimónia que assinala os 100 anos da GNR nem uma sessão do Parlamento dos Jovens.

Jaime Gama apelou, entretanto, à contenção dos partidos na apresentação de iniciativas (projectos e requerimentos) nestes últimos dias de trabalhos.

A realização da última sessão plenária com declarações políticas de balanço de legislatura e votações fi cou ainda em aberto. Pode realizar-se já na sexta-feira ou na quarta-feira (dia 6) da próxima semana. A data depende de outras duas decisões de Cavaco Silva que serão conhecidas após o Conselho de Estado de amanhã: a data das eleições e a data da dissolução. Se as eleições forem marcadas para 29 de Maio, a dissolução não pode passar do fi nal desta semana. Se a data for 5 de Junho ainda haverá plenário dia 6 de Abril.

Sofia Rodrigues
com S.J.A.
Público • Quarta-feira 30 Março 2011