sexta-feira, 30 de julho de 2010

Vale mais ter para dar que...


CHAPADA SEM MÃO

«Para a “The Economist”, a Portugal Telecom parece ser a “vencedora óbvia”. “Zeinal Bava, o seu CEO com visão para os mercados, será ainda mais aclamado pelos accionistas por extrair cada cêntimo e mais algum dos espanhóis. A Telefónica pagou 14% acima da capitalização de mercado da PT antes do lançamento da oferta de compra da posição da PT na Vivo”, refere a revista num artigo intitulado “Brazil calling”.

A “The Economist” relembra que a Telefónica começou por fazer uma oferta de 5,7 mil milhões de euros, que foi posteriormente elevada para 6,5 mil milhões e ainda, numa terceira proposta, para 7,15 mil milhões, “um preço que alguns analistas já consideraram doido e que foi aceite pelos accionistas da PT”.

Preço esse que foi 32% superior ao da primeira oferta lançada pelo CEO da operadora espanhola, César Alierta.

“Mas o governo português vetou inesperadamente a transacção a 30 de Junho, invocando o interesse nacional. Agora permitiu o acordo, mas só depois de ter feito a Telefónica acrescentar mais 350 milhões de euros à sua última oferta, que tinha sido já aceite por 74% dos accionistas da PT, exactamente pelo mesmo activo. Os detentores da Telefónica têm agora a certeza que estão a pagar de mais”, salienta a mesma revista.

A publicação sublinha ainda que, além dos 350 milhões extra, “Lisboa conseguiu ganhar mais um ponto importante” pelo facto de se manter no Brasil através da compra de uma posição na Oi.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Alguns daqueles que discordaram do veto do negócio da PT desvalorizaram o acordo insinuando que nada tinha sido alterado no negócio, foi o PSD que assim tentou recuperar da má imagem do seu líder, mas foi também o caso de alguns comentadores como Sarsfield Cabral ou João Duque. Agora levam uma chapada sem mão dada pela revista "The Economist".

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Bem dada.»

http://jumento.blogspot.com/

Sem comentários:

Enviar um comentário