segunda-feira, 31 de maio de 2010

Serge Reggiani - Ma Liberte

Petas & tretas


A campanha

Não havia semana em que Pacheco não se atirasse à Lusa. Outros também o fizeram. Tanto insistiram que eu me convenci que a Lusa era, de facto, uma correia de transmissão do Governo.

Afinal, lê-se no Sol que Rui Baptista saiu de editor da secção de política (sim, de política) da Lusa para se tornar assessor de imprensa de Passos Coelho. Há aqui qualquer coisa que não bate certo, não é, Dr. Pacheco?

posted by Miguel Abrantes
http://corporacoes.blogspot.com/

Alegre & contente


Comissão Nacional do PS aprova apoio a Manuel Alegre

Comissão Nacional aprovou por larga maioria apoio à candidatura presidencial de Manuel Alegre, sob proposta do Secretário-Geral, José Sócrates. Francisco Assis comunicou a decisão aos jornalistas, frisando tratar-se de uma candidatura independente, perante a qual o PS tomou “uma posição clara, consciente e por ampla maioria”. No final da reunião, José Sócrates considerou que "a candidatura de Manuel Alegre honra o país".

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Nota de Rodazé: Là vou ter que engolir um sapo.
A partir de hoje vou defender a candidatura de Manuel Alegre.

domingo, 30 de maio de 2010

Recortes



http://sol.sapo.pt
http://www.dre.pt

Que assim seja

CGTP aponta para 300 mil manifestantes em Lisboa
Económico
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A CGTP convocou os trabalhadores de todo o país para a manifestação desta tarde, que pode ter sido um dos maiores protestos de sempre.

A CGTP estima que cerca de 300 mil pessoas tenham marcado presença na manifestação nacional de hoje, em Lisboa.

Os números foram revelados pelo secretário-geral da central sindical, mas ainda não foram confirmados pelas forças de segurança.

A marcha de protesto contra as medidas de austeridade do Governo começou no Marquês do Pombal, pelas 16h00, em direcção à Praça dos Restauradores, com milhares de pessoas vindas de todo o país a responderem ao apelo da CGTP.

No início da sua intervenção, Carvalho da Silva, líder da central sindical, exigiu a revogação das medidas de austeridade acordadas entre PS e PSD, que atingem os trabalhadores.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que também esteve presente, considerou que a adesão à manifestação convocada pela CGTP mostra ao Governo que os portugueses estão dispostos a lutar pelos seus direitos.

Com bandeiras e faixas em punho, os manifestantes protestaram, em Lisboa, contra a actual situação do país.

O desemprego, o aumento dos impostos, a descida dos salários e o PEC foram os principais "alvos" dos portugueses que participaram no protesto.

"Estou aqui porque acredito que podemos mudar alguma coisa", disse uma manifestante à agência Lusa.

Carvalho da Silva tinha estimado, esta sexta-feira, que iriam participar no protesto "muitos milhares de trabalhadores", tornando a manifestação numa "das maiores de sempre".

Só o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) fretou 100 autocarros para transportar os seus associados que integraram a manifestação.

Sobre o próximo passo da luta - a greve geral - Carvalho da Silva disse ao Diário Económico que "nenhuma acção de luta é de excluir".

A CGTP já reuniu o apoio do líder do PCP, Jerónimo de Sousa, para avançar com uma greve geral. A intersindical também já se encontrou com o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, para falar sobre o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC). Porém, o social-democrata já considerou que um cenário de greve geral só contribuirá para "avolumar" os problemas do país.

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Nota de Rodazé:
Pode não ser o melhor momento para a economia do paìs mas, alguém tem de romper esta sacro santa politica de direita.
Que assim seja.

opus & dei

Bagão Félix
Candidato à direita pode ameaçar reeleição de Cavaco
Económico
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Um novo candidato à direita nas próximas eleições presidenciais pode levar a uma segunda volta e colocar em perigo a reeleição de Cavaco Silva. Quem o diz é Bagão Félix.

"No actual contexto, mesmo com algum desconforto que admito que algumas pessoas possam sentir, temos de ter consciência que uma candidatura na mesma área pode - pelo menos há alguma previsibilidade nesse sentido - originar uma segunda volta e numa segunda volta tudo é possível", afirmou Bagão Félix à agência Lusa.

"Além de provavelmente não ter condições para ganhar (...) poderia ter sempre o ónus que recairia sobre essa candidatura de poder fazer perigar a vitória do actual Presidente da República e isso parece-me negativo", acrescentou.

A imprensa de hoje diz que a direita anda à procura de uma alternativa a Cavaco Silva e que Bagão Félix foi sondado para ser candidato nas próximas presidenciais.

De mao a piao

A caminho da Hungria

A sondagem do Diário Económico, que «dá» o PSD a caminho da maioria absoluta, e o PS a quedar-se nos 28%, leva-me a relembrar o que aqui escrevi sobre as últimas eleições na Hungria que deram uma vitória estrondosa à direita depois das medidas do FMI terem sido aplicadas com «coragem» por um governo socialista.Qual será então a recompensa para esses políticos tão bravos?

Publicada por josé medeiros ferreira
http://cortex-frontal.blogspot.com/

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Maria Teresa de Noronha

Pros & contrariados

Sobre as poupanças jogadas na bolsa

No Prós & Contras de ontem finalmente alguém falou sobre essa sangria das nossas pensões e das nossas poupanças que são jogadas na bolsa sem a sua ou a minha autorização. João Proença aflorou o assunto, o registo foi muito superficial, mas António Saraiva da CIP acusou o toque.

Ele está ao corrente das quantias avultadas que estão a ser derretidas nas bolsas de Nova Iorque e de Londres, com esperança de um retorno fácil, retorno esse que ninguém garante. Há uma espécie de tabu, um receio do sector financeiro e empresarial em debater esta realidade. Seria tempo de debater a utilidade efectiva destes investimentos nas bolsas anglo-saxónicas, sobre a fantasia do seu retorno económico e sobre a efectiva criação de riqueza e de postos de trabalho inclusivamente nos países onde estes investimentos são realizados.

Seria tempo de debater se não seria apropriado limitar e impor regras ao dinheiro que se escoa para Londres e Nova Iorque.

No debate, António Saraiva prestou-se ao papel de guarda-costas do sector financeiro, foi-se defendendo dizendo que os erros e as fraudes da banca não são generalizados e que devem ser combatidos caso a caso. O problema é que as fraudes e os erros têm vindo das maiores empresas financeiras do mundo, empresas essas cujos orçamentos são comparáveis aos de alguns países. Sempre que essas empresas vão à falência por processos fraudulentos e/ou por erros de gestão produzem milhares de desempregados e milhares de pobres.

Foi assim desde a falência da Lincoln Savings em 1989 até à falência da Lehman Brothers em 2008.

Ainda se falou de regulação no debate. O essencial do combate à crise deveria estar no reforço da regulação, na moralização da economia e em acabar com a má matemática que se instalou nas praças financeiras e nas faculdades de economia mais prestigiadas. Mas esse é um tema que não interessa a quem anda viciado na bolsa, a quem está habituado ao lucro fácil e a quem quer manter mordomias principescas.

Para esses todos os argumentos são válidos para que seja o contribuinte a pagar a crise.
Publicado por Comentadores
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Tintin na Europa

Praça de tàxis

· Despacho n.º 8346/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita à empresa Deloitte & Touche, Lda., António José Oliveira Figueira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8347/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita à Associação dos Bombeiros Voluntários de Colares Rui Manuel Alves Pereira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8348/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita ao Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços Vítor Manuel Gomes Martins Marques Ferreira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8349/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Augusto Lopes de Andrade para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8350/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Requisita à empresa Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A.,Arnaldo de Oliveira Ferreira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8351/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o assistente operacional Jorge Martins Morais da Secretaria-Geral do Ministério da Cultura, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8352/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o assistente operacional Jorge Orlando Duarte Vouga do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I. P., para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8353/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Jorge Henrique dos Santos Teixeira da Cunha para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8354/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa a agente principal da Polícia de Segurança Pública Liliana de Brito para exercer funções de apoio administrativo no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8355/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública José Duarte Barroca Delgado para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8356/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Manuel Benjamim Pereira Martinho para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8357/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Horácio Paulo Pereira Fernandes para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8358/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18
Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral
Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Custódio Brissos Pinto para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

Daniel Cohn-Bendit sobre a Grécia.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Austero & Comp.


Stiglitz : "A austeridade conduz ao Desastre"
Entrevista de Joseph Stiglitz a Le Monde 23.5.10

"Le professeur Joseph E. Stiglitz, chercheur associé à l'OFCE, Prix Nobel d'économie.
Joseph Stiglitz, 67 ans, Prix Nobel d'économie en 2001, ex-conseiller économique du président Bill Clinton (1995-1997) et ex-chef économiste de la Banque mondiale (1997-2000), est connu pour ses positions critiques sur les grandes institutions financières internationales, la pensée unique sur la mondialisation et le monétarisme. Il livre au Monde son analyse de la crise de l'euro." (AFP/PIERRE VERDY)
*****
A austeridade - a receita dos PEC's da UE que aqui já sofremos - conduz ao DESASTRE! (Mas não a todos. É só para a grande maioria. Os seus causadores (e mais alguns) vão enriquecer mais.
*****

Vous avez récemment dit que l'euro n'avait pas d'avenir sans réforme majeure. Qu'entendez-vous par là ?

L'Europe va dans la mauvaise direction. En adoptant la monnaie unique, les pays membres de la zone euro ont renoncé à deux instruments de politique économique : le taux de change et les taux d'intérêt. Il fallait donc trouver autre chose qui leur permette de s'adapter à la conjoncture si nécessaire. D'autant que Bruxelles n'a pas été assez loin en matière de régulation des marchés, jugeant que ces derniers étaient omnipotents. Mais l'Union européenne (UE) n'a rien prévu dans ce sens.

Et aujourd'hui, elle veut un plan coordonné d'austérité. Si elle continue dans cette voie-là, elle court au désastre. Nous savons, depuis la Grande Dépression des années 1930, que ce n'est pas ce qu'il faut faire.

Que devrait faire l'Europe ?

Il y a plusieurs possibilités. Elle pourrait par exemple créer un fonds de solidarité pour la stabilité, comme elle a créé un fonds de solidarité pour les nouveaux entrants. Ce fonds, qui serait alimenté dans des temps économiques plus cléments, permettrait d'aider les pays qui ont des problèmes quand ceux-ci surgissent.

L'Europe a besoin de solidarité, d'empathie. Pas d'une austérité qui va faire bondir le chômage et amener la dépression. Aux Etats-Unis, quand un Etat est en difficulté, tous les autres se sentent concernés. Nous sommes tous dans le même bateau. C'est d'abord et avant tout le manque de solidarité qui menace la viabilité du projet européen.

Vous prônez une sorte de fédéralisme ?

Oui. De cohésion. Le problème, c'est que les Etats membres de l'UE n'ont pas tous les mêmes croyances en termes de théorie économique. Nicolas Sarkozy a eu raison de faire pression sur (la chancelière allemande) Angela Merkel pour la forcer à payer pour la Grèce. Nombreux sont ceux qui, en Allemagne, s'en remettent totalement aux marchés. Dans leur logique, les pays qui vont mal sont responsables et doivent donc se débrouiller.

Ce n'est pas le cas ?

Non. Le déficit structurel grec est inférieur à 4 %. Bien sûr, le gouvernement précédent, aidé par Goldman Sachs, a sa part de responsabilité. Mais c'est d'abord et avant tout la crise mondiale, la conjoncture, qui a provoqué cette situation.

Quant à l'Espagne, elle était excédentaire avant la crise et ne peut être accusée d'avoir manqué de discipline. Bien sûr, l'Espagne aurait dû être plus prudente et empêcher la formation de la bulle immobilière. Mais, en quelque sorte, c'est l'euro qui a permis ça, en lui procurant des taux d'intérêt plus bas que ceux auxquels Madrid aurait eu accès sans la monnaie unique. Aujourd'hui, ces pays ne s'en sortiront que si la croissance européenne revient. C'est pour cela qu'il faut soutenir l'économie en investissant et non en la bridant par des plans de rigueur.
La baisse de l'euro serait donc une bonne chose ?

C'est la meilleure chose qui puisse arriver à l'Europe. C'est à la France, et plus encore à l'Allemagne qu'elle profitera le plus. Mais la Grèce et l'Espagne, pour qui le tourisme est une source de revenus importante, en seront également bénéficiaires.
Mme Merkel, pourtant, sait que la solidarité peut être importante. Sans cela, il n'y aurait pas eu de réunification allemande.


Oui. Mais, justement, il a fallu plus de dix ans à l'Allemagne pour absorber la réunification. Et d'une certaine manière, je pense que les ex-Allemands de l'Ouest estiment qu'ils ont déjà payé un prix élevé pour la solidarité européenne.

Pensez-vous que la viabilité de l'euro soit menacée ?

J'espère que non. Il est tout à fait possible d'éviter que la monnaie unique ne périclite. Mais si on continue comme ça, rien n'est exclu. Même si je pense que le scénario le plus probable est celui du défaut de paiement. Le taux de chômage des jeunes en Grèce s'approche de 30 %. En Espagne, il dépasse 44 %. Imaginez les émeutes s'il monte à 50 % ou 60 %. Il y a un moment où Athènes, Madrid ou Lisbonne se posera sérieusement la question de savoir s'il a intérêt à poursuivre le plan que lui ont imposé le Fonds monétaire international (FMI) et Bruxelles. Et s'il n'a pas intérêt à redevenir maître de sa politique monétaire.

Rappelez-vous ce qui s'est passé en Argentine. Le peso était attaché au dollar par un taux de change fixe. On pensait que Buenos Aires ne romprait pas le lien, que le coût en serait trop important. Les Argentins l'ont fait, ils ont dévalué, ça a été le chaos comme prévu. Mais, en fin de compte, ils en ont largement profité. Depuis six ans, l'Argentine croît à un rythme de 8,5 % par an. Et aujourd'hui, nombreux sont ceux qui pensent qu'elle a eu raison.

Propos recueillis par Virginie Malingre
# posted by Raimundo Narciso
http://puxapalavra.blogspot.com/

quarta-feira, 26 de maio de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pequena e média empresa

Diabretes


"Todos os portugueses"

Num artigo no Público de hoje, um dos membros da direita fundamentalista católica contra o casamento de pessoas do mesmo sexo argumenta que a promulgação da respectiva pelo lei pelo Presidente da República "desilude todos os portugueses". Assim mesmo, TODOS, mesmo os que votaram maioritariamente nas últimas eleições parlamentares em partidos que defendiam explicitamente essa reforma legislativa...

A direita católica sempre pretendeu representar todos os portugueses, independentemente da opinião dos interessados.

Publicado por Vital Moreira
http://causa-nossa.blogspot.com/

Coices


A semana política foi animada pela moção de censura apresentada pelo PCP, votada pelo BE e que só não foi votada pelo CDS pela argumentação ideológica que foi utilizada.

O PCP acha que o país deve dar aumentos salariais acima dos 4%, aumentar o défice, prolongar e aumentar os subsídios de desemprego, aumentar o investimento público e criar emprego no estado, medidas que o governo não aprova e ainda por cima adoptou um programa de austeridade por ter uma política de direita.

Para o PCP há sempre fartura, o problema é da direita e das políticas de direita praticada por políticos mauzinhos que têm prazer em fazer o povo sofrer.

Também muito preocupado com o sofrimento infligido pela crise ao povo está Cavaco Silva, um candidato não assumido à Presidência da República que agora anda muito incomodado com a possibilidade de as crianças das famílias mais pobres irem para a escola com fome ou serem prejudicadas nos estudos por causa da crise económica.

Esqueceu-se de quando era primeiro-ministro e mesmo sem crise e beneficiando dos rios de dinheiro comunitário o país conheceu o fenómeno da fome nas escolas, uma grave crise de miséria em regiões como Setúbal e até teve de desencadear operações de ajuda alimentar. Enfim, parece que a velhice ajuda Cavaco a esquecer o que lhe interessa.

Quem não se esquece de quem é e de como faz política é Pacheco Pereira que esta semana teve um orgasmo ao ler as escutas cuja leitura foi recomendada pelo magistrado do Baixo Vouga, coincidência das coincidências, filho de um director nacional da PJ dos tempos de Cavaco Silva que saiu quando António Guterres chegou a primeiro-ministro. Desesperado por não encontrar provas, apesar dos seus dotes para cabo da guarda da Marmeleira, decidiu vasculhar em escutas como se fosse um polícia a investigar um criminoso.

Não é na comissão parlamentar de inquérito que se vive um ambiente de orgia, animados pelas empresas de rating os nossos empresários vão cada vez mais longe nas suas exigências. Esperemos que nenhum prémio Nobel sugira o regresso à escravatura pois os nossos empresários seriam os primeiros a exigi-la e não faltaria ex-ministros das Finanças a concluir que é melhor alguns portugueses serem escravos do que um dia serem todos.

http://jumento.blogspot.com/

Goya

Fortex

AS PARASITAÇÕES PÚBLICO-PRIVADAS

Portugal recorreu às parcerias público-privadas (PPP) mais do que todos os outros países da UE em termos de percentagem do PIB, por exemplo, 3 vezes mais do que a França. As PPP tornaram-se na regra, quando os outros países europeus continuam a usar esses contratos excepcionalmente.

Só que, como defende a ex-controladora financeira do Ministério das Obras Pública no Público, as PPP não são uma panaceia, não podem servir contratar todo o tipo de serviço público em todas as circunstâncias.

No final de 2009, as estimativas globais de investimento nos projectos contratados ascendiam, em termos acumulados, a 28 mil milhões de euros. Em 2017, caso avançassem todos os investimentos que anunciados ultrapassar-se-ia a fronteira dos 50 mil milhões, o equivalente a contratar um projecto de alta velocidade por ano.

É esta a fórmula mágica paga pelo Estado e aplaudida pela clientela do poder que tem sido seguida pelos sucessivos governos nos últimos 15 anos.

Vale a pena recordar estas declarações de Carlos Moreno ao Jornal de Negócios. Este juiz conselheiro do Tribunal de Contas, recentemente jubilado, conhece bem a gestão de recursos financeiros em empresas públicas e PPP e afirmou que o Estado não tem força suficiente para se defender da pressão dos bancos nessas parcerias.

Aliás, o Tribunal de Contas tem avisado que as PPP assentam em contratos opacos, em mecanismos de monitorização muito frágeis e numa negociação com um número muitíssimo restrito de empresas do regime. Como também refere Mariana Abrantes, essa opacidade verifica-se na fase de contratualização mas, sobretudo, na fase posterior, nas renegociações e nos reequilíbrios financeiros.

Como das estradas aos hospitais, das pontes às barragens, não sobra área da provisão pública que não tenha sido abandonada à avidez, quer o interesse público quer a transparência orçamental vão às malvas. O Estado paga uma renda durante décadas, prestações encarecidas por um risco que, afinal, é assumido só pelos contribuintes.

Os privados investem, controlam os equipamentos públicos e têm lucros garantidos. Mas depois passam o tempo a queixar-se do peso excessivo do Estado...

Publicada por joana amaral dias
http://cortex-frontal.blogspot.com/

domingo, 23 de maio de 2010

os metralha

Oh rosa arredonda a saia

Cavacas

Bem prega Frei Tomás....

O EXEMPLO PRESIDENCIAL, ANÍBAL CAVACO SILVA


Actualmente recebe três pensões pagas pelo Estado:

4.152,00 - Banco de Portugal.

2.328 ,00 - Universidade Nova de Lisboa.

2.876,00 - Por ter sido primeiro-ministro.

9.356,00 - TOTAL ( 1 875 709 $ 60 )

Podendo acumulá-las com o vencimento de P. R.

Porque será que, o Expresso, o Público, o Correio da Manhã e o Diário de Notícias, não abordaram este caso, mas trataram os outros conhecidos, elevando-os quase à categoria de escândalos, será que vão fazer o mesmo que fizeram com os outros ??

posted by Carlos Esperança
http://ponteeuropa.blogspot.com/
Uma boa iniciativa

Leio que o Ministro das Obras , António Mendonça propõe uma reunião tripartida entre Portugal, Espanha e França para sensibilizar Bruxelas a considerar a linha de TGV Lisboa-Madrid-Paris prioritária em termos de financiamentos comunitários.Defendi essa iniciativa no Ateneo de Barcelona, numa conferência organizada pelo Consul-Geral Futcher Pereira em Novembro do ano passado. Como, aliás, dei conta nos Bichos Carpinteiros.

Publicada por josé medeiros ferreira
http://cortex-frontal.blogspot.com/

Bloco laranja

sábado, 22 de maio de 2010

Ponto de vista

As pessoas estão baralhadas

A economia portuguesa teve um bom crescimento no primeiro trimestre
deste ano. O primeiro-ministro entusiasmou-se, como de
costume, e proclamou Portugal “campeão europeu do crescimento”.

Mas logo veio o anúncio oficial de novas e mais duras medidas
para cortar o défice orçamental, já em 2010, para 7% do PIB (no
PEC inicial prometia-se 8,3%). As pessoas ficam baralhadas. Então
estamos tão bem e pedem-nos mais sacrifícios?

A verdade é que não estamos nada bem. Mesmo aquela boa notícia
é susceptível de dúvidas e pode não ter continuidade. Só que
o Governo tem escondido a verdade. Nunca refere que gastamos
mais de 10% acima do que produzimos, cobrindo a diferença com
empréstimos externos. Ora os estrangeiros desconfiam de que teremos
capacidade para pagar as dívidas e por isso foram subindo
os juros nos empréstimos a Portugal, para compensar a percepção
de um maior risco.

As medidas tomadas pela UE e pelo BCE e depois o anúncio de
um novo PEC em Portugal já fizeram baixar esses juros – durante
um dia. Tudo voltará atrás se hesitarmos na aplicação das novas
restrições.

Francisco Sarsfield Cabral
http://mediaserver.rr.pt/rr/others/188070488797ce7.pdf

Renoir

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Porque não ?


http://www.jean-luc-melenchon.fr

Pois `€

Culpado, quem ?

Não é nada com eles

No Fórum organizado pelo Diário Económico quem ouvisse os maiores banqueiros do país julgaria que a crise não é nada com eles. Não faltou a frase "os portugueses vivem acima das suas possibilidades". Obviamente que a banca não tem nada a haver com a publicidade martelada a toda a hora nas televisões a incitar os portugueses à dívida, primeiro foi para comprar casa, depois o carro, depois os móveis, de seguida o ordenado com um mês de antecedência e até se chegou ao ponto de penalizar os clientes que não faziam uso do cartão de crédito, justamente os que viviam segundo as suas possibilidades. Obviamente que os banqueiros não vivem acima das suas possibilidades, nunca receberam bónus milionários, pára-quedas dourados, nunca voaram em jactos privados da empresa para ir às compras em Nova Iorque, nunca beneficiaram de mordomias que vão desde a viatura topo de gama aos cartões dourados da empresa que circulam entre familiares, amigos e amantes.

Os portugueses vão agora pagar através dos seus impostos os custos destes excessos, mas obviamente a culpa não é da banca, a culpa é dos desempregados e dos ciganos do rendimento mínimo que vivem acima das suas possibilidades...

Publicado por Rui Curado Silva
http://esquerda-republicana.blogspot.com/

Ajudas de custo


http://jn.sapo.pt/paginainicial/

São Euros senhor, são Euros


O gráfico é do Relatório Anual do Banco de Portugal (página 25), acabadinho de sair.
http://corporacoes.blogspot.com/

Johnny Cash

"Passeio" pelo Continente

Belmiro de Azevedo
"Quando o povo tem fome, tem direito a roubar"

"Prometer e não cumprir é pecado", diz Belmiro de Azevedo. O patrão da Sonae, que discorda do aumento de impostos previsto no plano de austeridade aprovado pelo Governo, alerta que o Executivo "está a brincar com o fogo" porque "o povo quando tem fome tem o direito de roubar". "Não há outra saída", acrescentou.

Declarações bombásticas do empresário nortenho, que a TVI registou, numa palestra do Instituto Superior de Gestão e na qual Belmiro de Azevedo criticou os grandes investimentos. O líder da Sonae considerou que não só o Estado "não tem dinheiro para grandes obras públicas", caso do TGV ou do aeroporto de Lisboa, como o País não precisa deles. O empresário defendeu que o Governo deveria "promover os pequenos investimentos para gerar emprego".

Sobre o aumento de impostos, garante que "o povo aceitaria se soubesse que esse dinheiro era bem gasto".

O empresário assumiu "discordar totalmente" da medida, até porque, disse, "mais de metade do meu salário são já impostos". E sublinhou: "Não é o que sai do bolso das empresas ou dos consumidores que vai alimentar a criação de emprego."

Arquivar tutti

Venham elas


Movimento 'uma playmate em cada turma'

Se eu mandasse todas as professoras posariam nuas na Playboy. Primeiro, por uma questão de disciplina. Nenhum aluno arrisca a expulsão da sala onde lecciona a Miss Fevereiro
16:33 Quarta-feira, 19 de Mai de 2010

Na qualidade de antigo aluno, a notícia da professora de Mirandela que posou nua na Playboy deixa-me indignado: no meu tempo não havia professoras destas. Na qualidade de cidadão que já foi capa da Playboy, o facto de a professora ter sido suspensa faz com que esteja solidário: nós, as coelhinhas, devemos unir-nos. Devo dizer, aliás, sem querer ser corporativista, que, se eu mandasse, todas as professoras posariam nuas na Playboy. O Ministério da Educação continua entretido com programas e avaliações e ignora aquilo de que o nosso sistema educativo precisa: professoras nuas. Primeiro, por uma questão de disciplina. Nenhum aluno arrisca a expulsão da sala onde lecciona a Miss Fevereiro.

Segundo, por razões de concentração no estudo. Qualquer jovem aluno já deu por si a imaginar a professora sem roupa. Eu não fujo à regra, e aproveito a oportunidade para pedir desculpa à Irmã Genoveva. Mas os alunos de professoras que posam na Playboy não perdem tempo com distracções dessas: não precisam. Se querem ver a professora despida, abrem a revista na página 49. Na sala de aula, concentram-se na compreensão da matéria.

Terceiro, para conseguir o desejado envolvimento da comunidade no processo educativo. Os encarregados de educação mais desinteressados passam a frequentar todas as reuniões de fim de período: os pais desejam ver a professora; as mães desejam verificar se os pais não se entusiasmam demasiado com o visionamento da professora. Padrinhos que não vêem o afilhado desde a pia baptismal virão de longe para se inteirarem do aproveitamento escolar do miúdo.

Infelizmente, a vereadora da Educação da Câmara de Mirandela pensa de outro modo. A exibição pública voluntária do corpo nu está interdita às docentes. Não se sabe a que outras profissões se alarga esta inibição. Canalizadoras podem posar sem roupa sem desprestigiar o nobre ofício de vedar uma torneira? Empregadas de escritório podem deixar-se fotografar nuas sem melindrar os carimbos? Ninguém sabe ao certo, mas parece urgente definir com rigor que outras profissionais estão deontologicamente impedidas de fazerem com o seu corpo o que quiserem.

Mais do que a suspensão, deve colocar-se em causa a recolocação da professora. O receio de alarme social levou a Câmara a retirar a docente do contacto com os alunos e a enviá-la para o arquivo municipal. Ora, o contacto com bibliotecários de óculos grossos que não vêem uma pessoa do sexo feminino nua desde 1977 não será mais perigoso e socialmente alarmante do que o convívio com jovens? Fica a pergunta, para reflexão das autoridades fiscalizadoras da nudez.
http://clix.visao.pt/movimento-uma-playmate-em-cada-turma=f559867

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Guerra é guerra


TEMOS QUE DECLARAR GUERRA À UCRÂNIA! JÁ!!!

E QUE NOS INVADAM!

LÁ NOS DEFENDEREMOS COMO PUDERMOS...

(enviado por um amigo)

E esta hein... ?


A CAGANÇA DE JORGE COELHO

«É a primeira vez que um dos ex-homens fortes do PS, Jorge Coelho, o diz. "Se eu quisesse podia ter sido primeiro-ministro", afirmou o agora presidente executivo da Mota Engil num debate promovido pela Associação Comercial de Lisboa.» [Público]

Parecer:

Jorge Coelho parece esquecer que para ter sido primeiro-ministro os portugueses teriam de votar no PS com ele como líder.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Diga-se a Jorge Coelho que presunção e água benta, cada um toma a que quer.»

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Separados à nascença


Mário Moura Guedes

Já foi há dias mas não perde pela demora. Afinal a cena repete-se dia a dia, Mário após Mário , Crespo após Crespo. O entrevistado era Mário Soares e o Crespo que desde as cenas que exibiu na Assembleia da República, numa das peças de teatro que lá corre ficou transtornado, queria orientar as respostas de Mário Soares, e então ele... Mas acha que há liberdade de imprensa em Portugal? Acha mesmo, Sr. Dr., que há liberdade de imprensa, no estado em que estamos?

Por favor... oh Mário Crespo! deixe de fazer figuras tristes com perguntas tolas que não há tolo que não perceba que é conversa tola para telespectadores que não são tolos. E você que até era um jornalista competente e tem todo um passado a defender está a ficar um jornalista à la moura guedes. Acha mesmo que ela, coitadinha, é mesmo um exemplo de "jornalismo" a seguir? Realmente... Sócrates inspira uns ódios a certa gente que as deixa possessas.

posted by Raimundo Narciso
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Mark Knopfler & Eric Clapton - Sultan of Swing

Coristas


Vaudeville em S. Bento
A Assembleia da República, não sei se já repararam, desinteressou-se completamente dessa chatice dos assuntos do país, (crise? Qual crise!) e passou a dedicar-se ao teatro.

Pela mão do PSD e a cumplicidade dos outros partidos da oposição leva à cena várias peças de ópera bufa, com a designação irónica de Comissões de Inquérito disto e daquilo. A mise-en-scène, percebe-se, é do Pacheco Pereira mas o guião das farsas segundo se diz en petit comité são do candidato a presidente da República Cavaco Silva (a coisa - lembram-se - vem ainda do tempo da fiel Madre Teresa Manuela Ferreira Leite mas pode ser que seja só especulação)

Claro que tudo podia parecer surreal e que os deputados tinham dado em coristas mas dizem que não. A coisa faz sentido. Que é para cozer em lume brando o Primeiro Ministro. Ora o que se pede às oposições é que confrontem o governo mas... no terreno da política que matéria não falta e não em teatro de vaudeville.
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Post Scriptum: O comentário está já um tanto desactualizado? Realmente tinha-o escrito já lá vão uns pares de dias. Depois, com mais que fazer deixei-o para ali esquecido, a abeberar, nos rascunhos do blogspot. É que dizem que o Passos Coelho por causa da crise e a conselho do Eng Ângelo Correia (isto é suposição minha) não quer seguir a linha de arruaça da antecessora Manuela Ferreira Leite que aliás agora não interessa à alta finança nem ao Menino Jesus (ao da mitologia não me refiro ao do glorioso Benfica).

posted by Raimundo Narciso
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Gente sem rasgo

EMPAPADOS

O papa citou o cardeal Cerejeira, homenageando a ditadura de Salazar. O Estado surgiu curvado em vassalagem e oportunismo. A comunicação social rejubilou incessantemente com detalhes patéticos. Meio país entreteve-se com a bola, a festa que foi e o mundial que virá. O governo, engajado com o PSD e Bruxelas mais feudal que federalista, optou por castigar quem ganha 5 e poupar quem leva 5000, garantindo que não há alternativa.

No centenário da República, quase quatro décadas após o 25 de Abril, eis Portugal dirigido por gente sem rasgo ou coragem, a insistir na pá que nos cava o túmulo e que já perdeu a vergonha ou até o medo do ridículo. Sócrates diz que a nossa economia está bem, mas como os outros estão a controlar o défice, temos de fazer o mesmo.

Passos Coelho pede desculpas pelas medidas que defende. Tudo isto seria hilariante não fosse o aumento de impostos praticamente igual para todos, o aumento geral do IVA ou os cortes do défice sempre à custa dos salários e nunca dos lucros, levar quem apertou o cinto tantos anos, a ter de agora apertar a garganta. Assim, não é cómico. É uma tragédia. Provavelmente, grega.

Publicada por joana amaral dias
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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Eric Clapton/Tears in heaven

Socrates - 1 - judite seabra - 0


Ontem diverti-me imenso. A arrogante judite de sousa Seabra, levou uma lição do "arrogante" Sòcrates. A senhora teimou em provocar o PM mas, o tiro saiu-lhe pela culatra.

A dona judite não esteve à altura do que esperava. Resta-lhe continuar a apresentar na tv, a pobreza "espectaculo" daqueles que sem abrigo, vivem nas ruas do paìs.

Poderà assim continuar a desfilar vestida e calçada pelos "sponsors" do canal publico, desempenhando assim o papel de estafada "boneca Barbie".

A arrogância dos jornalistas é tão prejudicial ao paìs como a arrogância de qualquer politico ou cidadão comum.

Espero não me divertir tão depressa com espectàculos destes.

zézen

terça-feira, 18 de maio de 2010

Miro

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Petição Mohammad Valian

Ajuda a salvar Mohammad Valian de ser executado

Mohammad Valian andou a atirar pedras ao regime do Irão e por esse motivo foi condenado à morte.

O Irão é signatário da Carta dos Direitos Humanos, onde está claramente definido que toda a gente tem o direito de expressar os seus pensamentos, opiniões, crenças e religião sem por isso ser perseguido pelo seu governo.

Ao condenar Valian, o governo do Irão está a abusar do poder sobre a vida de alguém e a desrespeitar as leis internacionais sobre direitos humanos que assinou.

Para assinar...

http://www.gopetition.com/online/34547.html

Arp
http://www.viriatoweb.net/forum/viewtopic.php?f=40&t=1064&p=26476#p26476

Par(a)lamentar

Passos Coelho assina óbito do inquérito a Sócrates

Líder do PSD pouco entusiasmado com resultado final, mas deputados pedem prudência. PS fala de um partido a duas vozes.

Definitivamente, quaisquer que sejam as conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso PT/TVI, as consequências políticas para José Sócrates e para o Governo serão nulas. Ontem, em entrevista ao JN, Pedro Passos Coelho, o novo líder do PSD, assinou o óbito (político) da CPI, ainda antes de os trabalhos terminarem: "Não me parece que a comissão se encaminhe para conclusões categóricas", declarou.

Ora, sem conclusões categóricas, vale um princípio fundamental no direito português, o in dubio pro reo - em caso de dúvida, absolve-se o réu, José Sócrates. Agostinho Branquinho, deputado do PSD que integra a CPI, pede prudência nas leituras: "Até ao momento em que a entrevista foi dada, existiam uns elementos. Para a semana, chegam mais, como as respostas do primeiro-ministro", declarou ao DN, recusando a ideia de que a direcção do partido tenha enterrado a CPI: "Não há nenhuma orientação política no sentido de abrandar o trabalho e o ritmo da comissão. Os deputados do PSD continuam a fazer reuniões para preparar as matérias e a colocar todas as questões às pessoas que vão prestar depoimento", garantiu ao DN Agostinho Branquinho, um dos mais activos deputados social-democratas da CPI.

Por sua vez, Ricardo Rodrigues, deputado PS, apesar de invocar alguma reserva para emitir uma opinião sobre a entrevista de Pedro Passos Coelho, não deixou de assinalar o que, do seu ponto de vista, é um facto: um PSD a duas vozes. "Uma da direcção política do partido e outra de alguns deputados da comissão."

A entrevista de Pedro Passos Coelho aparenta ser um sinal de que o PSD não pretende forçar uma crise política com o resultado final da CPI. O recente acordo entre Passos Coelho e José Sócrates, para tentar resolver o problema da crise económica, poderá levar a que o "superior interesse nacional" supere qualquer tentativa de provocar turbulência política - aliás um dos motivos invocados pelas agências de rating internacionais para descer a pontuação portuguesa em matéria de confiança económica.

Esta nova posição do PSD contrasta, tal como o DN tinha evidenciado (ver edição de 14 de Maio), com um forte entusiasmo no início dos trabalhos da CPI. Passos Coelho, em Fevereiro deste ano, deu o mote: "Se vier a apurar--se que o primeiro-ministro teve uma acção ilegítima e politicamente condenável, eu creio que nem o Presidente da República deixaria que houvesse outra atitude a tomar que não fosse a demissão do Governo." Actualmente, considera que é preciso separar as águas: "À política o que é da política, aos tribunais o que é dos tribunais", disse na mesma entrevista ao JN.

Mas tamb ém, refira-se, até agora a matéria recolhida pelos deputados não lhes permite ir mais além do que anotar contradições entre os vários depoimentos recolhidos quando cruzados com documentos.

A chegada das escutas telefónicas - recolhidas no âmbito do processo "Face Oculta" - e as respostas de José Sócrates às 74 perguntas enviadas pelo deputados poderão dar um novo alento aos trabalhos. Sendo certo que - como tem sido recorrente - os depoentes na CPI, mesmo confrontados com dados novos, sempre podem alegar falta de memória ou desconhecimento.

Até ao final dos trabalhos, caberá aos deputados montar o puzzle do negócio PT/TVI. Conseguirão encaixar as peças (se é que elas encaixam)? O relator é o deputado João Semedo, do Bloco de Esquerda, que apresentará um relatório que será submetido a votação.

por CARLOS RODRIGUES LIMA
Lusa

Saldanha Sanches




Dezenas de pessoas despediram-se de Saldanha Sanches
por Agência Lusa

Dezenas de pessoas estiveram hoje no Cemitério dos Olivais, em Lisboa, onde o corpo do professor catedrático e fiscalista José Luís Saldanha Sanches foi cremado ao início da tarde.

Os ex-ministros Pina Moura e José António Pinto Ribeiro, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, o deputado e dirigente do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, a eurodeputada Ana Gomes, e o sociólogo Manuel Villaverde Cabral contavam-se entre os presentes no funeral.

Presente esteve também Pedro Soares Martinez, catedrático jubilado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que chegou a ser saneado daquela faculdade no pós-25 de abril de 1974, mas que lá voltou a lecionar.

O antigo chefe da Casa Civil do ex-Presidente da República Mário Soares, o advogado José Galamba, também do Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (MRPP), e o professor catedrático de Direito Marcelo Rebelo de Sousa foram outros dos que marcaram presença no funeral.

Num breve elogio fúnebre, um colega de Saldanha Sanches, também fiscalista da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, lembrou o "exemplo de homem" livre que Saldanha Sanches.

Lembrando tempos de antes do 25 de abril de 1974, o mesmo catedrático classificou Saldanha Sanches como o "paladino que a tortura e o calabouço não conseguiram calar".

E sublinhou que se para uns quem será recordado será Saldanha Sanches, para outros - os amigos - será sempre o José Luís. Uma lembrança será comum a uns e a outros. "o homem livre e que nunca ninguém conseguiu calar", disse.

Também a mulher do catedrático, a procuradora-geral adjunta do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), Maria José Morgado, numas breves palavras de despedida recordou um poema de Sophia de Mello Breyner para dizer que José Luís estará sempre com os que lhe são queridos.

Sobre o marido disse ainda ter sido "intolerável com a corrupção, os cobardes e os oportunistas" além de que morreu como sempre viveu: "um homem livre".

Na sua intervenção, Maria José Morgado recordou e agradeceu ainda a forma empenhada e dedicada com que toda a equipa do Hospital público de Santa Maria tratou o seu marido durante as três semanas em que esteve internado.

As intervenções do catedrático da Faculdade de Direito e de Maria José Morgado arrancaram duas fortes salvas de palmas das muitas dezenas de pessoas que assistiam à cerimónia fúnebre, enquanto muitos dos presentes faziam questão de referir que Saldanha Sanches é um homem "que faz muita falta a Portugal".

Professor universitário, jurisconsulto e fiscalista, Saldanha Sanches morreu na sexta-feira no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, aos 66 anos, vítima de cancro.

Na sexta-feira, o Conselho Pedagógico da Faculdade de Direito de Lisboa aprovou, por unanimidade, um voto de pesar pela morte de Saldanha Sanches.

Miro Casavella - A Morte Saiu À Rua

Limites

Luís Amado
Ministro de Estado quer limitar o défice na Constituição


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O número dois do Governo fala sobre o plano de austeridade, a importância de uma coligação e a revisão constitucional.
Luís Amado diz que as presidenciais de 2011 abrem “um novo ciclo político” e defende que a Constituição deve ter um valor máximo para o défice e para o endividamento.

O Governo conta com o PSD para as reformas estruturais?

E o PSD tem que contar com o PS. Sem o entendimento com estes dois principais partidos, que não é exclusivo de um entendimento com outros partidos à direita e à esquerda, o País não conseguirá adaptar-se às condições muito exigentes com que estamos confrontados. Seria absolutamente irresponsável que os dois partidos não trabalhassem uma agenda positiva.

Qual é a melhor solução: um entendimento no Governo ou no Parlamento entre PS e PSD?

Neste momento temos o entendimento possível. Foi pena que à saída das últimas eleições não tenha existido um entendimento mais formal.

Um Governo de bloco central?

Não há, em nenhum País europeu, um Governo minoritário como o nosso. Num momento de tanta instabilidade e incerteza, quando os mercados impõem a sua força com uma lógica que desprezámos, temos um Governo minoritário porque a oposição em bloco recusou negociar qualquer plataforma de Governo. Foi um erro.

O Governo tomou posse há sete meses. Não há ministro das Finanças a mais e políticas sectoriais a menos?

O País tem estado dominado, como todos os Países europeus, pelos problemas financeiros. A crise financeira está longe de ultrapassada. Vamos entrar numa fase de revisão constitucional e é importante que haja um consenso alargado face a dispositivos constitucionais que criem estabilidade e ajudem a resolver problemas estruturais.

Que problemas?

Na questão orçamental. Haverá uma reacção positiva dos mercados se, por exemplo, formalizarmos uma norma travão que crie um limite para o défice e endividamento. Um valor aceitável que não impeça uma resposta adequada em momentos de crise.

Que reformas devem ser feitas na revisão constitucional?

É indispensável que os principais partidos se entendam sobre reformas em sectores essenciais para a recuperação do País: educação, justiça e o sector laboral. Uma reforma no ensino exige uma década, na justiça exige muitos anos. Por isso a alternância não pode colocar em causa as políticas neste sectores.

Defende um entendimento alargado na reforma da educação, justiça e trabalho?

Nesta fase de grande complexidade o consenso deveria ser uma imposição da própria sociedade.

Isso acontecerá na revisão constitucional?

Há um ambiente que se criou que é propício a um entendimento alargado entre os principais actores políticos à semelhança do que aconteceu em momentos de crise nas décadas de 70 ou 80. Os objectivos do País não foram hipotecados por divergências pessoais, ou protagonismos de personalidade ou de carácter.

A legislatura vai ser cumprida até ao fim?

Depende muito do que acabei de dizer: capacidade de entendimento, gestão de expectativas internas dos partidos e do Presidente da República e da leitura que faz do processo político. Acredito que no imediato, com os passos que foram dados, não teremos uma crise política que seria totalmente irresponsável.

Depois das presidenciais logo se verá...

Ver-se-á porque se abre também um novo ciclo. Vamos ver como evolui o trabalho parlamentar que terá pela frente a aprovação de importantes documentos para implementar o programa de estabilidade e crescimento. O importante é que no espaço reformista de inserção da economia e da sociedade no espaço da economia mundial e europeia haja um entendimento possível.

Francisco Teixeira
http://economico.sapo.pt/noticias/ministro-de-estado-quer-limitar-o-defice-na-constituicao_89772.html

Van Eyck

domingo, 16 de maio de 2010

Andreias q.b.

Rock in Fátima: "O mundo deu a volta"

Por Fernanda Câncio - Martírios, lágrimas, promessas e festival pop. Mas toda a gente vem ao mesmo: sentir qualquer coisa.

Faz sol e chove e faz frio, à vez. Na grande depressão circular que é o recinto de Fátima, Andreia Corvo, 17 anos, óculos escuros enormes, jeans e várias camisolas, alonga- -se num colchão como na praia - como na sua terra, Olhão -, à espera do Papa. "Tenho curiosidade de o ver, a ver se me toca alguma coisa." O quê, Andreia não sabe explicar. "Sou de uma comunidade cristã e perguntaram se queria vir e vim." É a primeira vez em Fátima e sobre o sítio e o seu significado só sorrisos: "Não percebo nada disto, sinceramente." Quanto ao que espera que o Papa diga ou o que ele lhe diz, mais embaraço. "Sinceramente não sei, nunca o ouvi."

A um metro de Andreia, no corredor de pedra lisa que atravessa o recinto até a uma espécie de grande telheiro sobre uma pequena casinha - a chamada Capela das Aparições -, Maria Alice Carvalho Alves Silva, 65 anos, residente em Celorico de Basto, avança lentamente, de joelhos, o rosto fechado para a assistência. É uma das muitas mulheres - não há homens, por acaso ou não - que "pagam" assim um pedido.

Em comum, além do género e da escolha do meio (massacrar as rótulas), o olhar abstracto, às vezes doloroso, em contraste paradoxal com o tumulto que as rodeia e que faz as voluntárias de serviço, freiras e escuteiras, solicitar uma e outra vez às pessoas que se desviem para deixar passar as pagadoras de promessas.

Maria Alice não se protegeu com joelheiras mas chega ao fim de boa disposição e sem queixas. "Vim porque o filho da minha filha foi operado a um tumor maligno no cérebro. Ela trouxe-o a cachaleiro [às cavalitas] dela e deu três voltas, e eu vim também. Acredito muito na Nossa Senhora de Fátima. A gente tem fé que nossa senhora é tudo e pode tudo."

A diferença entre pedir e crer, esperar e aceitar a graça e vir aqui fazer o corredor de joelhos no meio desta multidão é, explica, "o sacrifício". "Se eu não viesse, ela não se importava, claro. Mas eu quero vir. Fátima é o altar do mundo, a terra do silêncio, do sagrado." Silêncio, de momento, não abunda. Maria Alice concorda, critica: "Quando comecei a vir aqui, com 17 anos, não se dava um pio, era um lugar santo. Havia mais gente, mas era diferente. Agora é barulho, é confusão. Há bocadinho ali em cima, cantou-se e fez-se um sacramento e ninguém ligou, tudo deitado no chão. Já não há aquela fé... E cada vez vai ser pior." O desalento e descrença face ao presente e futuro em alguém que acabou de atribuir uma cura milagrosa a uma existência superior que tudo vê, pode e controla parece contradição insanável.

Mas Maria Alice explica: "Deus e Nossa Senhora estão onde estão e vão continuar a estar onde estão, mas as pessoas não cumprem; cada vez as igrejas estão mais vazias, cada vez menos crianças, cada vez mais abortos... Já não há amor, já não há pessoas de coração puro. Nossa Senhora abeirou-se daqueles meninos inocentes para mudar o mundo... Mas o mundo deu a volta. Como não sei, mas cada vez vai ser pior, vai ver." Cada vez pior? Não é suposto ter esperança? "Mas eu tenho esperança."

Chove agora, quando se anuncia a chegada do papamóvel. Gritos de viva o Papa, palmas, gente a subir para banquinhos, para cima de gente, em bicos dos pés.

Maria Amélia Pinto de Barros, portuense de 75 anos, casaco de caxemira, gola de vison, carteira Vuitton e cabelo impecável (é gerente comercial reformada, informa) vem aqui "desde bebé". Porquê? "Sei lá. Talvez porque os meus pais me trouxeram. Sou do tempo em que era tudo lama, e não havia onde ficar, dormíamos no carro. Agora... É quase uma romaria, para não dizer que é mesmo uma romaria." Sorri. "Tenho dito: agora vou ouvir o Papa." Bento XVI lê uma mensagem e dirige-se a seguir, de novo no papamóvel, para o cimo do recinto, para a nova Igreja da Santíssima Trindade.

Lá dentro, espera-o uma assembleia composta sobretudo por religiosos e religiosas. Mas quando o Pontífice entra o templo é um cenário de concerto pop: palmas e gritos, pessoas em pé sobre o espaldares das cadeiras e dezenas de telemóveis ao alto, a filmar e a fotografar.

Não chega contemplar e sentir, parece, nem sequer entre aqueles a quem a seguir o Papa vai falar, na sua voz pausada, agora cada vez mais rouca, às vezes quase inaudível, sobre saber escutar com o coração e dar disso o exemplo.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1568628

Contas de sumir

Esquerda irresponsável

Há uma esquerda arcaica, incluindo nos partidos socialistas, que acha que pode haver eficíência económica fora da economia de mercado, que pode haver criação de emprego sem aumento da competividade externa da economia, que a despesa pública pode aumentar indefinidaemente sem cobertura pela receita, que a disciplina orçamental é descartável e reaccionária, que o Estado social inclui aposentações aos 60 anos com pensão completa e protecção absoluta da segurança no emprego (para quem o tem...), que os serviços públicos não têm de ser eficientes, que os funcionários públicos têm privilégios naturais, que pode haver correcção do défice orçamental excessivo e do endividamento público incomportável sem alguma redução do nivel de vida.
Infelizmente, o lugar destas ideias e outras semelhantes só pode ser a oposição...

Publicado por Vital Moreira
http://causa-nossa.blogspot.com/

Don Xanxo


Alheira Real



SINDICALISMO PURITANO

Se Bruna Real tivesse sido afastada da escola por razões políticas teríamos os sindicatos dos professores indignados a protestar contra a directora da DREN, muito provavelmente Louçã estaria a caminho de Mirandela e na manif do dia 29 a professora apareceria à cabeça ao lado de Jerónimo de Sousa. Mas como a professora Bruna apareceu na capa da 'Playboy' ninguém apareceu para a defender, temos um sindicalismo tão puritano como a Igreja Católica.

http://jumento.blogspot.com/

Nota zézen:
Grupo de Apoio à Professora Bruna Real! (Playboy/Mirandela) is on FacebookSign up for Facebook to connect with Grupo de Apoio à Professora Bruna Real! ...
www.facebook.com/group.php?gid=122182521142797

P.R. -Para Rir-



Cavaco Silva pediu a Bento XVI para rezar por Portugal e pelos Portugueses. Podemos dizer que a Constituição não o proíbe nem as rezas nos prejudicam. Entre as orações do solicitadas ao Papa e os maus olhados encomendados à bruxa da Lousã temos de pensar que há melhores intenções no pedido das primeiras.

O que me deixa desolado, num país onde a superstição atinge o mais alto titular dos órgãos de soberania, é o à-vontade com que Cavaco solicita para mim, que me orgulho de ser português, uma reza para que não lhe passei procuração e ao arrepio da laicidade a que está obrigado.

Não sei se em período de seca o PR será capaz de pedir a um chefe índio que nos visite a habitual fogueira, para que chova, com a mesma convicção com que é capaz de pedir uma novena ao líder católico.

Há actos que envergonham um povo e situações constrangedoras para quem ouve o seu PR. Salvo o devido respeito, Cavaco pediu ao Papa um placebo para os males que nos afligem, na melhor das hipóteses, ou exerceu acto de adulação gratuita que envergonha os não crentes e para o qual não tem competência.

Cavaco pode pôr a família a beijar o anel ao Papa mas não pode humilhar o Pais perante o seu líder espiritual. É isso que distingue um estadista de um rato de sacristia.

posted by Carlos Esperança
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Kandinsky

sábado, 15 de maio de 2010

Cesària Èvora

Tanto bento, meu deus.

Os trolhas



A "Nação Fidelíssima" em versão cavaquista

A subserviência de Cavaco perante Bento XVI está a reeditar a "Nação Fidelíssima". Mais: está a tornar-se num embaraço para a Igreja Católica, que gostaria de ver o Papa rodeado de crentes — e não marcado, a par e passo, por apoiantes de Cavaco.

posted by Miguel Abrantes
http://corporacoes.blogspot.com/

Alegres e contentes

O candidato perante a lama e a exigência dos puros

A declaração acerca do seu passado militar feita pelo cidadão e (bi)candidato presidencial Manuel Alegre só pode causar engulhos a quem mistura ideologia com biografia ou entende que deve ser o estoicismo do silêncio (num género de calar de “puta velha”) a única resposta a uma calúnia mil vezes repetida com o intuito claro de retirar politicamente dividendos do efeito do passado falsificado de quem vai a votos mas que se detesta. Manuel Alegre já confirmou que vai a votos, como alternativa à direita conglomerada em torno da recondução de Cavaco Silva.

Pode não ser o melhor candidato para unir e motivar, à partida, toda a esquerda e o centro-esquerda (o verdadeiro busílis da decisão eleitoral e que antes de dividir o eleitorado divide o PS, amarrado que está partidariamente à sua potente e governamentalista ala centro-direita). E é, seguramente, uma aposta de risco para derrotar Cavaco, mas isso se não se conseguir forçar uma segunda volta (meta difícil mas possível), a qual aplainaria, mesmo semeando sapos, as reticências do dogmatismo e do perfeccionismo personalista.

Mas não há candidatos de proveta. Na esquerda, pela esquerda, foi Alegre que avançou. Felizmente, porque Alegre é um bom candidato, o melhor candidato que, na esquerda plural, se podia apresentar. Tanto mais que, desta vez, o poderoso pólo de centro-direita dentro do PS não tem um “candidato de palha” para confundir as hostes (Nobre foi uma aposta pífia da “ala soarista” que se esgotou no impulso de revanche), obrigando-se a escolher entre Cavaco ou Alegre (sem dúvida que a maioria desta ala prefere a primeira opção, mas sempre restam os que têm boa e crítica memória sobre a fonte de veneno institucional e político que é ter-se Cavaco em Belém).

Resumindo, com todos os seus defeitos e virtudes, nas quais não se pode esquecer a coragem indómita de ir à luta mesmo quando a idade e o desgaste aconselhavam antes que calcasse as pantufas e se dedicasse exclusivamente à escrita (sobretudo à prosa, onde a sua poesia melhor alastra), Alegre é o candidato da esquerda que, neste momento político, é possível unir sem unificar para retirar a direita reaccionária de Belém. Só que numa eleição em que se escolhem pessoas, cada pessoa-candidato, não sendo tudo, é muito. Ela, com o seu presente, os seus projectos, o seu passado.

É falsa a dicotomia redutora que afunila as opções dos mancebos, quando a guerra colonial meteu a juventude portuguesa na fornalha das guerras coloniais, a fazerem a guerra com convicção ou submissão ou, então, desertarem. Houve quem escolhesse uma “terceira via”, a de irem para a guerra e, na guerra, lutarem contra ela.

Cada mancebo português dos anos sessenta e primeira metade da década de setenta, avaliou e escolheu, cada um condicionado por mil constrangimentos pessoais, familiares, culturais, sociais e políticos. Nem todos tinham consciência política, nem todos tinham os mesmos “status” e constrangimentos familiares, nem todos tinham as mesmas acessibilidades e as mesmas capacidades de coragem, apoio e suporte relativamente aos circuitos que permitiam aceder à deserção com exílio com prazo incerto ou mergulho na clandestinidade. Finalmente, nem todos faziam a mesma leitura política sobre a melhor posição de intervenção perante a guerra colonial que se combatia, desertando (isenção individual) ou partilhando a guerra e aí lutando por convicções contrárias a ela (no mínimo, tentando “contaminar” os que lá estavam por profissão, convicção ou submissão, contaminação esta que, no limite, levou ao MFA e ao 25A).

A esta distância, mais que julgar há que compreender que mais que a escolha das vias, eram, na ditadura (e, por isso, não falo sobre a coragem indómita e exemplar dos que desertaram após o 25 de Abril de 1974, os heróis da recusa à guerra colonial já falida), sobretudo as vias que escolhiam as opções. Um mancebo arrancado ao mundo provinciano e só culturalizado pelo patrioteirismo da época, sem acesso a escolhas e inquietações que a censura, a opressão e os costumes inibiam, fazia a guerra com zelo e seguindo os seus cabos de guerra, compensando a dureza dos combates com o gozo da fraternidade do élan da sobrevivência com os seus irmãos de armas. Entre os politizados, sempre uma minoria, uns desertavam (com a honra dessa opção) e outros continuavam, “na guerra”, o seu combate político contra o fascismo e o colonialismo, enquanto cumpriam as suas obrigações incontornáveis de combatentes pela causa errada.

Descarregar juízos sobre as opções dos jovens portugueses colocados perante os dilemas da guerra colonial, é transferir as culpas reais, ou seja, as que cabem quase inteiras sobre os decisores políticos e guerreiros de então, os autênticos “senhores da guerra”, os do fascismo, do colonialismo, da guerra colonial. Manuel Alegre fez a guerra colonial, conspirou nela contra o regime, foi por isso preso e expulso do exército, exilou-se para escapar a nova prisão, continuando no estrangeiro a luta contra o fascismo e o colonialismo.

É a sua história, foram as suas opções perante as “escolhas” que a ditadura lhe proporcionou. Por isso, como qualquer um, tem direito à verdade do seu passado e das suas responsabilidades. Se o salazarismo do boato e da calúnia, o mesmo que espalha e consolida a mentira de Soares a pisar em Londres a bandeira nacional ou que inventa e dá à estampa uma carta falsa de Rosa Coutinho a oferecer Angola a Fidel ou que difunde que Cunhal era dono de um latifúndio alentejano, diz e propaga a mentira de que Alegre foi um “desertor”, Manuel Alegre tem direito à verdade sobre o seu passado.

Foi isso que o cidadão e candidato presidencial Manuel Alegre, acabou de fazer. Pela verdade contra a calúnia. Sem ter questionado outras opções e outras trajectórias. Onde está o problema no exercício da auto-defesa?

Publicado por João Tunes
http://agualisa6.blogs.sapo.pt/

papas frias

Empapados

Esta semana foi um concentrado saturado de Fátima, Futebol e Fado, esse fadinho mole e miserabilista que vende atraso e penúria como inevitabilidades.

O papa citou o cardeal Cerejeira, homenageando a ditadura de Salazar. O Estado surgiu curvado em vassalagem e oportunismo. A comunicação social rejubilou incessantemente com detalhes patéticos. Meio país entreteve-se com a bola, a festa que foi e o mundial que virá. O governo, engajado com o PSD e Bruxelas mais feudal que federalista, optou por castigar quem ganha 5 e poupar quem leva 5000, garantindo que não há alternativa.

No centenário da República, quase quatro décadas após o 25 de Abril, eis Portugal dirigido por gente sem rasgo ou coragem, a insistir na pá que nos cava o túmulo e que já perdeu a vergonha ou até o medo do ridículo. Sócrates diz que a nossa economia está bem, mas como os outros estão a controlar o défice, temos de fazer o mesmo. Passos Coelho pede desculpas pelas medidas que defende. Tudo isto seria hilariante não fosse o aumento de impostos praticamente igual para todos, o aumento geral do IVA ou os cortes do défice sempre à custa dos salários e nunca dos lucros, levar quem apertou o cinto tantos anos, a ter de agora apertar a garganta. Assim, não é cómico. É uma tragédia. Provavelmente, grega.

Por:Joana Amaral Dias
http://bichos-carpinteiros.blogspot.com/

Picasso

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Negòcios


http://rprecision.blogspot.com/

Pobre maria


Quanto mais te baixas...

Oh zé, aperta o cinto


por FERREIRA FERNANDES

Tirar partido do cinto apertado

Os irlandeses, por causa da mãe de todas as crises (importada dos banqueiros americanos), já apertam o cinto há dois anos. E deles não ouvimos queixumes. É gente que desconfiava do seu próprio sucesso recente. E, depois, é gente com memória, têm os anos da fome da batata registados no ADN. Eles baixaram salários e reformas e não abriram telejornais queimando bancos. Com os gregos foi outra coisa. Os gregos são outra coisa. Eles não são vítimas só da irresponsabilidade dos financeiros, são vítimas de si próprios. Os de cima aldrabaram nas contas públicas e os de baixo, como todos os que caem no conto-do-vigário, foram vítimas da própria cupidez.

Sim, ser reformado aos 58 anos (qualquer um ser reformado aos 58 anos, não só os mineiros) é cupidez e esta só não a pagam os ricos. Agora, chegou-nos a vez de apertar o cinto. Apertar, apertaremos sempre, por mais ou menos que estrebuchemos (como os irlandeses ou os gregos). Podemos é partir para o sacrifício mais ou menos convencidos. E poderemos ser encarreirados para um ou outro caminho consoante as medidas políticas. As medidas financeiras doerão a todos. As políticas ajudarão a suportar a dor. Bater em fundações imprestáveis e cargos inúteis, por exemplo, seriam medidas políticas. E há outra coisa: talvez nos criassem bons hábitos.

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Por terras de Espanha

Governo espanhol estuda medidas adicionais de cortes sobre "quem tem mais"


O Governo espanhol está a estudar novas medidas adicionais de redução do défice público, que anunciará “a curto prazo” e que incidirão sobre os “que mais têm”, sem afectar a classe média, insistiu hoje o número quatro do executivo.

Aos jornalistas, Manuel Chaves disse que as propostas e o seu impacto serão conhecidos “no futuro próximo”, mas que “haverá um esforço maior paras os que mais têm”.

Notando que a classe média “já suporta ou vai suportar algumas das medidas anunciadas pelo Governo”, o terceiro vice-presidente do Governo escusou-se a explicar se as novas acções incidirão sobre as entidades bancárias, grandes empresas ou grandes fortunas.

Apesar de admitir a dureza do pacote de medidas anunciado na quarta-feira por José Luis Rodríguez Zapatero, o vice-presidente insistiu que “o bloco maioritário das políticas sociais” do Governo se mantém.

“Estamos a viver uma crise sem precedentes em Espanha nos últimos 80 anos e, por isso, não têm precedentes as medidas que adoptámos”, afirmou.

Questionado sobre se o presidente do Governo deu um volte face na sua política social, Manuel Chaves rejeitou que o Executivo tenha actuado com “improvisação” e destacou que nos últimos dias “já houve mudanças radicais”. Dada a importância de combater o défice, Chaves manifestou-se convicto que os sindicatos adoptarão “posições responsáveis em função do momento actual”, defendendo separar o diálogo social em torno à reforma laboral das reacções a este pacote de medidas

Recorde-se que o primeiro-ministro espanhol anunciou na quarta-feira um pacote de medidas de austeridade para cortar 15 mil milhões de euros aos gastos públicos. As medidas incluem um corte de cinco por cento nos salários dos funcionários públicos e de 15 por cento no dos altos cargos do Governo bem como o fim do cheque-bebé de 2.500 euros e a congelação das pensões em 2011.
Fonte: LUSA
Etiquetas: crise, medidas governo Espanha

# posted by Lília Bernardes
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Monet

Quando é de mais...

Náusea

"Por acaso teria sido uma boa ideia referir o facto de hoje termos tidos grandes notícias de crescimento económico em Portugal e isso poder associar-se à visita do Papa a Portugal»,

Publicada por joana amaral
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terça-feira, 11 de maio de 2010

XVI em ponto

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra

Benfica Campeão ( o padrinho)

Viagem mais cara

Desonestidade

É evidente que não era necessário subir impostos para alcançar uma redução do défice orçamental para 8,3% no corrente ano, como estava previsto no Programa de Estabilidade e Crescimento. Provavelmente, até era possível ir um pouco além dessa meta.

Todavia, quando a situação de ataque ao Euro e à dívida pública portuguesa exige de Portugal metas mais ambiciosas para a redução do défice orçamental -- menos 1% este ano e menos 1,5% em 2011 --, então é óbvio que isso não pode ser alcançado somente com cortes adicionais na despesa (inclundo investimentos públicos), implicando também um aumento da receita orçamental, incluindo previsivelmente aumento de impostos.

Por isso, só pode considerar-se desonesta a tentativa da comunicação social para sublinhar uma aparente contradição entre anteriores declarações oficiais sobre a desnecessidade de subida de impostos (quando a meta do défice era 8,3%) e as novas declarações admitindo uma subida de impostos, quando a meta passou a ser 7,3%, o que custa cerca de 1600 milhões de euros. Não exise portanto nenhuma contradição: quando se tem de ir mais rápido, a viagem fica mais cara...

[Publicado por Vital Moreira]
http://causa-nossa.blogspot.com/

Jacques Brel - LA QUÊTE

Basta !

Associação Ateísta Portuguesa - Exposição ao MNE
Senhor Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros,


A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) sente-se indignada com a violação do princípio constitucional de separação do Estado e das Igrejas (Artigo 41.º (CRP), pelo que vem junto de V. Ex.ª expor e solicitar o seguinte:

O site do MNE, na sua coluna à esquerda, anuncia a “marca” da campanha de promoção em curso sobre a visita apostólica de Bento XVI, com profundo desprezo pelo princípio da separação a que o Estado é constitucionalmente obrigado perante as igrejas e outras comunidades religiosas.

O perplexidade aumenta quando, clicando sobre a marca, somos conduzidos a uma página intitulada “Visita Oficial e Apostólica de S.S. [sic] o Papa Bento XVI”, onde se indicam, em português e inglês, uma série de links úteis para a comunicação social – acreditações, “badges”, contactos, programa, etc.

A AAP está estupefacta com o site do ministério dos Negócios Estrangeiros, que mais parece o da Nunciatura Apostólica, a menos que o MNE esteja temporariamente ao serviço do Vaticano e o País se tenha tornado num protectorado da única teocracia europeia.

Sabemos que não faz parte das obrigações do Estado procurar que muitos portugueses creiam, mas sim que vivam melhor e cada vez mais livres e iguais.

Assim, em nome da Constituição da República Portuguesa, da laicidade do Estado e da liberdade religiosa, a Associação Ateísta Portuguesa (AAP) solicita que seja removida do site do MNE a propaganda pia, por respeito à neutralidade do Estado e ao decoro cívico.

Apresento-lhe os meus cumprimentos,

Associação Ateísta Portuguesa, 10 de Maio de 2010

posted by Carlos Esperança
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Monet

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Fafá de Belém - Vermelho

Obras públicas e obras políticas

Obras públicas e obras políticas

O processo de decisão sobre as chamadas grandes obras públicas dava um ensaio sobre a importância do mundo virtual na política.Só o facto de não existir quase nada de material no terreno permite tanta discussão política e técnica, e tantas decisões variadas em obras de estaleiro como o aeroporto, a terceira travessia do Tejo, o TGV, etc.Governo, oposição, economistas, financeiros, o próprio PR., debruçam-se sobre um mapa de intenções e esgotam-se a redesenhá-lo.

Este espectáculo dura há anos.Ainda nos lembramos da decisão sobre a localização do novo aeroporto. Da Ota a Alcochete gastou-se um tempo precioso.Agora o aeroporto foi adiado.Depois foi a localização da terceira travessia do Tejo, e sempre o TGV, embora mudando frequentemente de trajecto, com a excepção óbvia da linha Madrid-Lisboa.Depois de Bruxelas, e de Ricardo Salgado, terem abandonado à sua sorte as grandes obras públicas virtuais, José Sócrates manteve a única para a qual tem um aliado de peso, no TGV, e talvez na discussão europeia que se aproxima: a Espanha.

Publicada por josé medeiros ferreira
http://cortex-frontal.blogspot.com/

Obrigado Jesus




Hoje - dia para estágio, oração e missa - sou apenas um dos antiteístas com fé inabalável em Jesus

Por: João Tunes
http://agualisa6.blogs.sapo.pt/

domingo, 9 de maio de 2010

Paciencia - Lenine

Carga de trabalhos

Os investimentos públicos e a "estratégia da aranha"…

A crise financeira portuguesa, i.e., as questões relacionadas com o deficit público e com o endividamento externo, determinaram mais um (relativo) afrouxamento do investimento público, nos que diz respeito às grandes obras.
Assim, o TGV, o novo aeroporto de Lisboa e a terceira ponte sobre o Tejo passaram – desde que o BCE, a Srª. Angela Merckel e as agências de rating “olham” atentamente para Portugal - a ser investimentos públicos em fase de reponderação e reanálise. Esta indefinida terminologia política significa que a sua adjudicação foi adiada. Para as calendas gregas, suponho.

Como investimento público, por ora, (ainda) remanescente fica parte do TGV, ao que penso o troço entre o Poceirão e Caia…
Esperemos que, ao menos, cumpra a sua finalidade primária. Isto é, conecte a capital do ex-império à rede ferroviária europeia…

Os grandes problemas político-económicos nacionais continuam a ser resolvidos fora das sedes próprias em democracia (Governo e AR) e, frequentemente, em contra-ciclo com os programas partidários e os compromissos eleitorais.

Evoca-se, para o efeito, a evolução da situação no terreno. Devia evocar-se – para sermos verdadeiros e concisos - o resvalar da nossa situação económica e financeira para um clima de insustentabilidade. Que, num País organizado, deveria obrigatoriamente ter integrado e condicionado o debate pré-eleitoral. Primeiro, prometemos, depois, analisamos. Finalmente, surge o descrédito da política (e dos políticos), a sua subjugação ao interventivo (e mais organizado) poder económico e por aí adiante…

Nesta situação estavam (deixaram de estar) os projectados investimentos públicos em infraestruturas de grande porte e, portanto, a exigir esforços financeiros adequados e, eventualmente, partilhados.

O Centro-Direita nacional (PSD/CDS), nas últimas eleições, iniciou um tenaz e persistente processo de obstrução gravitando à volta da oportunidade de investimentos públicos, com algum vulto. Fundamentalmente por não reconhecer - a esses investimentos - qualidades (ou utilidade) no sentido de poderem funcionar como instrumentos reanimadores ou estimulantes da economia e, simultaneamente, actuarem no controlo da persistente derrapagem do desemprego.

O Centro-Direita defende, outrossim, que o Estado (cujo papel não reconhece, nem valoriza) deveria, antes, “atirar mais dinheiro” sobre as empresas e, pacatamente, esperar que estas resolvessem uma outra vertente da crise: o crescimento.
O Centro-Direita, confia nas capacidades do tecido empresarial nacional, essencialmente por uma razão: como pertence à iniciativa privada, logo, merece todo o crédito e confiança. Mas, no tecido empresarial português, salvo raras e honrosas excepções, reina o amadorismo e o improviso.

Tais teses não tiveram vencimento nas urnas. Mas, face ao veredicto popular, o Centro-Direita, não ficou quedo, nem conformado.
É aqui que começam as manobras tácticas de bastidor, os lobbys a pressionar, a lenta - mas implacável – intromissão do poder económico nas áreas de decisão (política).

No âmbito interno, enviou a toque de caixa Passos Coelho, a São Bento, conversar com Sócrates para renegociar/acelerar o PEC (…depois, aos olhos da opinião pública, na AR, voltará a abster-se), paralelamente, o CDS vai a Belém para, discretamente, colocar no centro da contestação aos investimentos públicos o Presidente da República (criando um perplexo sistema de vasos comunicantes entre o PR e o Centro-Direita), para a semana - outra vez em Belém - vamos assistir ao arrebanhar, selectivo, de economistas e personalidades do mundo financeiro para influenciar a opinião pública (a emérita congregação de ex-ministros das Finanças) e, finalmente, o persistente exercício de uma capciosa pressão sobre o Banco de Portugal (as recentes declarações de Vítor Constâncio são – em certa medida - resultado deste permanente “forcing” e/ou a antecipação da cedência de José Socrates)…

No âmbito externo, Passos Coelho corre para Bruxelas ao encontro de Durão Barroso (que como uma púdica vestal defende não querer interferir na política doméstica) mas, para não perder o comboio, sempre foi dizendo que era necessário repensar investimentos,... etc.

Ninguém – publicamente - discutiu a capacidade de um esforço no investimento público (onde estamos na cauda da EU) poder vir a influenciar positivamente a retoma económica.

De certa maneira - no entender de um leigo nesta matéria - regressamos a uma saudosista “política de merceeiro” que nos perseguiu 48 anos. Só haverá legtimidade e oportunidade para investir quando existe dinheiro batido, em "cash".

Não percebemos como, por exemplo, fora da crise actual, mas num contexto de grandes dificuldades orçamentais, o XV governo constitucional (PSD/CDS), ousou encomendar submarinos, etc.

Parece que o Centro-Direita pressupõe que os negócios de Estado – como são os investimentos públicos – são uma área proibida à Esquerda, logo, sob a sua estrita reserva. Portanto, ficam “a marinar” à espera de melhores dias…, i.e., do regresso da Direita ao poder.

Se os defensores do neoliberalismo (como são os partidos do Centro e da Direita) tivessem pensado deste modo – há alguns anos atrás – não teríamos passado pela calamitosa crise financeira, económica e social que, actualmente ( e severamente), nos fustiga.

Nunca teriam existido os subprimes do mercado hipotecário imobiliário, a eminência de ruptura financeira das instituições bancárias (de crédito e de investimento) submersas em activos “tóxicos” – gerados pelo sacrossanto mercado “livre” -, uma prolongada recessão económica, um notório descalabro social, cujos aspectos mais visíveis serão a pobreza e o desemprego.

Esta a verdadeira “cascata de contágio” (termo que subitamente nos preocupa na área financeira)...

Mas - como se diz em Coimbra - é tarde,… Inês é morta.
Em resumo, independentemente da bondade ou não das decisões tomadas pelo actual Governo, o Centro-Direita (sem ter o ónus do exercício de funções executivas e com o alto patrocínio da PR), conseguiu, nesta última semana, impôr – em larga medida – a sua estratégia política, económica e financeira.

Logo veremos quem vai sofrer (e pagar) as consequências… políticas, económicas e - convem não esquecer - sociais!

posted by e-pá!
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