quarta-feira, 30 de junho de 2010

Paying For Change

Vuvuzelas

Desde 1660 a partir cabeças.

Anjinhos...



Do ponto de vista dramático, foram grandes momentos. Em A Queda de Um Anjo, Camilo mostrou-nos menos. Calisto Elói também caiu do céu aos trambolhões, de fidalgo minhoto austero a politiqueiro na capital, mas ele próprio não deu por nada. Mais intensa que a do romance de Camilo foi a queda de Cristiano Ronaldo, ontem. Porque o próprio deu por isso.

É cruel como as câmaras filmam tão de perto. Ontem, o palco, além de mundial, era especialmente dos seus dois países - do seu, seu, e o de onde ganha a vida. Um olhando-o como o capitão da esperança, outro, desejando que ele falhasse. E Cristiano Ronaldo sabe que falhou.

Quebrou-se a magia, tal como ele vai confirmar nos próximos estádios espanhóis onde vai exercer, agora como mais um. Mais um que ele não é, porque Cristiano Ronaldo é um jogador excepcional (embora tivesse ficado a saber, ontem, que não é um anjo). As cenas dos próximos capítulos podem ter destinos divergentes: a queda ter-lhe dado a humildade com que os bravos reconstroem a vida ou ter-lhe dado a convicção de um azar do caraças andar a persegui-lo nos grandes momentos.

Esperemos todos que ele vá pela primeira via. Em todo o caso, a queda deste anjo protagonizou ontem o único grande momento. Agora que se passou a jogar a feijões não me peçam que olhe o futebol senão com crueza: uma equipa boa ganhou a uma equipa razoável, mais nada.

Ferreira Fernandes
http://dn.sapo.pt/

terça-feira, 29 de junho de 2010

Lições...


A escola da capinha*

Eis um exemplo do que uma das mais recentes medidas do Ministério da Educação está a fazer ao país. Em 2007, a EB1 Capinha foi ampliada e requalificada, sofrendo um investimento directo de 250.000 € que permitiu requalificar as 4 salas de aula, a construção de um sala/atelier multimédia com 8 postos de trabalho ligados à internet e ferramentas multimédia, construção de uma cantina, remodelação dos sanitários, construção de um pátio interior para recreio e ginástica e requalificação total do espaço exterior da escola.

Numa recente visita da Inspecção do Ministério da Educação ao agrupamento de escolas João Franco, o parque escolar da CAPINHA foi apelidado de FORMIDÁVEL, COM CONDIÇÕES EXEMPLARES PARA A APRENDIZAGEM.

Como o Ministério da 5 de Outubro vai fechar esta escola, não apenas este dinheiro vai pela janela, como se verificará num aumento exponencial dos custos directos com a alimentação (75%) e transportes escolares (525%), representando mensalmente um encargo adicional de 2.500€, verba suficiente para suportar o ordenado do(s) docente(s). Já para não falar das indemnizações por cessação dos contratos de trabalho do pessoal não docente.

Mas há mais. Mudando de escola, muitas destas crianças de 5 e 6 anos terão que fazer dezenas de quilómetros diários e perderão (ou dificilmente conseguirão conjugar) os apoios sociais e pedagógicos desenvolvidos pela autarquia local, que vão desde o Atelier de Tempos Livres e Multimédia às aulas de natação.

Por fim, note-se que este encerramento provocará, inevitavelmente, um êxodo populacional para outras localidades. Neste caso, é um decreto de morte desta povoação.


*informações cedidas por Rogério Emanuel Palmeiro, Presidente de Junta de Freguesia da Capinha.
Publicada por joana amaral dias
http://cortex-frontal.blogspot.com/

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Vieira da Silva

Cavaquices

Presidente Cavaco Silva ajuda o País a afundar-se

O Presidente Cavaco Silva teve esta expressão, para mim infeliz e sobretudo arrogante : "sei do que falo", como se sobre economia gozasse de monopólio divino. Está a entrar um pouco equivocado na campanha eleitoral. Não é desta forma que se faz competição.

Mas afinal se sabe do que fala, como pode na qualidade de Presidente da República ou mesmo na de economista, vir agora dizer que Portugal é um "país insustentável"? Qual a diferença entre país insustentável e banca rota?

Não acredito que o Presidente Cavaco Silva tivesse desejado com esta sua afirmação dar mais trunfos ao sistema financeiro mundial para fazer subir os juros dos empréstimos a Portugal ou às empresas de Rating para baixar a classificação, o que indirectamente puxa no mesmo sentido, ou ainda atrair o FMI.

Agora que o disse, disse e não venha logo, tentando recompor-se do que disse, apelar aos portugueses para terem "a mesma coragem, para enfrentar o momento difícil actual, dos que há 200 anos derrotaram as tropas francesas".

Estas atitudes não fazem sentido porque se contrariam. São gaffes muito pesadas e pouco ponderadas.

Com esta "cooperação estratégica", Sócrates tem muita razão ao sentir-se só a "puxar pelo país".
http://puxapalavra.blogspot.com/

Opus...icar

Deixem a polícia trabalhar

O Vaticano está «indignado» porque a polícia belga se atreveu, veja-se lá, a recolher provas sobre casos de abuso sexual de menores e respectivo encobrimento.

Não entendo. Não são os próprios católicos que insistem que a ICAR é uma «instituição humana», e portanto «falível»? Se assim é, estão sujeitos à justiça humana como qualquer outra instituição.

Deixem a polícia trabalhar. Quem não deve, não teme.
http://esquerda-republicana.blogspot.com/

domingo, 27 de junho de 2010

Bleu, blanc, rouge... de honte



Proibido de entrar na escola francesa com a camisola de Portugal

Directora da escola disse à mãe de Mathis Araújo, 5 anos, que tentava evitar conflitos. Assunto já chegou ao Ministério da Educação francês. Leia ainda a "Carta a Mathis" escrita pelo embaixador português Francisco Seixas da Costa no seu blogue.

Mathis ia orgulhoso a caminho da escola, na manhã de quarta-feira passada, com a camisola da selecção de Portugal, que tinha custado cinco euros aos pais. Porém, à chegada à porta do jardim-escola Petits-Champs-Ronds, em Massy, na região parisiense, foi impedido de entrar vestido dessa maneira.

A mãe, Magda, que o acompanhava, pediu então explicações à directora. Esta disse-lhe que tentava evitar conflitos entre alunos e entre pais de alunos que não teriam meios para comprar camisolas idênticas aos filhos.

Magda, que é francesa, e o marido, Sérgio, franco-português filho de emigrantes de Braga, apresentaram então queixa contra a directora, que está agora a ser alvo de um inquérito da parte da hierarquia. E falaram à imprensa francesa, que deu algum relevo ao caso.

Directora favorável a regresso dos bibes.

"Quando eu lhe disse que, então, deveriam ser proibidas todas as camisolas com marcas e desenhos visíveis, ela respondeu-me que era favorável ao regresso ao passado, quando todas as crianças tinham de vestir-se com um bibe cinzento", explica Magda, de 30 anos.

"Já decidimos retirar o nosso filho dessa escola, felizmente que o ano escolar está a chegar ao fim", exclama Sérgio, de 29 anos.

Segundo Mathis, mais duas crianças da sua classe foram durante a semana forçadas a vestir uma T-shirt branca por cima das camisolas de Portugal. "Um envergava uma camisola do Cristiano Ronaldo", diz.

A família luso-francesa vai ser recebida na próxima terça-feira por uma inspectora do Ministério da Educação francês. E só depois do inquérito em curso se saberá se a decisão da directora foi apenas tomada pelas razões que invocou ou se há algo mais. Designadamente discriminação em relação aos portugueses ou mau perder por a França ter sido eliminada do Mundial de futebol e Portugal ainda continuar em prova.

www.expresso.pt
Daniel Ribeiro, correspondente em Paris.

OPINIÃO

Fazer Diferente

O livro começa com perguntas. "A quem pertence a escola pública, quais devem ser as responsabilidades do Estado, dos professores, das comunidades educativas locais e dos pais?"; "Qual é o nível de conhecimentos e quais são as competências adquiridas na escola pelos alunos?".

Continuam, algumas páginas à frente: "Qual é a percepção que os professores e as escolas têm da sua missão? (...) Todos os agentes e instituições envolvidos nos processos de ensino partilham a convicção de que todos podem aprender? (...) Quais as medidas de política necessárias para enfrentar este problema?"

É um livro que diz, algures na introdução de 50 páginas, isto: "A acção é política tanto no patamar da decisão como no da execução. A crítica, o veto ou a resistência às políticas é também intervenção política."

E isto: "A ineficiência dos serviços públicos, a ausência de rigor na utilização dos recursos e a degradação da sua qualidade são um inimigo mortal do Estado Social e, no caso da educação, um inimigo mortal da escola pública."

É um livro que analisa o sistema e a sua evolução, que assume os seus fracassos e ineficiências e principais dificuldades, contextualizando-os e tentando apontar saídas, que critica a falta de informação e conhecimento da realidade que permitiu, durante décadas, não só uma gestão ineficiente -- gastar muito mais dinheiro em muito menos alunos - como decisões desfasadas das necessidades e dos objectivos programáticos.

Fá-lo com recurso a dados, números, quadros, referência legislativa (e como é interessante constatar por exemplo que a decisão legislativa de fechar todas as escolas com menos de 10 alunos é de 1988, do governo de Cavaco, mas não avançou por aparente incompetência) e a descrição das acções (incluindo reuniões) havidas, no curso de um mandato ministerial, para chegar a diagnósticos, concertar posições e pô-las em prática.

É o livro de uma socióloga e o livro de uma ex-ministra - a cientista que olha para o que fez e para o que existe e tenta ser rigorosa, que organiza a informação de forma metódica, e a política que defende a sua visão, o seu mandato - e a sua paixão pela escola pública e por aquilo que ela representa.

O livro é de Maria de Lurdes Rodrigues. Nenhum livro de MLR sobre a escola seria um acontecimento pacato; mas este, cujo nome é A Escola Pública Pode Fazer a Diferença e que será lançado a 1 de Julho, oito meses depois de a autora deixar o governo, tem a ambição de ser a um tempo prestação de contas e desafio.

Um desafio a todos para que pensem o que querem que a escola pública seja, mas também um repto aos que a contestaram e, inevitavelmente, a quem lhe pegou no testemunho.

por FERNANDA CÂNCIO
http://dn.sapo.pt/

Deixa-me rir


PR

Cavaco frisa que verdade sobre o que diz está na página da Presidência (TSF)
O Presidente da República diz que quem quer saber a verdade sobre o diz que pensa tem de se dirigir à página oficial da Presidência da República.

sábado, 26 de junho de 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Moeda corrente


No final de 2009 havia 11 mil portugueses com fortunas superiores a um milhão de dólares, mais 5,5% do que em 2008

A crise em que mergulhou o País durante o ano passado não impediu que a lista de portugueses com uma fortuna avaliada em mais de um milhão de dólares (815 mil euros) ganhasse 600 novos nomes. De acordo com o estudo World Wealth Report 2009, elaborado em conjunto pela Capgemini e Merrill Lynch, no final de 2009 havia em Portugal um total de 11 mil milionários, um número que representa um crescimento de 5,5% face aos 10 400 milionários registados no relatório de 2008.

Segundo o relatório da Capgemini e Merrill Lynch - que exclui da contabilização do património as casas e restantes bens consumíveis -, a subida do número de milionários em Portugal foi alimentada pelo aumento dos preços do imobiliário (em 0,2%) e pela forte descida das taxas de juro. Outro factor apontado no World Wealth Report para o crescimento de mais de 5% no número de milionários portugueses foi a valorização da Bolsa portuguesa, que cresceu 33,5% em relação a 2008. A valorização de muitos títulos - principalmente no terceiro trimestre do ano, quando o PSI-20 valorizou 19,2% - terá contribuído fortemente para o crescimento de fortunas no País, salienta o estudo.

Os 600 novos milionários portugueses juntam-se assim a uma lista que é encabeçada pelos empresários Américo Amorim (fortuna avaliada em 2,83 mil milhões de euros), Belmiro de Azevedo (1,09 mil milhões de euros) e Joe Berardo (618,2 milhões de euros). Juntos, estes três milionários têm uma fortuna avaliada em mais de 4,5 mil milhões de euros, equivalentes a 2,8% do PIB.

Para o crescimento das fortunas milionárias em Portugal pouco ou nada contaram os números da recessão da economia portuguesa, adianta o World Wealth Report. Recorde-se que em 2009 registou--se uma contracção de 2,7% do PIB, o recuo de 21,8% nas exportações e o decréscimo da produção industrial em 8,1%. Ao longo do ano passado, destacam ainda a Capgemini e a Merrill Lynch, há ainda a assinalar a queda do consumo interno em 10%.

Não foi só em Portugal que o número de milionários aumentou. O relatório ontem divulgado aponta para um crescimento de 17,1% em 2009, atingindo um total de 10 milhões de pessoas que possuem uma fortuna avaliada em mais de um milhão de dólares. A Capgemini e a Merryl Lynch destacam ainda que, além do número de milionários ter aumentado, as suas fortunas também engordaram durante o ano passado. No final de 2009, a totalidade destas fortunas ascendia a 39 mil milhões de dólares (cerca de 31,8 mil milhões de euros).

Na apreciação que fizeram dos resultados deste estudo, os responsáveis pelo relatório referem que "os últimos anos têm sido relevantes para os investidores ricos". Segundo Sallie Krawcheck, do Global Wealth & Investment Management, "enquanto em 2008 a riqueza global dos milionários sofreu um declínio sem precedentes, um ano depois existem claros sinais de recuperação e em algumas áreas verifica-se mesmo o regresso aos níveis de riqueza e crescimento registados em 2007".

http://dn.sapo.pt/bolsa/interior.aspx?content_id=1602270

Opium

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Juizos

As eleições presidenciais e as calúnias torpes

Ainda não começou a campanha eleitoral para as presidenciais e as alfurjas da reacção já bolçam infâmias contra Manuel Alegre.

Não tomei qualquer decisão quanto ao eventual apoio a Alegre mas não deixarei de o defender, tal como fiz com o almirante Rosa Coutinho, com quem não tinha afinidades, indignado com a carta forjada, num português medíocre e numa ética grosseira, que denunciei face às execráveis acusações de que foi alvo, após a montagem em que pedia ao MPLA para matar todos os portugueses residentes em Angola.

O alvo é agora Manuel Alegre a quem atribuem, na cobardia do anonimato, confiantes na falta de sentido crítico dos portugueses, os maiores crimes. De vítima da ditadura que o perseguiu passa a algoz da Pátria que ama.

É a mesma direita salazarista que, logo após o 25 de Abril, acusou Mário Soares de homossexualidade, como se fosse crime ou verdade, que espalhou a montagem da PIDE sobre as ofensas à bandeira Portuguesa e outra lama com que pensavam impedir os portugueses de o sufragarem sucessivamente primeiro-ministro e presidente da República.

São os mesmos que assassinaram politicamente Ferro Rodrigues e que combinaram o caso Freeport (conhece-se o local, o nome das pessoas, o autor designado para a carta anónima e os contornos da conspiração urdida) sem consequências para os malfeitores. São os mesmos que, na teimosa e patológica homofobia, voltaram à homossexualidade para ferir Sócrates antes das eleições legislativas.

Lembro-me bem da insinuação de Santana, num frente-a-frente televisivo, ao adversário que o trucidaria eleitoralmente.

Em Portugal deixou de se discutir política, substituiu-se a luta de ideias pelo assassínio de carácter e pela suspeição sobre os políticos.

Quem leia o que se publica fica com a impressão de que o Governo é exemplar, apenas há suspeitas sobre o carácter do PM.

É mau caminho para a democracia, mas quem pensa que certa direita e alguma esquerda estão interessadas no regime?

posted by Carlos Esperança
http://ponteeuropa.blogspot.com/

Dali

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Vampiros...

Imagine - John Lennon

Papo cheio

O arroto do king

Charcos


O Trunfo dos Porcos

Diz assim o nº. 4 do artigo 34º da Constituição da República Portuguesa:
«É proibida toda a ingerência das autoridades públicas na correspondência, nas telecomunicações e nos demais meios de comunicação, salvos os casos previstos na lei em matéria de processo criminal».

Pacheco Pereira sabe isto muito bem.
E se não sabia, ficou a saber quando o próprio Mota Amaral tomou a decisão de não permitir referências a escutas telefónicas na Comissão Parlamentar de Inquérito ao «Caso PT/TVI».
Imagine-se que Mota Amaral era do PS…

Mas, mesmo assim, Pacheco Pereira escolheu o patético voyeurismo de ler as transcrições das escutas e vir cá para fora classificá-las publicamente de «avassaladoras».
Depois, ainda ameaçou divulgar publicamente aquilo a que tinha tido acesso só porque é deputado.

Finalmente, decidiu fazer uma espécie de relatório alternativo sob a capa de uma declaração de voto, para as conclusões a que já tinha chegado muito antes de a Comissão de Inquérito ter sequer começado.

Esta é uma atitude inquestionavelmente sabuja de quem, com o único objectivo de um ganho político, pretende colaborar no assassinato de carácter de um cidadão, seja ele ou não primeiro-ministro.

As escutas telefónicas roubadas ao âmbito de um processo-crime, à revelia da Constituição e espezinhando as mais básicas noções de ética, foram o trunfo que Pacheco Pereira tirou da manga para colaborar na autêntica nojeira que esta Comissão de Inquérito constituiu desde o princípio.

Como é óbvio, isso classifica-o perfeitamente como político.
Mas, sobretudo, como pessoa.

posted by Luis Grave Rodrigues
http://rprecision.blogspot.com/

Cavacas

Tretas & Tetra lara

O que é demais...


Puta que pariu as vuvuzabelhas. Dão cabo da paciência a um santo

Raimundo Narciso
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Beatas cor de rosa

Fazer a folha

Várias seitas judaicas disputaram o calendário samaritano ou fariseu, para dominar os respectivos grupos. Semanas de 10 dias, meses com nomes como Vindario: o calendário revolucionário francês simbolizava a queda do antigo regime e o início de outro. Os calendários organizam. Sobretudo, regem a ordem social. São um contrato. Daí que muitas guerras pelo poder correspondam a contendas de calendário. Controlando-o, controlava-se um povo.

Duas deputadas do PS querem mudar os feriados e invocam a produtividade, optando pelo modelo chinês quantitativo. Mas não qualitativo, seguido noutros países europeus com mais feriados/férias, onde se trabalha melhor menos horas. Propõem que fiquemos com seis feriados religiosos e três civis e que só estes sejam móveis evitando pontes, como se o Estado não fosse laico, o que foi reforçado pela igreja que invocou o direito a interferir. E falam do excesso de feriados, mas pretendem um novo intitulado “dia da família”.

Estas duas deputadas católicas não são Júlio César ou Gregório XIII. Também não querem mudar toda a organização cronológica. Só quatro feriados. Mas as suas propostas são pequeninas disputas da identidade colectiva. São o chamado fazer a folha. Enfim, é pegar neste calendário cor-de-rosa e virar a página.

http://cortex-frontal.blogspot.com/
Publicada por joana amaral dias

terça-feira, 22 de junho de 2010

Pedro Barroso-Pão de Pedras

Lula com todos


Brasil criou quase 300 mil empregos em Maio, novo recorde
O Minstério brasileiro do Trabalho anunciou que o país criou quase 300 mil empregos em Maio, tendo havido expansão de empregos em todos os sectores da actividade económica.
http://diariodigital.sapo.pt/
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Nota de rodazé: Jà gostei mais de sardinha, agora prefiro Lula.

9/27 versus 18/27


Portugal ainda é o 9.º mais pobre

Em 2009, portugueses voltam a marcar passo. Poder de compra mantém-se em 78% da média da UE.

Os portugueses estão há três anos a marcar passo no que respeita ao seu poder de compra. Pelo terceiro ano consecutivo, Portugal registou em 2009 um PIB per capita que corresponde a 78% da média da União Europeia (UE), de acordo com os dados ontem divulgados pelo Eurostat, relativos às primeiras estimativas sobre este indicador de riqueza europeu.

No entanto, 2009 foi um ano mau para ganhos de riqueza. A maioria dos países analisados pelo Eurostat perdeu ou manteve a posição do ano anterior. Apenas britânicos, austríacos, malteses e suíços registaram melhorias.

Portugal continua, assim, a ser o nono país mais pobre da UE (22 pontos abaixo da média), ficando atrás de Chipre, Grécia, Eslovénia e República Checa, e com o mesmo nível de Malta. Este país viu a sua posição melhorar dois pontos, de 2008 para 2009, equiparando- -se a Portugal.

Em relação ao topo da lista, mantemos a 18.ª posição entre os 27. A liderança do PIB per capita cabe ao Luxemburgo, com uma riqueza que ascende a 268% da média europeia, ou seja, quase três vezes mais. Contudo, os luxemburgueses empobreceram face ao ano anterior, caindo oito posições.

A riqueza dos luxemburgueses explica-se pelas características especiais da sua economia. Por um lado, o Luxemburgo apresenta uma larga percentagem de trabalhadores transfronteiriços (que vivem fora das suas fronteiras, na Bélgica e em França). Por outro, o Grã-Ducado vive uma situação de quase emprego total.

Entre os europeus mais ricos, surge em segundo lugar a Irlanda, com 131%, logo seguida da Holanda, com 130% da média europeia.

Apesar da crise que atravessa, a Espanha situa-se em linha com a média da UE, com um PIB per capita de 102%, mantendo a posição do ano anterior e conseguindo ficar acima da Itália, que apresentou um índice de 102%.

Do lado dos mais pobres, o "fim da linha" é ocupado pela Bulgária, cujos habitantes registam uma riqueza individual que corresponde a apenas 41% da média dos 27. Na Roménia, por seu lado, é 45%.

De destacar os países nórdicos, que continuam a alimentar o mito da região mais rica da Europa. A Noruega (fora da UE) tem 177% da média da Europa a 27, a Suécia 120%, a Dinamarca 117% e a Finlândia 110%. A Suíça, que não pertence à UE, também melhora, com 144%.

Curiosamente, e apesar da forte crise financeira e económica que abalou o país, a Islândia apresenta uma riqueza que corresponde a 120% da média da UE.

Assim, a riqueza dos europeus varia entre um mínimo de 41% e um máximo de 268% de um valor médio (nível 100).

Portugal ocupa o grupo de países que apresentam uma riqueza per capita entre os 10 e os 30% abaixo da média dos 27 Estados membros da UE.

Esta análise do Eurostat, que abrange 27 estados da UE, três candidatos, três membros da EFTA e quatro países balcânicos, mede o nível de poder de compra de cada país (purchasing power standard, PPS). Esta referência monetária elimina os diferentes níveis de preços existentes entre os Estados. Ou seja, cada PPS compra o mesmo volume de bens e serviços em todos os países.

por PAULA CORDEIRO
http://dn.sapo.pt

Combate de Blogs - 11º programa

ti anibal

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Nobel SARAMAGO

Cavaquistão

A minha consideração por Cavaco bateu no fundo

De um Presidente da República não espero que seja “um dos nosso”, espero antes que seja “um de todos”, capaz de perceber que é na diversidade que o país encontra o seu caminho. Não é importante que tenha sido o candidato em que votei, importa sim que seja um homem de princípios e mais importante do que serem exactamente os meus sejam alguém que se oriente segundo princípios e não por interesses.


Saramago não era um do meus e eu admirava-o, Sá Carneiro não era um dos meus e merecia o meu respeito, Lucas Pires não era um dos meus e sempre teve a minha consideração, Ramalho Eanes não é um dos meus e merece que o admire, são muitos aqueles que não me convencendo a partilhar dos seus ideais conquistam a minha estima, uns ainda o conseguem, outros mereceram-na para todo o tempo em que eu cá andar.

São gente grande, capaz de ultrapassar a mesquinhice, de respeitar e ter consideração pelos adversários, de amar para além dos netinhos, de ambicionar para além da sua dimensão. É isto que se espera de uma instituição como a Presidência da República, uma instituição que os portugueses aprenderam a respeitar porque por lá passou gente grande, gente diferente mas que foi capaz de enriquecer o cargo.

A Presidência da República de hoje é muito mais do que determina Constituição, é o humanismo de Jorge Sampaio, é o rigor e honestidade de Ramalho Eanes, é a grandeza de ideias e de cultura de Mário Soares, até é a entrega de Costa Gomes.

É evidente que Cavaco Silva não tem a grandeza de Soares, a generosidade de Sampaio ou a elevação de Ramalho Eanes, diria mesmo que pela sua dimensão dificilmente conseguiria enriquecer o cargo que assumiu. Mas já que dificilmente conseguiria enriquecê-lo, poderia tentar deixar como o encontrou. Infelizmente não está a conseguir.

Quando completou 70 anos fez-se fotografar com a família nos jardins como se fosse a família real dos Silvas, quando veio o Papa voltou a reunir a “família real” para receber o Papa no seu palácio e até ficou extasiado porque Bento XVI repetia o nome dos netinhos. Durante uma semana a Presidência da República foi transformada numa sacristia familiar, mas quando foi necessário enfrentar a reacção do voto gay descobriu que Portugal enfrentava uma crise e o parlamento não podia perder uma hora a discutir o casamento gay.

Mas se para receber o Papa Cavaco se transforma a Presidência da República na família dos Silvas, para homenagear um prémio Nobel o Presidente da República acha que funerais é coisa para amigos próximos, pior ainda, não foi mas mandou o chefe da Casa Civil apresentar os pesamos à família, como se a qualidade do correio enobrecesse o conteúdo da missiva. Quando deve ser o Presidente a aparecer lá aparece a família, quando acha que não deve aparecer porque é um assunto de família manda o chefe da Casa Civil.

O país pode ser pobre, viver permanentemente em crise, enfrentar sucessivos pecs e planos de austeridade, mas apesar de todas estas dificuldades sempre encontrou grandeza na instituição Presidente da República. Agora tem alguém que não se cansa de dizer que sabe muito de economia como se este país fosse uma mercearia, como se o Presidente fosse o técnico oficial de contas de Portugal.

Ramalho Eanes não foi presidente por ter muita pontaria, Sampaio não o foi por saber falar inglês e Soares não foi eleito por ser culto, foram presidentes por serem homens nobres, por desprezarem a mesquinhez, por saberem respeitar e fazer-se respeitar.

Não é o caso de Cavaco Silva, pode saber muito de economia mas para Presidência da República é como se não soubesse comer com faca e garfo, não percebe que o cargo é maior do que ele próprio, não resiste à tentação de permitir à família tiques de família real, é incapaz de resistir à tentação de exercer os seus poderes para além do admissível como se viu no caso da conspiração das escutas protagonizada pelo seu braço direito.

Não espero que Sócrates ajude Cavaco a concluir o mandato com dignidade, apenas desejo que termine quanto antes e a Presidência da República retome a tradição da democracia portuguesa, que esteja lá alguém que não se deixe enredar na mesquinhice humana e saiba engrandecer o cargo.

http://jumento.blogspot.com/

sexta-feira, 18 de junho de 2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Klimt

São €uros senhor, são €uros

Houve um blogue que previu a crise da zona euro.Ninguém ligou.

Anteviu a crise do euro em textos que publicou durante anos em blogues.
Não lhe deram ouvidos. Agora é convidado para dar conferências.


Durante anos ninguém ligou aos avisos do tipo "o céu está prestes a cair-nos em cima" feitos por Edward Hugh, um bloguista britânico sociável e dedicado, economista autodidacta, que previu repetidamente que a zona euro não poderia sobreviver.

Vivendo uma existência bastante espartana com o seu salário de professor a tempo parcial, enviou posts sucessivos para a ciberselva. Era o cúmulo da cegueira política, alertava ele, pensar que uma sociedade envelhecida poupada como a alemã poderia coexistir com outras mais jovens e dependentes do crédito como a irlandesa, a grega e a espanhola, que com ela partilham o euro.

No entanto, agora que a crise da dívida soberana europeia está a abalar os mercados mundiais, a desvalorizar o euro quase diariamente e a lançar dúvidas sobre o futuro da união monetária, as suas substanciais elucubrações tornaram-se leitura obrigatória para todo um público influente, e cada vez mais internacional, entre o qual se contam muitos decisores da Casa Branca.

Edward Hugh tem até sido abordado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que lhe pediu recentemente que fosse a Madrid para dar o seu contributo à análise que este organismo está a fazer da economia espanhola.

"É até muito agradável", confessa Hugh, de 61 anos, com um ar divertido, recostado num carro de luxo a caminho da sua próxima palestra, organizada pelo Círculo de Economia, um grupo de pressão empresarial de Barcelona. "Encontro-me com toda a espécie de pessoas interessantes, que me pagam para almoçar com elas."

Noutros aspectos, a sua vida mudou muito pouco. A semana passada, teve de pedir dinheiro emprestado a amigos para comprar roupa e se apresentar condignamente perante a audiência da conferência composta por políticos e executivos espanhóis. As suas fontes de rendimento ainda são sobretudo as aulas de Inglês que dá há duas décadas.

"Acho que estou em contraciclo", graceja. "Durante os anos em que o boom durou, quanto toda a gente estava a dar-se bem, eu não era ninguém."

Porém, a ideia de que um economista pode ser uma celebridade pop - nos moldes de um Nouriel Roubini (cuja previsão precoce da inevitabilidade do desmoronamento do mercado imobiliário dos EUA lhe trouxe fama e fez dele uma "marca" na consultoria internacional), ou nos de um Paul Krugman (economista, Prémio Nobel e cronista do "New York Times") - ainda não está muito arreigada na Europa, e particularmente em Espanha.

No entanto, agora que se levantam questões sobre o modo como os governos europeus poderão escapar à armadilha do endividamento e regressar a uma situação de crescimento, Hugh, que há anos pensa sobre o tema, está pela primeira vez a ser abordado para fornecer ideias e partilhar a sua sabedoria.

A sua mensagem sombria em colunas de jornais e intervenções na televisão e rádio locais, bem como em reuniões com responsáveis governamentais, é quase sempre a mesma: uma vez que a Espanha e outros países da zona euro como a Grécia, Portugal, a Irlanda e a Itália não podem desvalorizar unilateralmente a divisa comum, resta-lhes enveredar pelo que seria, em essência, uma desvalorização interna de 20%. Isto significa que, em cada um desses países, os salários dos sectores público e privado têm de baixar aproximadamente nessa ordem de magnitude para os países poderem repor a sua competitividade, aumentar as exportações e obter o dinheiro necessário para pagarem a respectiva dívida.

"Por que razão esses países não convergiram com o resto da Europa?", pergunta o professor. "É uma questão demográfica. À medida que as populações envelhecem, vai havendo menos pessoas na casa dos 20 aos 40 a comprarem casa, por isso há mais poupança. Quanto mais jovem for um país, mais o seu crescimento depende do crédito."

A Alemanha, em que a idade média se situa nos 45 anos (e está a aumentar) e em que a população começa a diminuir, é um país de aforradores e a política governamental tem sido promover o controlo dos salários e estimular as indústrias exportadoras.

Em contrapartida, as populações da Grécia, da República da Irlanda e de Espanha, mais jovens, entraram num frenesim de endividamento, que se deveu principalmente ao aumento da procura de novas casas e de bens de consumo, que, em muitos casos, se transformaram em bolhas imobiliárias antes de rebentarem. Os salários foram impulsionados para cima, encorajando a despesa mas fazendo com que, rapidamente, as indústrias nacionais deixassem de conseguir competir com os poupados alemães, holandeses e outros europeus do Norte.

Em geral os economistas não viram o que ele considera ter sido um cenário facilmente previsível, acusa Hugh. E, acrescenta, "é por isso que estamos agora numa situação tão complicada".

A tese demográfica de Hugh não é à prova de bala: com efeito, o alvo dos seus primeiros ataques foi a Itália e não a Grécia.

Só que a Itália, talvez por causa do seu já grande nível de endividamento e do envelhecimento da população, seguiu um rumo de maior disciplina fiscal que os seus vizinhos e evitou uma bolha imobiliária.

Por outro lado, a principal solução preconizada por Hugh - a de que a Alemanha abandone o euro, o que faria cair quase imediatamente o valor da divisa, aumentando a competitividade dos países mais fracos, que permaneceriam na zona euro - tem de ser entendida mais como um post provocatório num blogue que como uma proposta séria.

Ainda assim, a súbita vulnerabilidade da zona euro e a procura desesperada de soluções por parte dos decisores políticos, investidores e economistas fizeram com que as suas obscuras divagações se disseminassem com a força de um vírus.

"Ele é uma fonte de informações que prezo muito", diz Brad DeLong, economista da Universidade da Califórnia em Berkeley, que trabalhou no Tesouro dos EUA durante a administração do presidente Bill Clinton e que é também um destacado bloguista.

Por outro lado, Hugh está decidido a resistir a algumas das novas tentações que se lhe atravessaram no caminho. Diz ter recusado ofertas lucrativas de hedge funds no sentido de fornecer consultoria exclusiva por não querer que as suas opiniões sejam monopolizadas por uma única entidade - embora diga que está a considerar o convite para integrar o grupo de consultores que trabalham para Roubini.

Natural de Liverpool, Hugh estudou na London School of Economics, mas sentiu--se mais atraído pela filosofia, pela ciência, pela sociologia e até pela literatura. O eclectismo dos seus interesses não só o impediu de obter o doutoramento como também lhe barrou o acesso a um lugar de docente a tempo inteiro.

"O director do meu departamento disse uma vez que eu era um 'ladrão' por ter aceitado uma bolsa de doutoramento e continuar a ler os livros e a frequentar os cursos da minha preferência", diz.

Considerando-se mais europeu que inglês, mudou-se para Barcelona em 1990.

Os posts no seu blogue são reflexo dos seus interesses variados. Cita frequentemente Bob Dylan, Charles Bukowski, Jean-Paul Sartre, Friedrich Nietzsche e até o comportamento social dos seus queridos bonobos (chimpazés-pigmeu), a espécie de primatas mais aparentada com o homem.

Hugh tem a aparência pálida e descuidada de quem passa, há pelo menos dez anos, 12 a 14 horas por dia em frente a um computador, mas está longe de ser um recluso. O seu feitio alegre e sociável e a sua adesão religiosa aos princípios da reciprocidade e do intercâmbio fazem dele um adepto das redes sociais. A fácil adaptação aos usos e costumes de Barcelona (fala catalão fluentemente) deu-lhe também uma rede de apoio de donas-de-casa de meia-idade, algumas das quais lhe têm proporcionado um lugar para viver sempre que ele muda de casa.

Vive actualmente numa quinta numa aldeia do Norte de Espanha, onde escreve para uma série de blogues, entre eles A Fistful of Euros, Global Economy Matters, além de outros específicos sobre determinados países, que se centram na economia do Japão, da Hungria, da Letónia e da Grécia. Contudo, mais que qualquer outra coisa, lê e reflecte.

"Na Idade Média, a curiosidade excessiva era considerada um pecado", diz ele com mais uma gargalhada. "No entanto, com a internet, acho que posso fazer o que quiser. Tenho a impressão que posso de facto fazer alguma coisa útil."

Exclusivo i/The New York Times
http://www.ionline.pt

Passos de coelho

Pouco pão e muito circo

A chamada “Legislação Laboral Especial” proposta por Passos Coelho visa alargar para três e quatro anos a duração dos contratos a prazo, que hoje vão de 18 meses a dois anos, e permitir renovações ilimitadas desta deste tipo de precariedade laboral.

Claro que o PSD diz que seria temporário, até 2013, 2014 (pelos vistos acreditam mesmo que a crise terminará por aí). O “raciocínio” que subjaz a esta medida é uma completa distorção. As actuais dificuldades das empresas não se resolvem precarizando (mais ainda?) o mercado de trabalho, mas antes com incentivos ao emprego, com crescimento. Como, aliás, o passado demonstra. E propostas nesse sentido, o PSD tem zero. Adiante.

Para que os empresários não receiem “arriscar na criação de postos de trabalho”, o PSD pretende que os trabalhadores fiquem com o risco, como se a actual legislação fosse responsável pela crise e contribuindo para agravar as condições de trabalho, fragilizando e desequilibrando ainda mais as relações laborais.

E como a direita portuguesa passa o tempo a criticar o Estado mas não sabe viver sem ele, género “Bem prega Frei Tomás”, o PSD quer que sejam os cofres públicos a pagar os salários devidos pelas empresas, permitindo a acumulação parcial do valor do subsídio de desemprego com o salário quando este lhe é inferior. Que liberais.

Publicada por joana amaral dias

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Obras


Obras em casa, confusão e poeira, levou este humilde site a ficar em stand by durante uns dias.

A Loja està de novo em serviço.
zézen.

domingo, 13 de junho de 2010

Pica pica

Estudar Medicina fora do País

Acabo de ler que estão cerca de 1000 estudantes a estudar medicina fora de Portugal e que, juntando a República Checa, o segundo país com mais estudantes portugueses e, depois os restantes onde portugueses estudam medicina, se atinge o número 2500 que é só duas vezes e meia os que estudam em Portugal. Isto tudo por um numerus clausulus que ninguém compreende excepto a corporação Ordem dos médicos.

Depois faltam os médicos pelo país todo. E vêm muitos de todos os lados.

Eu não sou contra esta permutação. Até achava altamente positivo se as razões fossem naturais com base em acordos, porque a troca de saber é sempre muito positiva.

A questão é que isto tem na origem e já há muitos anos um erro de base em que todos perdem. Perde o País porque gasta muito mais na formação dos médicos. Perdem as famílias porque têm a mais um dispéndio financeiro para que os filhos estudem. Perde o SNS porque não tem médicos suficientes e presta assim um serviço insuficiente e perde o doente porque tem uma medicina de pior qualidade

Se este problema está diagnosticado e é claro o erro, porque não se o resolve?

Este problema não é de agora. Atravessou muitos governos, incluindo os de Cavaco Silva. Teve 10 anos no governo e saúde e justiça é o que se vê.

Tudo seria fácil se ao longo dos anos se algum ministro da saúde tivesse mesmo defrontado os loby's que os há e que impedem por interesses próprios que esta situação se resolva calmamente e é certo para bem de todos.
Etiquetas: Falta de médicos, formação no exterior

by Joao Abel de Freitas
http://puxapalavra.blogspot.com/

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Rendimento màximo garantido


Mais uma golpada -
Jorge Viegas Vasconcelos despediu-se da ERSE
É uma golpada com muita classe, e os golpeados somos nós....

Enquanto se faz o discurso do "SACRIFÍCIO PARA TIRAR PORTUGAL DO ABISMO" continua o fartar de vilanagem.

ATÉ QUANDO OS PORTUGUESES VÃO DEIXAR CLAREAR ESTAS SITUAÇÕES !!!


Era uma vez um senhor chamado Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve.

Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios.

Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego.

Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?».
E eu respondo: «Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!».

E você volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais 2.400contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?».

Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos».

Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE forem mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.

Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais
vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos.

Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes.

Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um
desenfreado, e abusivo desavergonhado abocanhar do erário público. Mas, voltemos à nossa história.

O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia, sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo.

Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético.

E pergunta você, que não é burro: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?». Parece que não.

A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço.

Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE? Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará tão pesada canga? E tão descarado gozo? Politicas à parte estou em crer que perante esta e outras, só falta mesmo manifestarmos a nossa total indignação.

VIVA A REPUBLICA DAS BANANAS !!!
http://www.g-sat.net

Donos do descontentamento

Capitalizar o descontentamento

Em vésperas de manifestação da CGTP em Lisboa, não custa pensar em duas situações. Em primeiro lugar, é raro ver acções de sindicatos ligados à CGTP em separado. Como foi recentemente a greve dos operadores dos transportes públicos e dos funcionários dos CTT, que ocorreram em dias seguidos. O impato na nossa vida coletiva, convenhamos, é maior quando tais acções são feitas em curtos espaços de tempo.

Tal como este exemplo recente, muitos poderiam ser encontrados ao longo das últimas décadas. Em segundo lugar, só ingenuamente se poderia pensar que tal nada teria a ver com a moção de censura ao Governo apresentada 10 dias antes pelo PCP, que foi previsivelmente chumbada, mas que serviu de mote para prometer ao Governo que a luta que se perdeu no Parlamento teria expressão na rua.

Numa altura de crise como a que vivemos, há terreno fértil para que quem tem mais influência no mundo sindical acabe por tentar partido disso.

Infelizmente, aquilo que deveria ser uma legítima expressão de descontentamento dos trabalhadores soa a grande manobra do PCP para capitalizar esse mesmo descontentamento. O que é pena.

http://aleidemurphy.blogspot.com/

Jorge Palma

Deixa-me rir

«Não há contra-sensos porque eu sou, em primeiro lugar por Portugal, e luto por Portugal em todas as ocasiões e oportunidades. Se eu sou por natureza monárquico, considero que isso é um assunto de segundo plano», disse José Pinto Coelho.

Mozart - Flauta màgica-

Sobe e desce

Eles andem aì

Contas de sumir


Porque se justifica o pedido de desculpas de Olli Rehn

É sabido que Olli Rehn voltou atrás nas declarações em que metia no mesmo saco Portugal e a Espanha a propósito do sistema de pensões.

Vale a pena fazer uma comparação dos gastos com pensões de Portugal e da Espanha em 2010 e a sua projecção para 2060. Uma vez que a Espanha ainda não fez uma reforma da segurança social, os seus gastos passarão dos 8,9% do PIB actuais para 15,1 (uma subida de 6,2 p.p./70%), enquanto as despesas de Portugal aumentarão de 11,9% para 13,4% (uma subida de 1,5 p.p./12,6%).

Aliás, observando o gráfico, verifica-se que Portugal é dos países da União Europeia que menos vê crescer as despesas com pensões.

http://corporacoes.blogspot.com/

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Màrio Viegas ?

A poesia e a cultura não serão as mesmas desde que apareceu Shunnoz Fiel dos Santos. Ou já são?


Publicado por: João Tunes
http://viasfacto.blogspot.com

Paul Gauguin

Piolhos verdes



Aveiro – do congresso republicano ao regresso salazarista

«Mais de 1200 crianças de escolas e jardins-de-infância de Aveiro reviveram hoje os últimos cem anos da história de Portugal, desde a monarquia até à actualidade, numa iniciativa integrada nas comemorações do centenário da República».

Desconheço as intenções do autarca de Aveiro e dos responsáveis pelo Agrupamento de Escolas que, para comemorarem o centenário da república, recuperam os trajes fascistas para exibirem 50 crianças vestidas de palhaços perante 1200 colegas.

Podia ser boa a ideia que os levasse ao Inferno ou pedagógica a farsa se fosse explicada devidamente. O que não pode é recuperar a simbologia fascista a pretexto de uma data de grande valor simbólico que o fascismo se encarregou de denegrir.

Com a quantidade de primatas que brotam do poder autárquico e dos meios académicos só nos resta pedir contas da iniciativa e perguntar aos organizadores quais eram as suas intenções.

A velhacaria reaccionária não pode ser consentida. A estátua e o museu Salazar são uma aspiração do pobre presidente da Câmara de Santa Comba Dão cuja indigência política é uma referência nas alfurjas do salazarismo bolorento.

Na cidade onde se realizou o Congresso Republicano não há lugar para farsas destas sem que o ministério da Educação quebre o silêncio.

posted by Carlos Esperança
http://ponteeuropa.blogspot.com/

Estoril Cascais



Monstro... e companhia

O Estoril Sol Residence, que substituiu o hotel, deverá ficar pronto este mês. Mas a polémica de trocar um colosso por outro está para durar. VEJA AS FOTOS aqui:

http://clix.visao.pt/monstro-e-companhia=f561797

Nota de rodazé: Monstros e murcões

terça-feira, 8 de junho de 2010

São €uros senhor, são €uros


David Cameron diz que os britânicos vão piorar de vida durante os próximos anos

David Cameron atribuiu esta nova conjuntura ao facto de as finanças públicas do país, nomeadamente o défice do Estado (que roça os 11 por cento do PIB), estarem piores do que tinha sido estimado, e disse que durante o anterior Governo o país “viveu acima das suas possibilidades”.

Além do défice, Cameron enfatizou, citado pela imprensa internacional, o crescente peso dos juros da “desconcertante” dívida publica, que ameaçam asfixiar as contas nacionais se não forem controlados. Está agora nos 42 mil milhões de libras anuais e poderá chegar aos 70 mil milhões (cerca de 85 mil milhões de euros) dentro de cinco anos.

O primeiro-ministro fez estas declarações num discurso na Open University, onde disse que este último valor resultava ainda de cálculos do anterior Governo.

“Deixem-me explicar o que isto significa”, disse, citado no site do diário britânico The Guardian. “Hoje gastamos mais nos juros da dívida do que nas escolas em Inglaterra. Mas 70 mil milhões significam gastar mais em juros da dívida do que aquilo que actualmente gastamos a gerir as escolas inglesas, mais as alterações climáticas, mais transportes. Pagamentos de juros de 70 mil milhões significam que por cada libra de imposto que paguem, dez pence serão gastos em juros.”

Por outro lado, evocou a situação da Grécia para alertar dos riscos que o país corre. “A Grécia permanece como uma advertência para o que acontece aos países que perdem credibilidade, ou cujos governos fingem que as decisões difíceis podem ser evitadas”, disse ainda, citado pelo espanho El País.

Este discurso acontece duas semanas antes da prevista apresentação ao país do orçamento de emergência no dia 22 deste mês, que tinha sido anunciado em meados do mês passado. Nessa altura, soube-se também que o anterior secretário de Estado das Finanças deixou ao novo uma lacónica frase, com uma única mensagem: “Caro Secretário, lamento informá-lo que já não há dinheiro.”

http://economia.publico.pt

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Nuclear



Para sensibilizar os suíços contra os perigos do nuclear, Greenpeace organizou anteontem em Zurique o espectacular flashmob que o vídeo mostra.
http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.com/

Tigres de espuma


A espuma dos dias

Ontem quando vinha para casa ouvi no rádio um locutor anunciar, com grande frenesim, que os heróis-nacionais tinham acabado de sair de um lado qualquer e se dirigiam para o aeroporto onde rumariam a terras de África para cumprir os desígnios da Nação.

Lembrei-me de imediato de outros heróis a embarcar, independentemente da justiça da guerra para onde partiam, primeiro na Rocha de Conde d’Óbidos e depois na Portela, a caminho dos desígnios nacionais de então. Lembrei-me de que muito deles não voltaram ou retornaram em caixas, de outros que ainda hoje sofrem de mazelas físicas e morais e de que à partida, em vez de cornetas barulhentas, tinham pais, mulheres e filhos com lágrimas nos olhos e lenços brancos nas mãos.

Comparo a heroicidade de quem o fazia porque acreditava ou a isso era obrigado, em nome de uma Nação, em sacrifício de um futuro, em troca de um miserável pré e da farda militar e as fardas larócas com que estes novos heróis-milionários se enfeitam para um sucesso que se lhes deseja, mas que não lhes trará consequências em caso de falhanço.

E irrito-me por ter de ouvir a baboseira de um qualquer locutor apelar à histeria e chamar, num posto de rádio, heróis-nacionais a um bando de artistas-mercenários.
LNT
http://barbearialnt.blogspot.com/

Astor Piazzolla - Libertango

domingo, 6 de junho de 2010

sábado, 5 de junho de 2010

No comment

St. ana "o pròdigo"


Cavaco e a alegada candidatura de direita

Só o rancor político de Santana, o desabafo beato do patriarca Policarpo e um golpe de mestre dos cavaquistas se podiam ter conjugado para inventarem a possibilidade de uma candidatura à direita de Cavaco.

Ninguém imagina à direita do candidato de Boliqueime espaço para uma agulha. Não está só encostado, está colado. Já coleccionou dois Papas, muitas missas e a presidência da comissão de honra da canonização de Nuno Álvares Pereira, comissão que aprovou simbolicamente o milagre da cura do olho esquerdo de D. Guilhermina de Jesus queimado com salpicos ferventes de óleo de fritar peixe.

O candidato Cavaco gravou para a posteridade o eco pontifício da repetição dos nomes dos netos, o espectáculo de toda a família a beijar o anel do regedor do Vaticano e a sua presença nos actos litúrgicos do peregrino Ratzinger.

Cavaco não é apenas um homem de direita, é um reaccionário que reage mal às decisões dos outros órgãos de soberania e que encontra sempre as palavras mais adequadas para dizer as coisas da forma mais errada, seja a pretensa justificação da infeliz golpada das escutas ou o álibi para promulgar a lei do casamento de pessoas do mesmo sexo.

À direita de Cavaco não existe nada. Nem um desejo mais veemente de substituir o PS pelo PSD ainda que com o enfado de não ser por quem preferia.

Depois de a esquerda, certa esquerda, ter ajudado a empurrar o eleitorado para a direita do PS só lhe interessa gerir os passos para continuar a ocupar o palácio de Belém donde sonha exercer o poder executivo por interposta pessoa do PSD.

Com este golpe, onde aproveitaram para enaltecer figuras tão medíocres como Bagão Félix ou Pires de Lima, os estrategos da direita fingiram que Cavaco seria um homem do centro. Bem jogado.

posted by Carlos Esperança
http://ponteeuropa.blogspot.com/

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Paolo Conte - Via con me

Moçambique


Noémia, Bucuane, Rangel, Balamanja, M’Boa, Malangatana, Mulenza, Nogar, Manganhela e Mabote

O livro (*) em que se salvaguarda a memória de dez nacionalistas moçambicanos (Noémia, Bucuane, Rangel, Balamanja, M’Boa, Malangatana, Mulenza, Nogar, Manganhela e Mabote) tem desde logo o mérito de compensar as óbvias carências que naquele país africano existem para o registo histórico e se prestar o devido preito aos que sofreram na carne o ódio colonial. Através dele, encontramo-nos com diversos personagens – artistas, poetas, religiosos, militantes e guerrilheiros – a contas com uma repressão selvática com que o regime colonial e o seu braço repressivo (a PIDE) respondiam aos anseios autonomistas, mesmo a "mais suave".

As imagens das brutalidades a que foram sujeitos, a forma sinistra como o aparelho repressivo colonial triturava o assomo de dignidade, dão uma face que não pode ser esquecida, nesta época de negacionismo face ao colonialismo e à descolonização, que vai até ao assomo de se pretender tingir de patriotismo vero as iníquas guerras coloniais, da forma como o colonialismo português, até cair sob a mira das armas dos que o regime fardou para ser o seu braço armado em África, usou a brutalidade mais cruel e sanguinária para impossibilitar “outra descolonização” que não a verificada, a que assentou na vitória dos movimentos guerrilheiros nacionalistas com os dramas que lhe estiveram associados.

Na altura, as carpideiras que depois choraram a descolonização, não levantaram a voz, não deram um grito, não imprimiram um panfleto, para dizerem basta aos crimes da PIDE e do colonialismo, não agarraram um braço assassino antes de consumarem os seus crimes contra os povos africanos, não exigiram negociações e acordos, nem direitos e dignidade. Essa “pátria” dormia então o sono da cumplicidade com a ordem estabelecida.

E hoje é essa mesma “pátria” que muito chora porque nenhuma opressão é eterna. Guardaram tantas lágrimas justas e então necessárias que hoje choram como crocodilos em cima da amnésia que se foi construindo. Mas não passam de gente pequena ao pé de Noémia, Bucuane, Rangel, Balamanja, M’Boa, Malangatana, Mulenza, Nogar, Manganhela e Mabote.

(*) – “Nacionalistas de Moçambique”, Dalila Cabrita Mateus e Álvaro Mateus, Edições Texto.

por João Tunes
http://viasfacto.blogspot.com/2010/06/noemia-bucuane-rangel-balamanja-mboa.html

Cavacas

Modernices & engenhêros

FACEBOOKA-ME

Facebooka-me Rede social, assim lhe chamam as pessoas. O facebook está cheio de gente, pessoas excitadíssimas, doidas por comunicar. Por partilhar ideias, informação, objectivos. Chamam-se "utilizadores" a si mesmos, este imenso e febril pagode, universal e incoerente.

Pretendem, entre outras coisas, banalizar ou mesmo fazer desaparecer a palavra "amigo" - um conceito ultrapassado e completamente fora de moda. Pretendem dar-se a conhecer, fazer qualquer coisa mais ou menos parecida com aquilo a que em tempos se chamava, precisamente, "amizade".

Que se tratava de uma maçada, de um atavismo, uma antiguidade que não tem lugar nem cabimento nas actuais sociedades nem pode fazer parte de um modo de estar e de proceder de quem se quer moderno. Decente. Clean.Pode parecer mais ou menos parecido com o tal arcaísmo mas é afinal diferente.

É moderno, eficaz e súbito, não há tempo a perder neste tempo glorioso que atravessamos, em termos de comunicação, em termos de todos estarmos à beirinha de pensarmos todos o mesmo sobre tudo e tudo sobre o mesmo. No que alguns mal intencionados vêm apenas uma intenção oculta dos poderes que regem o mundo.

Um disparate, um delírio, uma imaginação doentia.Antigamente, antes deste maravilhoso e moderno meio de comunicação, as pessoas davam-se ao trabalho (imagine-se) de se conhecerem, de se irem conhecendo, de frequentarem ideias e convívios, fisicamente próximos (uma promiscuidade) de terem de escolher, ao longo do tempo, muitas vezes por entre adolescências e aprendizagens, quem lhes parecia ser os amigos, as pessoas que viriam a fazer parte da suas vidas por tempo indeterminado, uma escolha sinuosa, cansativa, fosse qual fosse esse tempo e as condições de vida de cada um.Um autêntico disparate.

Uma perda incomensurável de tempo, uma coisa arrastativa, uma pasmaceira social. Desatractiva, lenta, trabalhosa, uma coisa que obrigava a pensar, a reflectir e a julgar. Uma chatice. Felizmente que a tecnologia, aliada a um novo e moderno conceito, a um novo modo simples de estar e de pensar (aliás pensar o menos possível é óptimo, poupam-se incómodos e neurónios) felizmente que trouxe mais valias, mais tempos livres, tempos esses melhor aproveitados, melhor optimizados, como se diz modernamente.

Em que basta uma pessoa inscrever-se naquela coisa maravilhosa, o facebook, para logo dispor de dezenas, centenas, milhares (ou mesmo dezenas de milhar) de amigos, compinchas, pessoas que não vemos nem cheiramos (uma vantagem adicional, esta) e que se nos fartam de comunicar, aduzir, celebrar, propor.

Em suma - e esta é a realidade, a virtude, a vantagem, o maravilhoso de tudo isto - aquilo que dantes dava trabalho e levava tempo, pressupunha sentimentos, emoção, sensibilidade (tudo coisas exaustivas a mais não poder) consegue-se agora com uma facilidade e uma rapidez inequívocas, não custa nada, é só chegar, clicar e já está: fazem-se amigos. Compinchas. Facebookistas.E desfazem-se também, com a mesma facilidade e rapidez.

Foi justamente inventado o termo "desamigar", não sei se já conhecem, que corresponde assim como que a uma espécie de desistência, de mudança para outro ou para outrens. Uma simplicidade.

Ao contrário do que alguns autistas, antiquados e apressados cronistas sugerem - que tudo isto é fruto de uma solidão completa e de toda uma forma de estar e de viver, uma razão, enfim, para as pessoas se procurarem desesperadamente por alguma proximidade ou partilha - bem pelo contrário, com tais frutuosas e modernas formas e manifestaçãos de proximidade virtual, foi afinal banida para sempre, de uma maneira limpa, clara e asséptica, essa antiquada e já ultrapassada expressão - a solidão.

Artigo escrito por Carlos Reis
http://aeiou.visao.pt/facebooka-me=f560866

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Miró - Sol Vermelho

Rosa Coutinho


Almirante Rosa Coutinho fica, merecidamente, na História da Revolução Portuguesa, como um dos militares do MFA de maior vulto. Militar distinto, revolucionário lúcido e corajoso, a ele muito devem os portugueses que se orgulham do levantamento militar dos capitães de Abril e da revolução popular que se seguiu e pôs fim a meio século de ditadura.

Rosa Coutinho integrou desde logo a Junta de Salvação Nacional presidida pelo Gen Spínola não por ser um dos seus preferidos mas por indicação dos oficiais da Armada envolvidos na preparação da revolta militar que nele reconheciam o militar prestigiado, corajoso e inteligente para levar de vencida o regime salazarista e os que, como Spínola e outros generais da Junta de Salvação Nacional, pretendiam que ela caísse sim... mas num colchão de penas.

Foi um defensor sem tergiversações, desde a primeira hora, da independência das colónias portuguesas na Junta de Salvação Nacional, como presidente da Junta Governativa de Angola e no Conselho da Revolução. Tive a oportunidade e o privilégio de algumas vezes com ele conversar e discutir acerca da revolução e da descolonização. Era uma pessoa sempre pronta a encontrar o lado optimista mesmo nas situações mais complicadas e a contemplar-nos com o seu riso franco e fino humor.

Foi muito controverso e isso - em tempo de revolução e de grandes mudanças - é também uma prova da sua grandeza.

# posted by Raimundo Narciso
http://puxapalavra.blogspot.com/

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Nota de rodazé: Fica-me a imagem de uma conversa muito amigavel na companhia de um bom prato e vinho português, num particular local de bruxelas.

Sinceras condolências à famìlia e... Aquele Abraço.
zézen

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Russell


C O M U N I C A D O
Comunicado da CNA-TRP de 31 de Maio de 2010

A Comissão Nacional de Apoio do Tribunal Russell sobre a Palestina vem por este meio exprimir o seu profundo choque e protesto pela agressão da marinha israelita esta manhã contra a flotilha de barcos vindo de Europa em direcção à Gaza com ajuda humanitária.

O recurso à violência por parte do Estado de Israel contra este conjunto de activistas pelos direitos humanos em Gaza reforça o seu bloqueio ilegal de Gaza e acrescenta mais um crime ao longo rol de infracções do direito internacional cometidas por este Estado contra o povo palestiniano.

Fazemos nossas as palavras da Alta Comissária da União Europeia e apelamos a um inquérito rigoroso sobre as circunstâncias desta agressão militar em águas internacionais e uma abertura imediata, sustentada e sem condições de ajuda humanitária, de bens comerciais e de pessoas para e de Gaza.
A Direcção

posted by Carlos Esperança
http://ponteeuropa.blogspot.com/

Claire & Net

Manitas d'Africa

Calendàrio africano


Para os que sofrem da bola, aqui fica a ferramenta informativa.

http://www.marca.com/deporte/futbol/mundial/sudafrica-2010/calendario.html

terça-feira, 1 de junho de 2010

Nobre & Alegre

Boa A G enda



Pirataria no Mediterrâneo

A escrita para pôr em dia é muita. Sobre o país e o planeta - e nos ultimos dias atravessei-o em varios sentidos, de Bruxelas a Washington, passando por Lisboa a caminho de Riga, descendo a Kampala, onde me acho agora. Mas não vou ainda poder escrever sobre o Tribunal Penal Internacional, que me traz ao Uganda.

Impossível não começar e acabar, hoje, pelo Mediterrâneo: o acto de pirataria cometido por Israel em águas internacionais contra a flotilha de navios turcos que transportava ajuda humanitaria para Gaza abre os noticiarios e provoca manifestações de indignação em todas as latitudes.

Eu não fiquei propriamente surpreendida pela abordagem brutal israelita (recordo as imagens escalavradas de outros navios que Israel impediu de chegar às praias de Gaza), mas esperava uma calibragem mais inteligente em reacção à provocação que a flotilha representava - uma provocação justificável face a essa outra provocação à comunidade internacional que resulta do bloqueio israelita a Gaza (e ainda na semana passada Israel tentou estupidamente impedir uma delegação do PE de se deslocar a Gaza, forçando-a a entrar pelo Egipto).

Evidentemente que partilho a indignação e a condenação geral.

1. Pelos mortos - a esta hora já vão em 19 - e pelos feridos.

2. Pelos palestinianos - o bloqueio que Israel impõe a Gaza não é só desumano, ilegal e uma afronta às Nações Unidas, logo a todos nós: acaba por ser fuel da radicalização do Hamas e "desculpa" para a tirania deste em Gaza.

3. E também pelos israelitas - que parecem condenados a unir inimigos e alienar velhos aliados (agora os turcos, há semanas a Administração Obama), ficando com a sua segurança comprometida e a imagem do seu país deslegitimada pela vertigem machista dos politicos de extrema-direita que puseram no poder.

Publicado por Ana Gomes
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Maximo Oriente

Nova crise no Médio Oriente...

Forças armadas israelitas atacaram - em águas internacionais como já reconheceu Netanyahu - um comboio naval humanitário que se dirigia para Gaza, integrando 750 pessoas.

A violência desmesurada de mais este ataque provocou a indignação do Mundo e causou pelo menos 10 mortes e algumas dezenas de feridos.

Em conferência de imprensa - realizada na sequência deste grave incidente - o governo de Telaviv reconheceu que existe um efectivo bloqueio a Gaza, justificado pela "segurança de Israel".

Até quando a "segurança de Israel" servirá para justificar desproporcionadas acções belicistas das forças armadas israelitas?

Hoje, para deliberar sobre este assunto reune-se, de emergência, o Conselho de Segurança da ONU.

Entretanto, as autoridades israelitas, promoveram no local de acolhimento do destroçado comboio humanitário, um "black out" informativo...

Pergunta: Israel está acima do Direito Internacional e fora do alcance das resoluções do CS da ONU?

posted by e-pá!
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Ondas perigosas


Turquia leva ataque israelita a barco, à ONU e à NATO.

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