quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tosco, baixo e arrogante


A política, o decoro e o bom senso

Sempre condenei os partidos que, cedendo ao populismo, permitiram que os deputados da A.R., titulares do órgão da soberania detentor das mais nobres funções democráticas, fossem remunerados de forma injusta, com vencimentos inferiores aos juízes e a muitos outros altos funcionários.

Dito isto, fico pasmado com o anónimo deputado, sofrível cidadão e execrável político que chamou a atenção a reivindicar o jantar na cantina do parlamento porque as medidas de austeridade o teriam reduzido à condição de indigente. Para que conste, o seu nome é Ricardo Gonçalves e ocupa um lugar na bancada do PS, esperemos que pela última vez.

Não interessa saber se o exótico deputado é um sábio legislador ou um néscio político, sei que, ganhando 3.700 euros de salário e 67 euros diários, de ajudas de custo, ofendeu gravemente quem é obrigado a viver do ordenado mínimo ou procura emprego.

Duvido que o senhor saiba qual é o rendimento médio das famílias portuguesas e saiba a que sacrifícios estão sujeitos os portugueses, como vivem os que lhe confiaram o voto ou que segurança sentem nos seus empregos. Este indivíduo, na impossibilidade de ser imediatamente despedido, devia renunciar ao mandato por decoro e ética republicana.

A um exemplar destes não lhe confiaria o lugar de porteiro porque não dá garantias de zelar melhor por essas funções. Nem sequer percebeu que as medidas de austeridade foram impostas pelo seu partido e que era sua obrigação acatá-las e defendê-las.

É desta massa que temos numerosos profissionais. Com gente assim não se recupera um país, afunda-se a ética e compromete-se o futuro.

Ponte Europa / Sorumbático
posted by Carlos Esperança

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