sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Presidente bpn


http://rprecision.blogspot.com/

domingo, 23 de janeiro de 2011

sábado, 22 de janeiro de 2011

Bois mansos...


Burros ou bois mansos ? Não sei e... tanto faz.

Pobres, ricos, novos ricos e restante séquito, preparam-se para eleger o senhor silva de Boliqueime.

Depois de flagelados pelo senhor silva e sua santa corja de corruptos, depois de terem conciliado no bota abaixo ao governo ou desgoverno, como lhe queiram chamar, depois de terem aberto a caça ao Pinòquio; Eis que se preparam para reconduzir o representante das negociatas da icar e do BPN.

Muitas são as castas descontentes com o governo, mas estas mesmas castas nunca foram solidàrias com quem quer que seja.
Hoje gritam ao da guarda ou ao de boliqueime, esquecendo que o fasto de gastar mais do que se tem, vem dos hàbitos e costumes da desgovernancia do senhor silva.

A continuarem assim; hoje dão vivas ao silva, e amanhã, ao botas, ao oliveira e restantes capangas. Provavelmente porque assim, talvez se sintam mais perto da nata que nos rouba ou da quinta da coelha.

Fraca memòria tem, quem sabe da arrogancia e dos tabus do senhor silva. Fraca memòria tem, quem conhece os sòcios e vizinhos do senhor silva.
Com pior memòria ficarà, quem por cegueira ou parvoice levar o senhor silva ao poleiro.

Burros ou bois mansos ? Tanto faz! Teremos a resposta nas urnas.

O mal menor


“Desvotar” em Cavaco Silva

Não me revejo em nenhum dos candidatos a esta eleição presidencial.
Cheguei até a considerar nem sequer ir votar.

Mas a simples ideia de ver Cavaco Silva reeleito e aturá-lo como Presidente da República por mais cinco longos anos compele-me a ir votar noutro candidato qualquer.

Parafraseando um outro candidato presidencial, é de facto uma coisa que me chateia ter como Presidente da República um troglodita que visivelmente não tem jeito para aquilo.
Só aquela cavalidade que disse sobre a pensão da mulher e como ela “merece” que ele a sustente, bem ilustra o que vai dentro daquela cabecinha.
E da cabecinha da mulher também, aliás, que pelos vistos tem estofo para aturar aquilo...

Durante o actual mandato, Cavaco Silva armou-se em contra-poder executivo, arranjou uma trapalhada muito pouco honesta com a história das escutas de Belém, revelou uma enorme inabilidade para o cargo com o Estatuto dos Açores e desmascarou-se num preconceito anacrónico e numa repugnante homofobia com o casamento entre pessoas do mesmo sexo e com o veto ao projecto de lei de mudança de sexo.

Como se não bastasse, em plena campanha eleitoral e no meio de um processo de estabilização financeira internacional, decide proclamar a possibilidade de uma crise política nos próximos tempos.

Depois, há a história muito mal contada da permuta da casa da Aldeia da Coelha e de umas generosas mais valias ganhas com as acções da SLN, em montantes que nem o Madoff conseguia para os seus melhores clientes.

E o que mais me chateia nesta trapalhada é o facto de Cavaco Silva achar que está acima de tudo isto e de que não tem de dar explicações a quem quer que seja.
Mais do que ninguém, e mais do que ser sério, um Chefe de Estado tem de parecê-lo.
E Cavaco Silva, nestes últimos tempos, de facto não parece nada...

Que saudades de Mário Soares e de Jorge Sampaio, esses sim, verdadeiros estadistas que sempre dignificaram o cargo que desempenharam e que sempre honraram o meu país.

É por tudo isto que, mesmo que se anteveja que Cavaco Silva vai ganhar a eleição presidencial logo à primeira volta, acho que tenho de tomar a atitude cívica de ir votar noutro candidato qualquer, não por ele ou pelo que com ele me identifique, mas simplesmente para “desvotar” em Cavaco Silva.

Mas, apesar de tudo, não votaria nem no palhaço da Madeira nem em Francisco Lopes, que se identifica com a Coreia do Norte, com as FARC, a China ou Cuba e provavelmente nem sequer deve saber da queda do Muro de Berlim.
O Fernando Nobre decidiu não se definir politicamente. E não há nada pior do que um político que não se define politicamente.
Também não gosto de Manuel Alegre, nem acho que viesse a dar um bom Presidente da República. Nem acho piada nenhuma ao malabarismo bacoco com que entalou o PS para ser candidato.
Pensar que qualquer candidato de jeito apresentado pelo PS era bem capaz de dar uma banhada a Cavaco Silva – e logo à primeira volta!...

Resta-me Defensor Moura, apesar de tudo o menos mau desta pacotilha toda.

Em suma, no próximo Domingo vou tomar uns sais de frutos e vou votar Defensor Moura.
Não por ele, mas, tristemente, só por “exclusão de partes”.
E preparar-me para na segunda-feira ter mais cinco anos de Cavaco Silva.

Para isso não precisarei de tomar sais de frutos.
Apesar de tudo ainda não preciso disso para digerir a democracia...

# posted by Luis Grave Rodrigues
http://rprecision.blogspot.com/

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Assalto a Guimarães

Tomem conhecimento destas vergonhas!!!

Verdadeiro crime social!!! (entre muitos outros).
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Folha salarial (da responsabilidade da Câmara) dos administradores e de outros figurões, da Fundação Cidade de Guimarães, criada para a Capital da Cultura 2012:

*- Cristina Azevedo - Presidente do Conselho de Administração:
14.300 ? (2 860 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 500 ? por reunião

*- Carla Morais - Administradora Executiva
12.500 ? (2 500 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 300 ? por reunião

*- João B. Serra - Administrador Executivo
12.500 ? mensais + Carro + Telemóvel + 300 ? por reunião

*- Manuel Alves Monteiro* - Vogal Executivo
2.000 ? mensais + 300 ? por reunião

Todos os 15 componentes do Conselho Geral, de entre os quais se destacam Jorge Sampaio, Adriano Moreira, Diogo Freitas do Amaral
e EduardoLourenço, recebem 300 ? por reunião, à excepção do Presidente (Jorge
Sampaio) que recebe 500 ?.

Em resumo: 1,3 milhões de Euros por ano, em salários. Como a Fundação vai
manter-se em funções até finais de 2015, as despesas com pessoal deverão ser
de quase 8 milhões de Euros !!!

Reparem bem: Administradores ganhando mais do que o PR e o PM !

Esta obscenidade acontece numa região, como a do Vale do Ave, onde o
desemprego ronda os 15 %* !!!

Alguem acredita em leis anti-corrupção feita por corruptos?


Recebido por é-mail.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Como votar no estrangeiro?


Por achar útil, aqui ficam alguns esclarecimentos sobre o voto dos portugueses no estrangeiro.
Se está recenseado na Bélgica, poderá votar no Consulado onde está inscrito – Antuérpia ou Bruxelas.
O voto decorre nos dias 22 e 23 de Janeiro (próximo fim-de-semana) entre 8h00 e 19h00

Por favor não hesite em comunicar esta mensagem a amigos e conhecidos recenseados na Bélgica.

Não deixemos de exercer o nosso direito de voto!

Enviado por:Gisela Oliveira
Mandatària de Manuel Alegre, na Bélgica.

Pablo Neruda

Quem morre?

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.

Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.

Instrumentos

PRESIDENCIAIS


http://srbolinha.blogspot.com/

Pão e cacete



http://jumento.blogspot.com/

Coelha People



http://rprecision.blogspot.com/

O homem da raça


Cavaco – Um trajecto de vida

Um jovem que não tem pudor em revelar à PIDE, de motu proprio, a animosidade para com a mulher do sogro, que aceita bem a ditadura, e que, às duas testemunhas pedidas para atestar o seu comportamento, acrescenta outra, da União Nacional, revela que se conduz pelos caminhos vulgares de quem trata da vidinha. É a norma, não a excepção.


É a essa luz que deve ser vista a concessão de uma pensão por serviços prestados à Pátria, a dois pides, enquanto a negava a Salgueiro Maia, quando foi primeiro-ministro. É a essa incultura cívica que deve ser atribuída a indiferença perante o acto de censura perpetrado pelo seu sub-secretário de Estado, Sousa Lara, a um livro de Saramago. É a amoralidade do «rapaz comum» e a não formação conveniente da personalidade que explicam o silêncio que ainda mantém sobre a mais grave canalhice praticada no regime democrático – o caso das escutas –, impedindo que se averigúe a sua responsabilidade na tentativa frustrada de derrubar o Governo pela calúnia e intriga.


Se a iliteracia o atira para o anedotário nacional, com os erros de ortografia ou com o desconhecimento de Camões, é a conduta ética que deve fazer reflectir os eleitores no próximo domingo.


Admitamos que nunca suspeitou de interesses próprios nos perdões fiscais de Oliveira e Costa, durante o seu Governo, que não imaginou as fraudes da SLN, que não desconfiou da lavagem de dinheiro do BPN numa qualquer offshore, que foi acaso da sorte o lucro das acções do BPN, mas a compra de uma vivenda na aldeia da Coelha, com contornos tão nebulosos, com os vizinhos que tem e a justificação de que não sabe das escrituras das suas aquisições imobiliárias, é uma trapalhada capaz de envergonhar o cargo a que se propõe de forma tão grave como no caso das escutas. Portugal está perante o maior escândalo financeiro do período democrático, com risco de só conhecermos a ponta do iceberg e de ver associado o nome de um PR.


Cavaco tem 48 horas para esclarecer o País. Se o não fizer, pode ser reeleito PR mas o respeito a que a Constituição obriga os portugueses torna-se uma violência intolerável.


As escutas, as negociatas das acções do BPN e a aquisição da casa da praia da Coelha através de nebulosas permutas e com uma matriz da propriedade referida no Tribunal Constitucional, que não está nos registos notariais, são demasiadas nódoas no pano de um PR que se reivindica imaculado. E se cala.


O mísero professor só abdicou da docência.

Ponte Europa / Sorumbático

posted by Carlos Esperança

domingo, 16 de janeiro de 2011

Casa X sem Matriz

http://clix.visao.pt/a-aldeia-do-cavaquistao=f585847

Matriz a 140%




O Cavaquistão da Coelha: a permuta de Cavaco (Capítulo 1)

“ Na Aldeia da Coelha, Cavaco Silva tem por vizinhos Oliveira Costa e Fernando Fantasia,homens-fortes da SLN. Um loteamento que nasceu e cresceu à sombra de muitas empresas e off-shores. A escritura do lote do Presidente da República não se encontra no Registo Predial de Albufeira. O próprio não se recorda em que cartório a assinou.Um dos promotores da urbanização, velho amigo e colaborador de Cavaco, diz que a propriedade foi adquirida «através de uma permuta com um construtor civil».”


“Depois de uma acção de campanha em Loulé, na passada quinta-feira,6, Aníbal Cavaco Silva, 71 anos, aproveitou a proximidade para descansar, de noite, na sua casa da Gaivota Azul, em Albufeira.”


“CASA DA GAIVOTA AZUL. Um muro alto, três pisos, seis quartos e 1600 metros quadrados de área descoberta.
Bem-vindos ao retiro de Cavaco Silva no Algarve. A matriz 18713 é que não aparece na Conservatória de Albufeira.”

http://tabusdecavaco.blogspot.com/

Casa BPN & comp.


http://corporacoes.blogspot.com/

sábado, 15 de janeiro de 2011

No comment...


O deputado socialista Defensor Moura regressou a Viana do Castelo, onde quase se cruzou com Cavaco Silva, e também aproveitou para se referir à polémica da vivenda algarvia do adversário.

"Eu tenho que responder aqui e agora de que, nem que vivesse duas vezes, conseguiria fazer tanta trapalhada para comprar uma casa e um terreno no Algarve, nem que vivesse três vidas conseguiria reunir um número de amigos que fazem negócios suspeitos como ele", afirmou.

http://zezenxl.blogspot.com/2011/01/tabus-e-fantasia.html#comments

http://sic.sapo.pt/online/
Última actualização: 14-01-2011 23:23

TUNISIA a ferro e fogo


TUNÍSIA - curta resenha entre uma imolação e o fim do Sr. Ali…

A 17 de Dezembro, em Sidi Bouzid pequena cidade do centro da Tunísia, Mohamed Bouazizi, um jovem licenciado em informática, desempregado, vende legumes numa banca de rua, a fim de contribuir para a subsistência familiar. Este posto de venda [improvisado/não licenciado] é confiscado pela polícia. Mohamed Bouazizi, desesperado, um quadro técnico sem perspectivas de futuro, em protesto, imola-se em frente à Perfeitura.

Um caso de polícia vulgar. Situações idênticas verificam-se em muitos Países – nomeadamente na orla mediterrânica – como um tipo de expedientes que constituem o mercado paralelo da sobrevivência.

Mas, num País como a Tunísia onde o desemprego atinge cerca de 16% [a grande maioria jovens técnicos recém formados], reina uma endémica corrupção, o poder central é popularmente reconhecido como uma cleptocracia, os Direitos Fundamentais são espezinhados, impera um repressivo estado policial, etc., tudo isto, sob uma dormente [mas intensa] crispação social, é o mesmo que sentar-se em cima de um barril de pólvora.

Este incidente transformou-se rapidamente num detonador. A situação política [o poder] é uma bomba armadilhada que, uma vez activada pelo tenso rastilho social não deixará de explodir. No dia seguinte ao incidente, a população de Sidi Bouzid, despertou de uma anestesiante letargia e saí rua em protesto contra o desemprego e o elevado custo de vida. O poder [ditatorial e corrupto] tenta responder com uma desproporcionada repressão para controlar os protestos. O resultado é o inesperado.

Os protestos estendem-se nas cidades limítrofes para na véspera de Natal , em Menzel Bouzayane, os confrontos virarem para tiroteios nas ruas e mais um jovem caí na rua, morto a tiro pela polícia.
A 26 de Dezembro, em Souk Jedid, cidade próxima de Sidi Bouzid, a violência alastra. A multidão enfurecida incendeia a Perfeitura e é dispersa por violentas cargas policiais.

No dia seguinte começam os desfiles de protesto em Tunes. A revolta instala-se no coração do poder. Ben Ali, cabeça visível do Poder, aparece a afirmar que o povo tunisino está a ser vitima de uma instrumentalização [vinda do exterior]. O clássico inimigo externo das ditaduras...

Entretanto, sob a pressão popular, movimento sindical e forças de oposição, fazem-se ajustamentos governamentais. E os protestos continuam, melhor, disseminam-se e intensificam-se.

Quando a 1 de Janeiro morre um dos feridos das manifestações de Menzel Bouzayane morre mais um ferido resultante dos confrontos de 24 de Dezembro, Bem Ali, volta à Televisão e assume um tardio e descredibilizado papel pacificador.

A 4 de Janeiro morre – vitima de extensas queimaduras - o jovem que se tinha imolado em Sidi Bouzid. O seu funeral é marcado por insistentes e ameaçadores apelos à vingança.
Milhares de advogados em Sidi Bouzid, Thala, etc. manifestam-se pela “defesa da liberdade de expressão” e pelo “direito ao emprego e à dignidade”.

A 10 de Janeiro os protestos já se estendem a todo o País. No dia seguinte, na capital, violentos confrontos entre manifestantes e forças de segurança causam cerca de 40 mortos. A situação tornou-se incontrolável. A 13 de Janeiro, Ben Ali volta à televisão para anunciar reformas drásticas [nomeadamente em relação ao desemprego] e anuncia que não se recandidata a um 6º. mandato em 2014…

Aparentemente, Ben Ali rendia-se aos protestos populares. Tarde e a más horas.
No dia seguinte tenta uma outra pirueta política: demite globalmente o Governo. Horas depois demite-se a si próprio e inicia uma fuga com a sua numerosa família com destino a França, que acaba por lhe recusar o asilo.

Finalmente, aterrou no reino das Arábias. Onde espera continuar a viver as maravilhas das mil e uma noites…
A história recente dos últimos 28 dias de um País do Magreb ou, como num ciclo lunar, se põe fim a 23 anos de opressão...

posted by e-pá!
http://ponteeuropa.blogspot.com/

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Branco & nulo


Nas eleições presidenciais em Portugal, os votos brancos e os votos nulos não contam como votos validamente expressos.

Só contam como tais os votos nos candidatos concorrentes. Ou seja, brancos e nulos são equivalentes tecnicamente a abstenção.

A Comissão Nacional de Eleições acaba de produzir a este respeito um esclarecimento que importa ser tido em conta por todos quantos não abdicam de tomar posição e exercer o seu direito de voto nestas eleições.

http://oqueficadoquepassa.wordpress.com/

Victor Alves


Éramos todos tão novos...

Vítor Alves foi embora deixando a pátria numa situação que ele não desejava. Gostava muito deste homem sereno, culto, generoso, cordial a afável, que jogara, no regueirão de todos os perigos, a sorte pessoal e o desígnio colectivo. Ele e outros como ele são credores da minha maior gratidão. Ele e outros como ele resgataram os silêncios impostos e os medos compulsivos da minha geração e os das anteriores. O risco que Vítor Alves correu foi soberano entre os demais: o da vida, o da carreira, o da família.

Os jovens capitães de Abril possuem uma dimensão de coragem adveniente da espessura comovente do seu humanismo. Há qualquer coisa de épico e de poético na arrancada militar desse dia tão longínquo, tão próximo e tão delido no tempo e no esquecimento dos nossos desleixos. "O dia inicial inteiro e limpo", como lindamente lhe chamou Sophia, era o dia esperado pelos melhores de nós. E os melhores de nós desanimavam de o conhecer quando um grupo de homens muito novos nos convidou a ressurgir.

Às vezes, ia conversá-lo no seu gabinete. Os dias eram incertos, mas os sonhos nada tinham de indecisos. Ele transportava consigo uma cultura transeunte e uma bonomia que jamais ocultou as preocupações nascidas dos grandes embates ideológicos. Também bebíamos o uísque da amizade no João Sebastião Bar, reduto privilegiado de todos os imprevistos.

Mais tarde, Álvaro Guerra, embaixador, escritor e jornalista, reunia, em almoços prolongados, nas casas de Mafra ou de Vila Franca de Xira, um grupo imponderável de amigos, em diálogos já perfumados de passado e de esperanças partidas. E era reconfortante ouvir este homem, apesar de tudo jovial e sorridente, a rematar os desalentos com uma frase benfazeja: "Mas as coisas estão muito melhores do que eram." A juventude já se fora; éramos uns senhores portugueses de cabelos brancos a quem a sabedoria do tempo ensinara a falar escasso para se dizer muito.

Queríamos mais do que havíamos obtido, porque sabíamos o que a "recuperação" consigo arrastava. A responsabilidade não deve ser dissimulada. Fomos nós todos que fizemos "isto". Víamo-nos mais espaçadamente. Mandava-lhe os meus livros, dirigia-me cartas generosas, calorosas e fraternas. Disse-me, há anos, que estava com problemas de saúde. Vasco Lourenço revelou-me a gravidade desses problemas. Estavam a ir alguns daqueles que eu mais respeitava; alguns daqueles, agora transfigurados em memórias e em penumbras, que tinham dado consistência à História.

Nada do que foi voltará a ser. Mas estar é, já em si, o bastante. Observo, na gelada noite da igreja do Paço da Rainha, os capitães de Abril, que se curvam ante o esquife do camarada de armas. Tínhamos todos a mesma idade.
Adeus.

por BAPTISTA-BASTOS
http://dn.sapo.pt

Fantasia & Tabus

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Jet set rasca

Nauseas

Na mesma semana em que foi assassinado um cronista social faleceu um capitão de Abril, ao primeiro a comunicação social dedica horas, ao segundo dedicou minutos, para o primeiro são ouvidas dezenas de “personalidades”, do segundo nada se diz, do primeiro até temos de saber por onde vão ser distribuídas as cinzas, do segundo soube-se que o corpo esteve algures em câmara ardente, do primeiro traça-se um perfil de grande lutador pelas liberdades, do segundo pouco mais se diz que era um oficial na reserva.

A forma como a comunicação social tem tratado o homicídio de um mero cronista social tem sido, no mínimo abusiva, são jornalistas, astrólogos, parapsicólogos e uma verdadeira procissão de personagens de um jet set rasca e no meio usa-se e abusa-se das imagens onde se vê o cronista a entregar um ramo de flores a Maria Barroso, imagens que já vi serem repetidas quase uma dúzia de vezes.

A forma trágica como terminou aquilo que o cronista descreveu aos amigos que iria ser uma lua de mel é apresentada por astrólogas, parapsicólogos e outros especialistas deste ramo como uma bela história de amor, um misto de um episódio do Morangos com Açúcar com o Romeu e Julieta. Chegamos ao ridículo de ver as astrólogas e parapsicólogos a tentarem demonstrar a culpa do jovem homicida exibindo e-mails e insinuando que este teria conquistado com palavras o distraído apaixonado, dando a entender que como noutro tempos que o enganou.

E anda este país com problemas gravíssimos distraído com um episódio sórdido da lumpen-burguesia deste nosso jet set miserável, como uma pequena seita de sente que se auto-elege como bonita vive de pequenos luxos obtidos à custa de papalvos, um meio onde se promovem personagens patéticas e decadentes a grandes figuras nacionais, onde autarcas financiam discotecas de astrólogas ou ajeitam as contas de idiotas convidando-os para reis do Carnaval.

Todo este espectáculo mórbido que só serviu para os portugueses saberem um pouco mais sobre se fazem e desfazem as paixões conseguidas com trocas de favores começa a provocar-me náusea, já me custa assistir a um telejornal ou abrir as páginas dos jornais, enoja-me que estes jornalistas me queiram fazer pensar que os grandes problemas do país é como acabam as paixões dos nossos socialites, os sítios que querem poluir com as suas cinzas, ou os sms que trocaram com os seus engates.

Lá que insistam em dizer que crónica social é saber com quem namora uma qualquer Lili decrépita e decadente é uma coisa, agora que a sociedade portuguesa é o pequeno mundo dessa pobre gente é outra coisa. O país tem muito mais com que se preocupar com os engates de modelos, comas trocas de sms, com paixões à primeira vista entre jornalistas de 65 anos e modelos de 20. Chega, começo a sentir náuseas.

Publicada por Jumento
http://jumento.blogspot.com/

Para rir...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Dilma Rousseff, LAICISTA



Dilma Rousseff, uma laicista

Na sua primeira semana no Palácio do Planalto, Dilma Rousseff mandou retirar do gabinete presidencial o crucifixo e a Bíblia.

Parece um sinal claro de que a Presidente de um dos maiores países do mundo não tomará a religião em consideração nas suas decisões.

O papel do governo numa democracia laica deve limitar-se a assegurar a liberdade de seguir uma religião ou nenhuma, de professar uma religião ou de a criticar.

A religião não deve entrar no governo da nação.


Parabéns aos brasileiros que elegeram esta mulher.
Publicado por Ricardo Alves
http://esquerda-republicana.blogspot.com/

"Mísero professor!"



Eu era um misero professor minha senhora...Acções estrangeiras com nomes esquisitos...


Para quem nunca tem duvidas e ainda que "misero professor" de economia, deveria saber o que são "acções estrangeiras" com "nomes esquisitos".

"Mentiroso sou eu, e, não minto tanto"

Lambões


A Mais Valia

O que muita gente parece não entender é que a valorização de 140% das acções da SLN de que o candidato presidencial Aníbal Cavaco Silva beneficiou não corresponde a nada de substancial ou a uma valorização empresarial devidamente suportada financeiramente.
Tanto mais que tais acções nem sequer estavam cotadas em bolsa.

E como não há milagres, e o benefício injustificado de uns tem sempre como contrapartida o prejuízo de alguém, foi a soma de incontáveis negócios ruinosos, a compra de empresas fantasma e a obscura valorização de favor de acções completamente artificial e infundamentada, que conduziram o BPN ao buraco financeiro que agora nos arrasta a todos.

Uma coisa é certa:
Se Cavaco Silva beneficiou de uma valorização e de uma mais valia de 140% das suas acções na SLN, o que é verdade é que quem está neste preciso momento a pagar essa valorização somos todos nós.

# posted by Luis Grave Rodrigues

PQoP

50 mil paquistaneses pedem pena de morte para blasfémia

Vampiros !

Para chorar...

Portugal vai ter de pagar mais para garantir a alimentação

Na última década, défice da balança alimentar cresceu 23,7 por cento. Só em Outubro, gastos com importações de cereais quase duplicaram.

Por: Ana Rita Faria
Público • Segunda-feira 10 Janeiro 2011

Para rir

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

TVI lava mais branco

A TVI24 e o branqueamento do candidato Cavaco Silva

Ontem pouco antes da meia noite vi um curto comentário sobre o problema do BPN ou melhor dito da SLN e o candidato Cavaco Silva.

O que indignva a comentarista e o comentarista era o candidato Manuel Alegre ter falado do assunto, dando a entender que este tinha posto em causa a honra daquele. Na tentativa de demonstrar que Cavaco nada de mau fizera deram um exemplo da compra e venda das acções da PT em que houve gente certamente de vários partidos que ganharam muito dinheiro.

Esta comparação demasiado grosseira não pode ser feita de boa fé. Então aqueles dois comentaristas não sabem distinguir um boi de um carneiro?

Nunca lhes passou pela cabeça que as acções da PT se transaccionam em bolsa e que as da SLN Cavaco comprou-as por influência de amigos e vendeu-as da mesma forma numa situação de privilégio?

Há gente que usa os meios de informação para desinfomar de forma tão grosseira: Para isto deveria haver penalizações, embora o exemplo venha do próprio Candidato ao misturar de forma também grosseira o risco especulativo excessivo da banca britânica falida, com o banditismo como tudo o indica, de Oliveira Costa e Dias Loureiro.

Como diz Soromenho Marques "a ganância é má. Mas o crime é pior"

# posted by Joao Abel de Freitas
http://puxapalavra.blogspot.com/

Os sonhos molhados de Helena Matos

Helena Matos acordou há alguns dias cansada de tanto pesquisar para uma nova série de «Conta-me como foi», sentou-se ao computador e decidiu culpar Toni, o filho mais velho da família Lopes, por todos os desvarios de que hoje somos vítimas – exemplar certamente típico da «geração [de 60] que, não só nos tem governado, como também construiu o mundo imaginário onde vivemos» e que engloba «muitos daqueles que foram jovens um pouco antes ou depois dessa década ícone».

Como a autora não é ignorante, não fala de extraterrestres, nem sequer do Maio de 68 francês, (mas sim de Portugal, de Os Maias e de desejos de Salazar empalhado) e, para além disso, faz acusações relacionadas com factos mais do que recentes (como malefícios de mercados e decisões da senhora Merkel,) é difícil perceber qual é exactamente o alvo que tem em vista.

Quem é que nos governa, ou tem governado recentemente, que tenha sido jovem pouco antes ou pouco depois da década de 60? Sócrates tinha deixado as fraldas há pouco no início e entrava na adolescência no fim, o mesmo se passando aliás com Durão Barroso e Santana Lopes. Mesmo Teixeira dos Santos não tinha acabado o liceu quando arrancaram os anos 70 e nem com uma lupa se descobrirá, no actual governo, quem possa posar para a fotografia. E se quisermos recuar até António Guterres, todos nos recordamos certamente dele, em jovem, como acérrimo defensor do flower power, a caminho de S. Francisco...

Helena Matos também pode querer chegar ao presidente da República e atingir o dr. Cavaco, mas esse nunca alimentou sonhos de ninguém – nem os próprios - e representa tanto a década de 60 como eu os defensores do lince ibérico. Soares já não era jovem na época em questão e Eanes andava aos tiros em África. Resta Sampaio para figurar no tal ícone – com todo o peso da Nação às costas e a reitoria da Clássica como pano de fundo.

A geração de 60 já saiu de cena em Portugal e não é «uma das primeiras em décadas e décadas a ser sucedida por outras que viverão pior». Porque se eu quisesse cair em generalizações fáceis como as do texto em questão, e não quero, diria que a geração que se seguiu imediatamente – a de 70, que é a de Helena Matos – viveu e está a viver muitíssimo bem. Essa, sim, é a safra de Durão, Santana e Sócrates, de dezenas de políticos, jornalistas e comentadores que sonharam ou não com revoluções à chinesa, e depois se entusiasmaram com o El Dorado do consumismo fácil, que alimentaram sonhos megalómanos e tristes que agora acabaram por ruir como baralhos de cartas. Sem que isso os atinja pessoalmente de maneira significativa, como é óbvio.

Usando os seus trunfos, errou por dez anos, dra. Helena Matos. Foram vocês que falharam.


P.S. – Já tinha escrito este post quando li um outro, de Miguel Madeira, que tem uma perspectiva semelhante nalguns pontos. E recomendo a leitura do que Vítor Dias escreveu, já há alguns dias.

http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.com/2011/01/os-sonhos-molhados-de-helena-matos.html

sábado, 8 de janeiro de 2011

Bolo rei, amargo



publicado por: http://ponteeuropa.blogspot.com/

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O que esconde Cavaco?

Tiro no pé

Cavaco dixit (3)

"Os problemas do País resolvem-se falando verdade aos portugueses, porque um povo informado está sempre mais bem preparado para resolver os problemas do que um povo iludido por aqueles que governam o nosso país"...


Para um obsessivo "cultivador de tabus" é uma tirada espantosa ou o reconhecimento público de um insanável recalcamento!

Para um candidato que, quando confrontado a esclarecer possíveis situações de favorecimento e de promiscuidade com o poder financeiro, responde que seria preciso nascer duas vezes para ser mais honesto do que ele é uma efabulação antropológica do ser [e do estar na política]...

Para o mais alto responsável político da Nação - que intervem publicamente nos momentos mais relevantes do País - é, simplesmente, um "tiro nos pés"...

posted by e-pá!
http://ponteeuropa.blogspot.com/

Virgem Suta

Surdite aguda

O caso BPN:
A história daqueles que ninguém quis ouvir.

Em Março de 2001 a revista Exame dedicou uma extensa investigação ao BPN, questionando o seu ritmo de crescimento e as elevadas taxas de remuneração para depósitos.

O resultado desse trabalho foi um processo em que Oliveira e Costa pediu uma indemnização de 5 milhões de euros ao então director da revista, Camilo Lourenço. Este acabou despedido e como é habitual nestas coisas a sua carreira não foi propriamente benefi ciada por ter publicado tal trabalho.

Os jornalistas de investigação em Portugal são heróis, caso residam nos EUA e escrevam de preferência sobre a podridão das administrações republicanas.
Quando se dedicam aos democratas ou sobretudo ao que sucede na lusa pátria, passam a
lunáticos, na melhor das hipóteses.

Nos anos seguintes após a publicação deste trabalho pela Exame pessoas bem informadas
como o então ex-primeiro-ministro Cavaco Silva colocaram parte das suas poupanças na SLN, a holding do BPN. Instituições privadas tradicionalmente muito bem informadas como o são algumas dioceses também abriram contas no BPN.

Vários governos portugueses depositaram no BPN importantes verbas da Segurança Social: em Agosto de 2008 o Ministério do Trabalho e da Segurança Social tinha depositado no BPN 500 milhões de euros provenientes das contribuições para a Segurança Social efectuadas por trabalhadores e empresas.

Em Junho de 2009, Vítor Constâncio na qualidade de governador do Banco de Portugal,
declarou no Parlamento: “Realmente ninguém no Banco de Portugal suspeitou, pensou, que o dr. Oliveira Costa fosse capaz do tipo de coisas que aconteceram no BPN (…). Será ingenuidade? Talvez, admito.” Temos de admitir que para lá da ingenuidade houve muita mas mesmo muita fé e muita vontade de não ouvir nem ver.

Para azar de alguns nesta terrena divisão da capacidade de se fazerem ouvir, coube-lhes a eles o papel de sibilas Cassandras, a quem só o tempo dá razão. No caso do BPN esse papel esteve reservado para a revista Exame em 2001 e para Miguel Cadilhe em 2008.

Após ter sido nomeado presidente da SLN em Junho de 2008, Cadilhe pediu
várias auditorias à holding e em Outubro denunciou ao Ministério Público os crimes financeiros praticados no BPN. Em Novembro de 2008 apresentou um plano de saneamento do BPN que custaria 600 milhões de euros. O Governo optou pela nacionalização.

Convém lembrar o que disse então Miguel Cadilhe: “A nacionalização vai exigir muito mais capital público.” Consola dizer que tinha razão?

MANUEL ROBERTO
Público, 6 Janeiro 2011

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Madredeus

Diz-me com quem andas...

Os novos ladrões de bancos


Até para roubar bancos é preciso ter estudos, estar bem relacionado (a palavra-chave é networking) e familiarizado com as novas tecnologias. Olhem bem para o desgraçado destino dos dois brasileiros que no Verão de 2008 tentaram assaltar o balcão do BES de Campolide. Um acabou no cemitério e outro paraplégico. Uma tristeza!

Onde já lá vão os tempos de John Dillinger ou do romântico par Bonnie & Clyde. Agora, para roubar um banco não basta ter o cérebro povoado por uma pequena aglomeração de neurónios apenas habituados a orientarem actividades básicas como comer, dormir e disparar armas.

Hoje em dia, um bom ladrão de bancos precisa de uma licenciatura em Economia (ou Gestão), de ostentar no curriculum uma passagem pelo Governo ou pelo Banco de Portugal (as duas acumuladas ainda é melhor) e ser senhor de um cérebro habituado ao raciocínio indutivo e aos altos mistérios da especulação.

Excepção feita aos dois infelizes do assalto ao BES de Campolide, toda a gente sabe que já não há nas agências bancárias dinheiro vivo que se veja - e que as poucas notas que existem estão guardadas em cofres de abertura retardada.

Careca de saber isto, o gangue da retroescavadora optou, inteligentemente, por ir buscar as notas ao local onde os bancos as depositam para as fazer chegar aos clientes - as caixas multibanco. Em 2010, esta quadrilha roubou 16 ATM, entre o Alentejo e o Algarve, em golpes minuciosamente preparados, concretizados de madrugada após pedirem previamente emprestada uma retroescavadora com pá traseira, o modelo adequado ao fim em vista.

Na minha opinião, foi muito trabalho, bastante competência e uma enorme dose de risco de ser preso para um lucro relativamente modesto. Os 16 roubos terão rendido cerca de meio milhão de euros (a estimativa é 30 mil euros por multibanco). Ou seja, cada um dos quatro membros do gangue terá encaixado uns 125 mil euros.

Não é mau, mas é menos que os 148 mil euros de lucro que Cavaco obteve em 2003 com a venda de 105 378 acções da SLN (valorização de 140%), a holding que controlava a 100% o BPN e era gerida por Oliveira Costa (seu antigo secretário de Estado e ex-colega no Banco de Portugal) e por Dias Loureiro (seu ex- -ministro e conselheiro de Estado).

Hoje em dia para roubar um banco é preciso estar lá dentro. No sentido literal, como no meu filme preferido sobre assaltos a bancos (Inside Man, de Spike Lee, com Clive Owen, Denzel Washington e Jodie Foster). Ou no sentido figurado, como é demonstrado em Inside Job, de Charles Ferguson, ou na dramática tragédia do BPN, que nos vai custar cinco mil milhões de euros, um realização de Oliveira Costa com Dias Loureiro num dos principais papéis.

por JORGE FIEL
http://dn.sapo.pt
Foto: http://ponteeuropa.blogspot.com

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

socialite

Estado social-socialista

«….61 por cento dos 2,2 mil milhões de euros [de ajudas aprovadas em 2009 pelo Governo para combater os efeitos da crise internacional em Portugal], foram para a banca, 36 por cento para as empresas e um por cento para o apoio ao emprego.»(p)
.

é este o estado social que temos e que Sócrates e o seu manga de alpaca Teixeira dos Santos tem sustentando.Uma notícia destas seria capa num país onde a imprensa fosse livre. Ou onde os cidadãos se interessassem em saber porque pagam, para quê e quem beneficia do seu dinheiro.

Mas a bovinidade geral leva a que se aceite que se torrem milhões em benefício de quem andou a fazer asneiras e que devia ter sofrido as consequências no seu património (como qualquer cidadão) mas que viram tal evitado por decisão de Teixeira dos Santos/Sócrates que foram a correr tirar mais dinheiro aos portugueses para ajudar os amigos.

É este o estado social : roubar a quem trabalha para dar a parasitas.

http://blasfemias.net/2010/12/23/estado-social-socialista/

Rodrigo Leão

Titulos

a causa dos dons

o que será que leva a sic-not a, ao elencar um grupo de 'notáveis' convidados para comentar no canal, tratar todos pelo nome, sem títulos -- incluindo a cientista elvira fortunato, que é professora doutora -- excepcionando o bispo carlos azevedo, que é denominado como 'dom'?

como jornalista, já várias vezes me deparei com o automatismo acéfalo e reverencial que abre para a hierarquia da igreja católica e para o suposto candidato ao trono de portugal uma excepção em relação à regra de não usar títulos, académicos ou outros, para referir as pessoas.

esta excepção é tanto mais ridícula quanto os títulos religiosos só fazem sentido no contexto da confissão em causa e da respectiva hierarquia, por exprimirem reverência -- reverência que é também expressa nos títulos nobiliárquicos.

ninguém acharia normal que num jornal actual ou num noticiário de rádio ou televisão o presidente da república ou os membros do governo fossem tratados por 'sua excelência', mas toda a gente parece achar normal que se diga 'dom' ou 'sua eminência' ou mesmo 'sua santidade' (como ouvimos profusamente durante a visita do papa).

as palavras -- a linguagem -- não são inócuas e muito menos o são as formas de tratamento. o respeito -- que toda a gente, à partida, merece -- não implica genuflexão nem partisanismo. dom significa 'senhor', 'dono', 'mestre'; significa alguém de 'mais elevado', a quem se deve reverência especial.

um jornalista ou um meio que usa a terminologia interna e reverente de uma confissão para denominar os seus membros está a exprimir, mesmo que por pura preguiça ou macaquice de imitação, a sua fidelidade e obediência a essa confissão; como alguém que denomina Duarte de Bragança como 'dom' está a inscrever-se na lógica da titularidade nobiliárquica.

como a 'regra', existente em quase todos os jornais, que transforma deus num nome próprio elevando o d a capitular (mesmo quando se escreve 'um deus'), o uso do 'dom' para os clérigos católicos e para os 'nobres' é a negação da 'objectividade' e 'imparcialidade' jornalísticas e uma forma particularmente insidiosa disso a que tanta gente gosta de chamar 'jornalismo de causas': aquela que pressupõe que a causa em causa 'é de todos', 'comum', e portanto não 'fractura'.

Publicado por: Fernanda Câncio
http://jugular.blogs.sapo.pt/

domingo, 2 de janeiro de 2011

Os Golpes

Passam os anos...

Um Bom Ano de 2011

«Um carabineiro com um martelo de madeira dá-me um forte golpe nos dedos mindinhos de ambas as mãos.

«A seguir, com um alicate, começa a arrancar-me as unhas.
«Nesse momento entra o sargento, que lhe tira o alicate para o utilizar a arrancar-me o bigode.

Em dada altura, como resultado da grande dor e do desespero, consigo morder-lhe a mão, o que faz com que um carabineiro me dê uma coronhada na cara.

«Perco a consciência e, ao despertar, dou-me conta que sangro muito da cabeça, do nariz, da boca, e que me faltam oito dentes. Tinham-mos arrancado com o alicate ou com golpes. Não sei».
...

«Estava grávida de cinco meses.
«Obrigaram-me a ficar nua e a ter relações sexuais com a promessa de uma pronta libertação.

«Apalparam-me os seios, deram-me choques eléctricos nas costas, na vagina, no ânus.
«Arrancaram-me as unhas dos pés e das mãos. Agrediram-me com bastões de plástico e com a coronha de espingardas. Drogaram-me. Simularam fuzilar-me.

«Deitada no chão, com as pernas abertas, introduziram-me ratos e aranhas na vagina e no ânus. Sentia que era mordida e acordava banhada no meu próprio sangue.

«Conduzida a lugares onde era violada vezes sem conta, chegaram a obrigar-me a engolir o sémen dos violadores.
«Enquanto me agrediam na cabeça, no pescoço, na cintura, obrigavam-me a comer excrementos».
...

Entre 35.686 testemunhas, estes são apenas dois depoimentos de vítimas de tortura da Junta Militar do Chile durante o regime de Pinochet que voluntariamente se dirigiram à “Comissão Nacional sobre Prisão Política e Tortura”.

Esta comissão foi criada no Chile em 2003 para dar a conhecer em toda a sua extensão, aos chilenos e ao mundo, os horrores praticados pela ditadura militar e pela adopção da tortura e do horror como uma política de Estado no período compreendido entre 1973 e 1990.
...


É pois a este planeta, habitado pelos humanos, que desejo:

- Um bom ano de 2011!

posted by Luis Grave Rodrigues
Artigo completo em: http://rprecision.blogspot.com/

Ensifel

sábado, 1 de janeiro de 2011

Discurso de Dilma


Queridas companheiras e queridos companheiros,

Minha emoção é muito grande. Minha alegria também. Por esta festa tão cheia de energia, de confiança e esperança.

Sei que esta festa não é para homenagear uma candidata. Aqui se celebra, em primeiro lugar, a mulher brasileira! Aqui se consagra e se afirma a capacidade de ser - e de fazer - da mulher.

É em nome de todas as mulheres do Brasil - em especial de minha mãe e de minha filha - que recebo esta homenagem.



Leia o discurso completo aqui:
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,veja-a-integra-do-discurso-de-dilma-rousseff,565940,0.htm

O verão de Kikujiro

Defensor & cavaquices... q.b.


Esclarecimento de Defensor Moura:

A Presidência da República e o “Dia da Raça” em Viana do Castelo

‘Depois do debate com Cavaco Silva, um jornal diário de Lisboa solicitou-me uma entrevista para esclarecimento de algumas das afirmações feitas, a que eu acedi imediatamente porque, o escasso tempo concedido aos candidatos na TV é insuficiente para a cabal explanação dos temas abordados.

Infelizmente, hoje verifico que, certamente por falta de espaço, as minhas afirmações foram muito reduzidas por aquele jornal e, por isso, decidi publicitar o meu resumo da citada entrevista:

Disse que Cavaco Silva não é isento nem leal, favoreceu amigos e correligionários e tolerou e beneficiou com negócios considerados ilícitos pela justiça, além de lhe faltar cultura política para se identificar com eventos relevantes da história recente do país, tendo eu afirmado que esses atributos são importantes na avaliação dos candidatos ao cargo de Presidente da República.

Informei ainda o referido jornal que, no Dia de Portugal de 2008, recusei a comenda de Grande Oficial da Ordem de Mérito, que o Presidente da República me quis atribuir, não só por considerar que o trabalho em Viana do Castelo tinha sido realizado por uma vasta equipa e não apenas por mim mas, também, por não aceitar ser distinguido por quem tinha tido uma série de atitudes pouco edificantes durante a preparação do evento.

No debate televisivo, fiz referência a vários factos ocorridos durante a preparação do Dia de Portugal em Viana do Castelo em 2008 que, na minha opinião, demonstram claramente que Cavaco Silva não tem perfil para ser PR e que só naquele momento, “olhos nos olhos” com o agora recandidato, senti o dever cívico de os revelar para que os portugueses o conheçam melhor, ultrapassando o poderoso aparelho de propaganda que lhe construiu a imagem de isenção e seriedade que “só em duas vidas” os outros portugueses poderiam alcançar.

A falta de isenção de Cavaco Silva foi revelada quando recusou o convite (mostrado ao jornalista) que lhe fiz para realizar o Dia de Portugal em Viana do Castelo em 2009, para encerrar as comemorações dos 750 anos do Município, antecipando-o para 2008.

Na altura o PR alegou que, sendo 2009 ano de eleições autárquicas não queria beneficiar nenhum município e, por isso, as comemorações seriam realizadas em Lisboa, com carácter mais nacional.

Afinal, em 2009 as comemorações realizaram-se num município liderado pelo PSD.

Para demonstrar o seu favorecimento de amigos e correligionários, considerei suficiente mostrar ao jornalista a proposta feita à Câmara Municipal pela Presidência da República para se contratar a fadista, que tinha sido mandatária da juventude na candidatura de Cavaco Silva, para um espectáculo público em Viana do Castelo.

A proposta indicava ainda um maestro e um palco especial para a actuação, tudo orçado em mais de 90 mil euros, com IVA incluído. A Autarquia recusou a proposta presidencial e realizou um espectáculo, de não menor qualidade, com artistas vianenses, que custou apenas seis mil e quinhentos euros.

Mas o despesismo da Presidência de Cavaco Silva, ainda foi mais exuberante no arranjo da sala para a cerimónia solene do Dia de Portugal. Não foi aceite a proposta da autarquia de a realizar no magnífico Teatro Municipal e, o arquitecto da equipa do PR, fez um projecto de decoração interior de um pavilhão de exposições, que constituiu uma verdadeira tenda gigante e que orçou em 165 mil euros, para um acto de apenas uma hora e meia!

Apesar de eu ter resistido o mais que pude a realizar tão grande despesa e até ter discutido o orçamento com a empresa, que fora indicada pela equipa presidencial, a Câmara Municipal teve de assumir aquele encargo perante a exigência presidencial da maior dignidade para as comemorações, sempre com a “ameaçadora hipótese” de o evento poder ser transferido para outra cidade.

A propósito da dispendiosa tenda alugada e paga por Viana do Castelo, cumpre-me denunciar que, numa clara atitude de favorecimento da Presidência de Cavaco Silva, uma tenda semelhante e para o mesmo acto em 2009, foi financiada pela Presidência da República e não pela autarquia liderada pelo PSD, certamente porque Cavaco Silva já começava a ter “preocupações com a pobreza e a fome”, que agora sem pudor utiliza na campanha eleitoral , e decidiu poupar aquela despesa ao município amigo.

Mas, ainda tivemos de recusar outras dispendiosas propostas da Presidência da República, substituindo-as por realizações menos onerosas para a autarquia, como por exemplo um espectáculo multimédia para os convidados da Presidência que custava mais de 60 mil euros, substituída por uma sessão de fogo de artifício orçada em 14 mil euros, que foi oferecida aos convidados do PR e ao público vianense.

Por toda esta evidente diferença de postura, quer na gestão de dinheiros públicos, quer de isenção no exercício de cargos oficiais, achei muito estranha a vontade de Cavaco Silva me condecorar no Dia de Portugal e, em carta dirigida ao Chefe da Casa Civil, que mostrei ao jornalista como toda a correspondência relativa aos factos relatados, comuniquei que recusava receber a comenda de Grande Oficial da Ordem de Mérito.

Refira-se que estes factos ficaram sempre no restrito âmbito do meu gabinete e da vereação, porque entendi que a sua revelação perturbaria o evento que todos os vianenses desejavam ser um sucesso para o município, com foi.

Só agora decidi revelá-los, olhos nos olhos com o recandidato, por serem factos indesmentíveis e nesta altura de escolha do novo PR sentir a obrigação cívica de revelar a falta de isenção e lealdade, favorecimento e despesismo de Cavaco Silva no exercício do cargo, atributos absolutamente contrários aos que ele com despudor se atribui publicamente.

Sobre a deslealdade institucional de Cavaco Silva com o Governo, na inventona das escutas e não só, e, também, a deslealdade pessoal com os seus correligionários Fernando Nogueira e Santana Lopes, bem como sobre a forma como pactuou com os responsáveis do BPN e teve chorudos benefícios com as acções da SLN, que qualquer leigo só considera possíveis com negócios ilícitos, são factos do conhecimento público que referi de passagem no debate e a que nada pretendo acrescentar.

Devo dizer, no entanto, que ao longo dos anos, vários factos semelhantes me foram relatados por autarcas e outros protagonistas políticos que, por razões diversas, não foram revelados.

A terminar quero refutar veementemente a acusação de Cavaco Silva de que estarei a participar numa campanha suja contra o ainda Presidente da República, afirmando sem temor que sujas e altamente criticáveis foram estas e outras atitudes de Cavaco Silva no exercício do mandato presidencial e, com esta minha denúncia, pretendo que os portugueses fiquem a saber que o agora recandidato não é aquele político exemplar e acima de todas as suspeitas que a sua propaganda divulga há quase três décadas.’

Publicado por Miguel Abrantes
http://corporacoes.blogspot.com